Asma e obesidade: determinação de um perfil inflamatório e funcional em mulheres obesas asmáticas

Data
2019-04-25
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Introduction: Asthma and obesity are two chronic diseases, difficult to manage and of high and increasing prevalence in several countries of all continents; in Brazil the two diseases are a serious health problem, causing high costs for public health. About two decades ago, some studies have shown a higher prevalence of asthma among obese, especially among obese women. Some affirm that the fact is due to the particular physical-structural alterations of the obese ones, leading to the collapse of the bronchi, leading to the bronchial hyper-reactivity. Others, however, suggest that adipose tissue has been described in the last twenty years as an endocrine tissue, demonstrating the production of lipidectin (adipokine and adipoctin), as well as other inflammatory mediators, including various types of interleukins and Tumor Necrosis Factor (TNF). This excess of inflammatory mediators, in the obese, would play an important role in the chronic inflammatory process in the obese, in which one of the target organs would be the lung. Method: Our work studied 73 obese women (51 asthmatic obese and 22 non-asthmatic obese women), who underwent clinical interviews - Application of the ACQ questionnaires from the Global Initiative for Asthma (GINA) and the International Study for Asthma and Athopy in Chilhoold (ISAAC), spirometry, methacholine bronchial provocation test, blood collection for laboratory tests, and for dosage of inflammatory mediators, aeroallergens (prick-test) skin test, nasal swab cytology and induced sputum. Objective: to determine the functional and inflammatory profile of asthma in obesity. Results: Groups were demographically similar (age, BMI and past smoking). However, completely different in the cytology of nasal swab and induced sputum, prick test, total serum IgE, spirometric values and bronchial provocation test with methacholine. At the dosages of leptin that was four times higher in the asthmatic obese group. Conclusion: We conclude that obese asthmatic follows the Th2 inflammatory pattern with high IgE; however, hyperlipectinemia may interfere with the inflammatory process. The phenotype of bronchial asthma in obese individuals would be represented predominantly by a Th2 response, with production of high levels of serum leptin, which may exacerbate or induce this inflammatory response.
Introdução: A asma e a obesidade são duas doenças crônicas, de difícil manejo e alta e crescente prevalência em vários países de todos os continentes, no Brasil as duas doenças são um grave problema de saúde, acarretando com altos custos para a saúde pública. Há mais ou menos duas décadas, alguns estudos revelaram uma maior prevalência de asma entre os obesos, principalmente entre as mulheres obesas. Alguns afirmam que o fato deve-se às próprias alterações físico-estruturais dos obesos, levando ao colabamento do brônquicos levando a hiper-reatividade brônquica. Outros, entretanto, sugerem que o tecido adiposo vem sendo descrito nos últimos vinte anos, como um tecido endócrino, com a demonstração da produção das liponectinas (adipocina e adipoctina), além de outros mediadores inflamatórios, entre eles, vários tipos de interleucinas e o Fator de Necrose Tumoral (TNF). Esse excesso de mediadores inflamatórios, no obeso, exerceria uma papel de suma importância no processo inflamatório crônico no obeso, em que um dos órgãos alvos seria o pulmão. Método: Nosso trabalho estudou 73 mulheres obesas (51 obesas asmáticas e 22 obesas não asmáticas), as quais foram submetidas à entrevistas clinicas – Aplicação dos questionários ACQ da Global Iniciative for Asthma (GINA) e ao International Study for asma and Athopy in chilhoold (ISAAC), espirometria, teste de broncoprovocação à metacolina, coleta de sangue para exames laboratoriais, e para dosagem de mediadores inflamatórios, teste cutâneo de leitura imediata aeroalergenos (prick-test), citologia do swab nasal e do escarro induzido. Objetivo: determinar o perfil funcional e inflamatório da asma na obesidade. Resultados: Os grupos mostram-se demograficamente semelhantes (idade, IMC e passado de tabagismo). Entretanto, completamente distinto quanto a citologia do swab nasal e do escarro induzido, teste “prick-test”, dosagem de IgE sérica total, valores espirométricos e resposta ao teste de broncoprovocação com metacolina. A dosagens de leptina que foi quatro vezes maior no grupo das obesas asmáticas. Conclusão: Concluímos é que a obesa asmática segue o padrão inflamatório Th2 com IgE elevada, porém, a hiperlipectinemia possa interferir no quadro do processo inflamatório. O fenótipo da asma brônquica em obesas seria representado predominantemente por uma resposta Th2, com produção de altos níveis de leptina sérica, que pode exacerbar ou induzir a essa resposta inflamatória.
Descrição
Citação
ROSA, Gilvandro de Almeida. Asma e obesidade: determinação de um perfil inflamatório e funcional em mulheres obesas asmáticas. 2019. 70f. Tese (Doutorado em Pneumologia) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, 2019.
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