Ocorrência de infecção pelo vírus da hepatite e em pacientes pós transplante renal em um hospital terciário de São Paulo-SP
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Data
2018-11-05
Autores
Passarini, Amanda [UNIFESP]
Orientadores
Bellei, Nancy Cristina Junqueira [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Objective: To verify the occurrence of renal transplant seroconversion in
patients performing this procedure at Hospital do Rim / UNIFESPSP,
from
November / 2016 to August 2017. Methods: 371 candidates for organ donation
and 441 patients submitted to renal transplantation, attended from November
2016 to August 2017. Blood samples were tested by antiHEV
IgG and IgM
serology, as well as the realtime
RTPCR
screening of HEVRNA.
Results: The prevalence of hepatitis E virus infection in the study
population was 15.5% (126/816), the majority of males with a mean age of 46
years. We later evaluated patients who were not antiHEv
IgG reagents at the
time of transplantation to evaluate posttransplant
seroconversion. A total of
36 (18.2%) patients underwent seroconversion to antiHEV
IgG, on average
111 days after transplantation, of which 4 (2%) were HEV positive.
Most seroconversions occurred in men (55.6%) and the mean age of these
patients was 45.1 years. We analyzed the type of donor among these patients,
and 78% received a deceased donor organ (28/36) and the donor antiHEV
IgG positivity of the donors, the majority received organ from a nonreactive
donor (83.3%). We evaluated some variables that could be associated
with seroconversion, the most used immunosuppression
was Tacrolimus (86.4%), only one patient had a blood transfusion, 1.02% had
ALT alterations, 86% had creatinine alterations and 80% were reagent for CMV.
These variables were not correlated with seroconversion. Conclusion: These
are the first data on seroconversion in patients undergoing renal transplantation
in Brazil. It was possible to demonstrate a seroconversion in 18.2% of patients,
on average 111 days after transplantation. We suggest that this could be a
secondary infection (reactivation), indicating that the hepatitis E virus could be
latent in the recipient's kidney, reactivating at the time of greater
immunosuppression or even in the kidney that he is receiving, which is a
primary infection , transmitted at the time of transplantation by the donor. More
studies are needed to establish which is the main route of infection for kidney
transplant recipients.
Objetivo: Verificar a ocorrência de soroconversão póstransplante renal em pacientes que realizam este procedimento no Hospital do Rim/UNIFESPSP, no período de Novembro/2016 a Agosto de 2017. Métodos: Foram incluídos neste estudo 371 candidatos à doação do órgão e 441 pacientes submetidos ao transplante renal, atendidos no período de novembro de 2016 a agosto de 2017. As amostras de sangue foram testadas por sorologia para antiHEV IgG e IgM, além da pesquisa de VHERNA por RTPCR em tempo real. Resultados: A prevalência de infecção pelo vírus da hepatite E na população de estudo foi de 15.5% (126/816), a maioria do sexo masculino com idade média de 46 anos. Posteriormente avaliamos os pacientes que não eram reagentes para antiHEv IgG no momento do transplante para avaliar a soroconversão pós transplante. No total 36 (18.2%) pacientes sofreram soroconversão para antiHEV IgG, em média 111 dias após a realização do transplante, dentre esses 4 (2%) eram positivos para VHERNA. A maioria das soroconversões ocorreu em homens (55.6%) e a idade média destes pacientes foi 45.1 anos. Analisamos o tipo de doador entre esses pacientes, e 78% recebeu órgão de doador falecido (28/36) e quanto a positividade para antiHEV IgG dos doadores, a maioria recebeu órgão de um doador não reagente (83.3%). Avaliamos algumas variáveis que poderiam ter associação com a soroconversão, a imunossupressão mais utilizada foi o Tacrolimus (86.4%), apenas um paciente realizou transfusão de sangue, 1.02% tinha alteração de ALT, 86% tinham alterações de creatinina e 80% eram reagente para CMV. Essas variáveis não apresentaram correlação com a soroconversão. Conclusão: Estes são os primeiros dados sobre soroconversão em pacientes que realizam transplante renal no Brasil. Foi possível demonstrar uma soroconversão em 18.2% dos pacientes, em média 111 dias após o transplante. Sugerimos que esta pudesse ser uma infecção secundária (reativação), indicando que o vírus da hepatite E poderia estar latente no rim do receptor, sofrendo uma reativação no momento de maior imunossupressão ou até mesmo no rim que ele está recebendo, sendo esta uma infecção primária, transmitida no momento do transplante pelo doador. Mais estudos são necessários para estabelecer qual a principal via de infecção para transplantados renais.
Objetivo: Verificar a ocorrência de soroconversão póstransplante renal em pacientes que realizam este procedimento no Hospital do Rim/UNIFESPSP, no período de Novembro/2016 a Agosto de 2017. Métodos: Foram incluídos neste estudo 371 candidatos à doação do órgão e 441 pacientes submetidos ao transplante renal, atendidos no período de novembro de 2016 a agosto de 2017. As amostras de sangue foram testadas por sorologia para antiHEV IgG e IgM, além da pesquisa de VHERNA por RTPCR em tempo real. Resultados: A prevalência de infecção pelo vírus da hepatite E na população de estudo foi de 15.5% (126/816), a maioria do sexo masculino com idade média de 46 anos. Posteriormente avaliamos os pacientes que não eram reagentes para antiHEv IgG no momento do transplante para avaliar a soroconversão pós transplante. No total 36 (18.2%) pacientes sofreram soroconversão para antiHEV IgG, em média 111 dias após a realização do transplante, dentre esses 4 (2%) eram positivos para VHERNA. A maioria das soroconversões ocorreu em homens (55.6%) e a idade média destes pacientes foi 45.1 anos. Analisamos o tipo de doador entre esses pacientes, e 78% recebeu órgão de doador falecido (28/36) e quanto a positividade para antiHEV IgG dos doadores, a maioria recebeu órgão de um doador não reagente (83.3%). Avaliamos algumas variáveis que poderiam ter associação com a soroconversão, a imunossupressão mais utilizada foi o Tacrolimus (86.4%), apenas um paciente realizou transfusão de sangue, 1.02% tinha alteração de ALT, 86% tinham alterações de creatinina e 80% eram reagente para CMV. Essas variáveis não apresentaram correlação com a soroconversão. Conclusão: Estes são os primeiros dados sobre soroconversão em pacientes que realizam transplante renal no Brasil. Foi possível demonstrar uma soroconversão em 18.2% dos pacientes, em média 111 dias após o transplante. Sugerimos que esta pudesse ser uma infecção secundária (reativação), indicando que o vírus da hepatite E poderia estar latente no rim do receptor, sofrendo uma reativação no momento de maior imunossupressão ou até mesmo no rim que ele está recebendo, sendo esta uma infecção primária, transmitida no momento do transplante pelo doador. Mais estudos são necessários para estabelecer qual a principal via de infecção para transplantados renais.