Corpos narrados em território de Brasil: a fabulação do corpo híbrido amarelado

Imagem de Miniatura
Data
2019-11-29
Autores
Morita, Maria Rita Umeno [UNIFESP]
Orientadores
Teles, Edson Luis De Almeida [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Ambiguity is in the experience of the body of the yellowish racial subject. Ambiguity is the trick of the supposed racial democracy that operates as a machine for producing contemporary bodies and subjectivities that engage the power structure according to a hierarchy of races. This dissertation starts from the movements of the concepts of Deleuze and Guattari in a conceptual character that lives the carnal reality of the race hierarchy as a hybrid racial subject discovering which codes he commits in the body to realize and place himself in the hierarchy of racial subjects. Achille Mbembe triggers our perceptive opening to the construction of the contemporary Brazilian- yellowish racial subject. The bodies coded as Brazilian niepples work internal to the whitening machine of the places of power. These are existences that proliferate in relations that are now affirmed and accepted under the statute of the white body, as the different body of anatomical appearance close to that of Western white racial subjects; now not integrated into the dominant codes for the power-carrying body: the white. Highlighted by its difference, homogenized by codes that define it similar to the white racial subject, the Brazilian type is not the body of the yellow racial subject, either. Mistaken as white because it is not black and, at the same time, not coded exactly under the signs that identify it as the racial type of Asian yellow. In the network of relationships that set in motion the contemporary subjectivation machine producing racial subjects, we find the power of ambiguity felt in bodily experience to sabotage the myth of racial democracy from the perspective of a nonwhite and nonblack racial subject.
Ambiguidade está na vivência do corpo do sujeito racial amarelado. Ambiguidade é o truque da suposta democracia racial que opera como uma máquina de produzir corpos e subjetividades contemporâneas que empenhem a estrutura de poder segundo uma hierarquia de raças. Esta dissertação parte das movimentações dos conceitos de Deleuze e Guattari via um personagem conceitual que vive a realidade carnal da hierarquia de raças como um sujeito racial híbrido, a descobrir quais códigos empenha no corpo para que realize e se coloque na hierarquização de sujeitos raciais. Achille Mbembe aciona nossa abertura perceptiva para a construção do sujeito racial amarelado nipo-brasileiro contemporâneo. Os corpos codificados como nipo-brasileiros funcionam internos à máquina de embranquecimento dos lugares de poder. São existências que se proliferam em relações que ora se afirmam e são aceitos sob o estatuto do corpo branco, como o corpo diferente de aparência anatômica próxima à dos sujeitos raciais brancos ocidentais; ora não integrados nos códigos dominantes para o corpo que desempenha poder: o branco. Destacado por sua diferença, homogeneizado pelos códigos que o definem semelhante ao sujeito racial branco, o nipobrasileiro não é o corpo do sujeito racial amarelo, tampouco. Confundido como branco por não ser negro e, ao mesmo tempo, não codificado exatamente sob os signos que o identifiquem como o tipo racial do amarelo asiático. Na rede de relações que põem em funcionamento a máquina de subjetivação contemporânea a produzir sujeitos raciais, encontramos a potência de uma ambiguidade sentida na experiência corpórea para sabotar o mito da democracia racial sob a perspectiva de um sujeito racial não-branco e não-negro.
Descrição
Citação
Coleções