Vulnerabilidades, barreiras e cuidados de gestantes usuárias de drogas na cidade de São Paulo
Data
2019-10-31
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
The prevalence of drug use in pregnancy is inaccurate and according to the literature, there are gaps regarding the proposed care and follow-up offered by the care network. In order to support public policies for better care of pregnant women who use drugs, the objective of this study was to describe the vulnerabilities, barriers and ways to care from the perceptions of these women with drug use and in contexts of vulnerabilities and health professionals who works in São Paulo public services. Methods: A qualitative study was conducted using in-depth interviews. Thirteen pregnant women and 12 professionals participated in the study. Data were recorded, transcribed, paired and subjected to Content Analysis and reported based on the Consolidated Criteria for Reporting Qualitative Research (COREQ) guidelines. Results: The interviewees mentioned numerous vulnerabilities, among them the fragility of family relationships and violence at different social levels. Some of these aspects appear directly related to the identified care barriers, thus showing a dynamic process of vulnerable contexts. The health system and the judiciary represent in the narratives analyzed the main obstacles to comprehensive care, along with the stigma and fear women feel about referring to drug use. The themes identified as possible paths for care are related to the expansion of the provision of care and promotion of possible motherhood, anchored in the assumptions of humanization and integral care. Final considerations: It is important to review models of care, modification and implementation of more adapted services to ensure access, adherence, continuous and comprehensive care of pregnant women who use drugs, as well as policies that ensure human and bioethical right to this population.
A prevalência de uso de drogas na gravidez é imprecisa e segundo a literatura, existem lacunas no que se refere ao cuidado proposto e acompanhamento ofertado pela rede de cuidados. A fim de subsidiar políticas públicas para melhor assistência das gestantes que fazem uso de drogas, o objetivo deste estudo foi descrever as vulnerabilidades, barreiras e caminhos para cuidado a partir das percepções de gestantes com uso de drogas e em contextos de vulnerabilidades e de profissionais do sistema público da cidade de São Paulo. Métodos: Foi realizado um estudo qualitativo com uso de entrevista em profundidade. Participaram do estudo 13 gestantes e 12 profissionais. Os dados foram gravados, transcritos, triangulados por pares e submetidos à Análise de Conteúdo e reportados com base nas diretrizes do COREQ (Consolidated criteria for Reporting Qualitative Research). Resultados: Os entrevistados referiram inúmeras vulnerabilidades, entre as quais destacou-se a fragilidade das relações familiares e a violência em diferentes níveis sociais. Alguns desses aspectos aparecem diretamente relacionados às barreiras de cuidado identificadas mostrando dessa forma um processo dinâmico dos contextos vulneráveis. O sistema de saúde e o sistema judiciário representam nas narrativas analisadas os principais obstáculos de um cuidado integral, junto ao estigma e o medo que as mulheres sentem de referirem o uso de drogas. Os temas identificados como possíveis caminhos para cuidado são relacionadas à ampliação da oferta de cuidado e promoção da maternidade possível, ancorados nos pressupostos da humanização e cuidado integral. Considerações finais: Considera-se importante a revisão de modelos de cuidado, modificação e implantação de serviços mais adaptados para garantir o acesso, adesão, cuidado contínuo e integral de gestantes que fazem uso de drogas, bem como políticas que assegurem os direitos humanos e bioéticos a essa população.
A prevalência de uso de drogas na gravidez é imprecisa e segundo a literatura, existem lacunas no que se refere ao cuidado proposto e acompanhamento ofertado pela rede de cuidados. A fim de subsidiar políticas públicas para melhor assistência das gestantes que fazem uso de drogas, o objetivo deste estudo foi descrever as vulnerabilidades, barreiras e caminhos para cuidado a partir das percepções de gestantes com uso de drogas e em contextos de vulnerabilidades e de profissionais do sistema público da cidade de São Paulo. Métodos: Foi realizado um estudo qualitativo com uso de entrevista em profundidade. Participaram do estudo 13 gestantes e 12 profissionais. Os dados foram gravados, transcritos, triangulados por pares e submetidos à Análise de Conteúdo e reportados com base nas diretrizes do COREQ (Consolidated criteria for Reporting Qualitative Research). Resultados: Os entrevistados referiram inúmeras vulnerabilidades, entre as quais destacou-se a fragilidade das relações familiares e a violência em diferentes níveis sociais. Alguns desses aspectos aparecem diretamente relacionados às barreiras de cuidado identificadas mostrando dessa forma um processo dinâmico dos contextos vulneráveis. O sistema de saúde e o sistema judiciário representam nas narrativas analisadas os principais obstáculos de um cuidado integral, junto ao estigma e o medo que as mulheres sentem de referirem o uso de drogas. Os temas identificados como possíveis caminhos para cuidado são relacionadas à ampliação da oferta de cuidado e promoção da maternidade possível, ancorados nos pressupostos da humanização e cuidado integral. Considerações finais: Considera-se importante a revisão de modelos de cuidado, modificação e implantação de serviços mais adaptados para garantir o acesso, adesão, cuidado contínuo e integral de gestantes que fazem uso de drogas, bem como políticas que assegurem os direitos humanos e bioéticos a essa população.
Descrição
Citação
DE SOUZA, Talita. Vulnerabilidades, barreiras e cuidados de gestantes usuárias de drogas na cidade de São Paulo. 2019. 59 f. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo.