Avaliação de variações anatômicas do seio timpânico na otite média crônica supurativa

Date
2019-10-31Author
Botelho, Beatriz Santos [UNIFESP]
Advisor
Testa, Jose Ricardo Gurgel [UNIFESP]Type
Dissertação de mestrado profissionalMetadata
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Introduction: The sinus tympani is the most regular posterior recess of the tympanic cavity, occurring in 90% of the people. It extends variably under the pyramidal eminence and the mastoid segment of the facial nerve. It is a frequent site of retention and recurrence of inflammatory tissue in postoperative mastoidectomies in patients with chronic otitis media (COM). Objective: To correlate mastoid pneumatization with anatomical variations of the sinus tympani by temporal bone computed tomography (TBCT), besides comparing its involvement and its correlation with tomographic findings such as erosion of the ossicle chain, mastoid veiling and erosion of the attic lateral wall in patients with suppurative chronic otitis media. Methods: A cross-sectional, clinical and radiological study with 74 patients submitted to TBCT. The correlation between mastoid pneumatization and sinus tympani type was evaluated in patients with suppurative COM and in patients with clinical and radiological diagnosis of Otosclerosis. Presence of soft tissue material in mastoid air cells and in the sinus tympani, as well presence of ossicular chain and lateral attic wall erosion were evaluated in patients with suppurative COM. Results: It was observed that the greater the mastoid pneumatization, the greater the sinus tympani depth, besides a positive correlation between diagnosis of cholesteatoma with ossicular chain erosion, lateral wall of attic erosion and presence of soft tissue attenuation in sinus tympani. Discussion: Ossicular chain and lateral attic wall erosion are highly suggestive of cholesteatomatous COM, indicating greater disease severity. Patients with these tomographic changes had more involvement of sinus tympani. Therefore, preoperative imaging evaluation of this recess by the otorhinolaryngologist becomes mandatory as an attempt to avoid residual disease. Conclusion: It was observed that the greater the mastoid pneumatization, the greater sinus tympani depth. There was a positive correlation between presence of ossicular chain and lateral wall of the attic erosion with diagnosis of cholesteatoma. Finally, there is a higher incidence of filling this recess in patients with cholesteatoma. Introdução: O seio timpânico é o mais regular dos recessos posteriores da cavidade timpânica. Ocorre em 90% das pessoas, estendendo-se variavelmente sob a eminência piramidal e o segmento mastoideo do nervo facial. É frequente sítio anatômico de retenção e recorrência de tecido inflamatório em pós-operatórios de mastoidectomias em pacientes com otite média crônica (OMC). Objetivo: Correlacionar a pneumatização da mastoide com variações anatômicas do seio timpânico através de tomografias computadorizadas de ossos temporais (TCOT), além de comparar o seu acometimento e sua correlação com achados tomográficos como erosão da cadeia ossicular, velamento da mastoide e erosão do muro lateral do ático em pacientes com OMC. Métodos: Estudo transversal, clínico e radiológico, com 74 pacientes, submetidos a TCOT. Foram avaliadas a correlação da pneumatização da mastoide com o tipo do seio timpânico em pacientes com OMC supurativas e em pacientes com diagnóstico clinico e radiológico de Otospongiose. Foram avaliadas a presença de conteúdo com atenuação de partes moles na mastoide e seio timpânico, além da presença de erosão da cadeia ossicular e do muro lateral do ático nos pacientes portadores de OMC supurativa. Resultados: Observou-se que quanto maior a pneumatização mastoidea, maior a profundidade do seio timpânico, além de correlação positiva entre o diagnóstico de colesteatoma com erosão da cadeia ossicular, erosão do muro lateral do ático e presença de conteúdo no seio timpânico. Discussão: Erosões do muro lateral do ático e da cadeia ossicular são altamente sugestivas de OMC colesteatomatosa, indicando maior agressividade da doença. Os pacientes portadores de tais alterações tomográficas tiveram maior envolvimento do seio timpânico durante a análise tomográfica. A análise deste recesso no pré-operatório em exames de imagem torna-se mandatória na tentativa de evitar resíduo de doença após a cirurgia. Conclusão: Observou-se que quanto maior a pneumatização da mastoide, maior é a profundidade do seio timpânico em ossos temporais. Houve correlação positiva entre a presença de erosão da cadeia ossicular e do muro lateral do ático com o diagnóstico de colesteatoma. Há maior incidência de preenchimento deste recesso em pacientes com OMC colesteatomatosa.