Estudo de parâmetros de função renal e vesical em pacientes com bexiga neurogênica por mielomeningocele com lesão renal detectada por cintilografia renal com DMSA e submetidos à análise de marcadores séricos e urinários do sistema renina angiotensina aldosterona
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Data
2019-06-14
Autores
Amaral, Cassia Maria Carvalho Abrantes Do [UNIFESP]
Orientadores
Macedo Junior, Antonio [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
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Resumo
Introduction: Myelomeningocele (MMC) is defined as a malformation of the central nervous system caused by a failed closure of the neural tube in the embryonic period. MMC is mainly associated with nephrological manifestations such as urinary tract infection, neurogenic bladder, sphincter dysfunction, and vesicoureteral reflux (VUR) that could progress in the most severe cases to chronic kidney disease (CKD). The prevalence of CKD has fallen in the last two decades, following the advent of intermittent catheterization, as well as the use of anticholinergic drugs and urological surgeries. A risk factor for the development of CKD is the active intrarenal reninangiotensin-aldosterone system (RAAS) in acute renal diseases. Involved in alterations of the electrolytic homeostasis and arterial blood pressure, the RAAS, intermediated by the angiotensin converting enzyme (ACE), angiotensin I (Ang I), and angiotensin II (Ang II), promotes kidney vasoconstriction. Objective: To evaluate clinically, demographically and radiologically the patients with MMC and neurogenic bladder (BN) in follow-up at the Pediatric Nephrology Outpatient Clinic of UNIFESP. To evaluate within this group of patients those who present alterations of renal scintigraphy with DMSA (patients group, GP=17), observing their clinical, demographic and radiological characteristics. To evaluate the urinary and serum RAAS modulators (ECA and ECA 2 serum and urinary ECA) within the GP. To compare the RAAS modulators with 17 healthy controls, paired by sex and age (control group, CG). Methods: DMSA altered patients were selected from 87 patients in regular follow-up at the Pediatric Nephrology Outpatient Clinic of UNIFESP. The selected patients (n=17) were submitted to an urological evaluation, with verification of their subsidized exams and urodynamic study. All 17 patients performed the data collection of ACE and ACE 2 serum and urinary ACE, as well as the patients in the control group (CG, n=17). Results: The highest average age (11,2 years), the presence of alteration in renal function (23,5) and of RVU (41,2%) were statistic correlated to pacientes with positive DMSA. The ACE serum activity was significant bigger in patients with altered DMSA in comparison with the control grup, what wasn’t observed regarding serum ACE 2 and urinary. Conclusion: Despite the advances in the understanding of RAAS as a participant in the mechanism of renal injury, the presence of renal injury evidenced by renal scintigraphy with DMSA was not accompanied by alteration of all serum and urinary markers evaluated in this study.
Introdução: A mielomeningocele (MMC) é definida como uma malformação do sistema nervoso central ocasionada pela falha no fechamento do tubo neural no período embrionário. A MMC está associada a quadros como infecção do trato urinário, bexiga neurogênica, disfunção esfincteriana e refluxo vesicoureteral (RVU) que, nos casos mais graves pode evoluir para doença renal crônica (DRC). A prevalência da DRC tem caído nas últimas duas décadas após o advento do cateterismo intermitente, bem como com as cirurgias urológicas e o uso de drogas anticolinérgicas. Um fator de risco para o desenvolvimento de DRC pode ser o sistema renina angiotensina aldosterona (SRAA) ativado em quadros de doença renal aguda. O SRAA desempenha papel importante na regulação da pressão arterial e na homeostase eletrolítica a partir da liberação da renina, que atua em cadeia com diversos intermediários, como a enzima conversora de angiotensina (ECA), a angiotensina I (Ang I) e a angiotensina II (Ang II), com ação vasoconstrictora no rim. Objetivo: Avaliar clínica, demograficamente e radiologicamente os pacientes com MMC e bexiga neurogênica (BN) em acompanhamento no Ambulatório de Nefrologia Pediátrica da UNIFESP, em especial os que apresentam alteração de cintilografia renal com DMSA (grupo pacientes, GP=17), observando suas características clínicas, demográficas e radiológicas bem como os moduladores urinários e séricos do SRAA (ECA e ECA 2 sérica e ECA urinária). Comparar os moduladores do SRAA com 17 controles saudáveis, pareados por sexo e idade (grupo controle, GC). Métodos: Foram analisados os prontuários de 87 pacientes em acompanhamento regular no Ambulatório de Nefrologia Pediátrica da UNIFESP, com o objetivo de selecionar os casos que apresentavam alteração na cintilografia renal com DMSA. Os pacientes selecionados (total=17) foram submetidos a avaliação uronefrológica, com verificação de seus exames subsidiários e estudo urodinâmico. Todos os 17 pacientes realizaram coleta de ECA sérica e ECA 2 sérica e ECA urinária, com também amostras séricas e urinárias foram colhidas em amostras pareadas por sexo e idade em sujeitos saudáveis para a formação de grupo controle. Resultados: A média de idade maior (11,2 anos), a presença de alteração da função renal (23,5%) e de RVU (41,2%) foram estatisticamente associadas aos pacientes com resultados positivos do DMSA. A atividade da ECA sérica foi significativamente maior nos pacientes com DMSA alterado, quando comparada ao grupo controle, o que não se evidenciou em relação às atividades de ECA 2 sérica e ECA urinária. Conclusão: Apesar dos avanços na compreensão do SRAA como partícipe do mecanismo de lesão renal, a presença de lesão renal evidenciada pela cintilografia renal com DMSA não foi acompanhada por alteração de todos os marcadores séricos e urinários avaliados neste estudo.
Introdução: A mielomeningocele (MMC) é definida como uma malformação do sistema nervoso central ocasionada pela falha no fechamento do tubo neural no período embrionário. A MMC está associada a quadros como infecção do trato urinário, bexiga neurogênica, disfunção esfincteriana e refluxo vesicoureteral (RVU) que, nos casos mais graves pode evoluir para doença renal crônica (DRC). A prevalência da DRC tem caído nas últimas duas décadas após o advento do cateterismo intermitente, bem como com as cirurgias urológicas e o uso de drogas anticolinérgicas. Um fator de risco para o desenvolvimento de DRC pode ser o sistema renina angiotensina aldosterona (SRAA) ativado em quadros de doença renal aguda. O SRAA desempenha papel importante na regulação da pressão arterial e na homeostase eletrolítica a partir da liberação da renina, que atua em cadeia com diversos intermediários, como a enzima conversora de angiotensina (ECA), a angiotensina I (Ang I) e a angiotensina II (Ang II), com ação vasoconstrictora no rim. Objetivo: Avaliar clínica, demograficamente e radiologicamente os pacientes com MMC e bexiga neurogênica (BN) em acompanhamento no Ambulatório de Nefrologia Pediátrica da UNIFESP, em especial os que apresentam alteração de cintilografia renal com DMSA (grupo pacientes, GP=17), observando suas características clínicas, demográficas e radiológicas bem como os moduladores urinários e séricos do SRAA (ECA e ECA 2 sérica e ECA urinária). Comparar os moduladores do SRAA com 17 controles saudáveis, pareados por sexo e idade (grupo controle, GC). Métodos: Foram analisados os prontuários de 87 pacientes em acompanhamento regular no Ambulatório de Nefrologia Pediátrica da UNIFESP, com o objetivo de selecionar os casos que apresentavam alteração na cintilografia renal com DMSA. Os pacientes selecionados (total=17) foram submetidos a avaliação uronefrológica, com verificação de seus exames subsidiários e estudo urodinâmico. Todos os 17 pacientes realizaram coleta de ECA sérica e ECA 2 sérica e ECA urinária, com também amostras séricas e urinárias foram colhidas em amostras pareadas por sexo e idade em sujeitos saudáveis para a formação de grupo controle. Resultados: A média de idade maior (11,2 anos), a presença de alteração da função renal (23,5%) e de RVU (41,2%) foram estatisticamente associadas aos pacientes com resultados positivos do DMSA. A atividade da ECA sérica foi significativamente maior nos pacientes com DMSA alterado, quando comparada ao grupo controle, o que não se evidenciou em relação às atividades de ECA 2 sérica e ECA urinária. Conclusão: Apesar dos avanços na compreensão do SRAA como partícipe do mecanismo de lesão renal, a presença de lesão renal evidenciada pela cintilografia renal com DMSA não foi acompanhada por alteração de todos os marcadores séricos e urinários avaliados neste estudo.
Descrição
Citação
AMARAL, Cassia Maria Carvalho Abrantes do. Estudo de parâmetros de função renal e vesical em pacientes com bexiga neurogênica por mielomeningocele com lesão renal detectada por cintilografia renal com DMSA e submetidos à análise de marvadores séricos e urinários do sistema renina angiotensina aldosterona. 2019. 66f. Tese (Doutorado em Pediatria) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, 2019.