Fatores de risco associados à complicações em membros inferiores de pacientes com diabetes mellitus
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Data
2018-06-28
Autores
Armelin, Maria Vigoneti Araujo Lima [UNIFESP]
Orientadores
Ohl, Rosali Isabel Barduchi [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Overview: Diabetes mellitus is one of the greatest health emergencies of the 21st
century, due to the increasing number of people living with this condition, reaching
epidemic proportions in most countries, regardless of their development degree.
Among the five countries with the highest number of people with diabetes mellitus,
Brazil stands in the fourth position with 12.5 million people in the 2079
age group.
Diabetic foot syndrome is defined as cases of ulceration and/or destruction of foot
tissues, with or without infection, associated with neuropathy and/or peripheral
arterial disease in the inferior extremity of people with diabetes a
condition strongly
related to the loss of life quality. Aim: This study was performed with the objective of
determining the frequency of risk factors related to complications of the inferior limbs
of patients with diabetes in the municipality of Três Lagoas (MS), and investigating its
associations with sociodemographic
and clinical data as a way of supplying basis for
future local public policies, this study (of exploratory, transversal and correlational
character). Method: The sample was composed by 335 patients, users of nine
Family Health Strategy units existing in the municipality. A wide variety of individual
sociodemographic
and clinical data was collected and a thorough risk evaluation for
diabetic foot syndrome was performed in each patient. Then, correlations among
sociodemographic
and syndrome risks were drawn by means of adequate statistical
tests. Results: The results characterized a population predominantly feminine, with
an average of 62 years, usually white and brown, mostly married with an income of
one to three minimum wage, and a mean DM diagnosis time of 10 years, with a
mean score of 10 points for risk of foot lesion (maximum of 56). Most of the patients
were unable to identify which type of DM was diagnosed, while a significant number
of patients (37.91%) does not do exams to monitor blood glucose, while most
(93.73%) had never had their foot examined by a health professional. Still, mean
glycemia of patients were considerably high, with an average of 204.90 mg/dL.
Neuropathy and vasculopathy evaluations demonstrated that most of the patients are
within normality. Finally, several positive correlations were revealed between foot
syndrome risks and local clinical and sociodemographic
factors. Conclusions: It
was possible to conclude that the overview of risk factors for diabetic foot syndrome
in the studied patients is mostly not severe – not affecting most of the population. Risk factors were mainly associated
with age, sex, obesity, arterial hypertension and inadequate basic cares with the foot.
In addition to outlining the local population profile related to the risk of diabetic foot
syndrome, these results point to the importance of strengthening public policies
focused on primary health care. With a focus on prevention and education.
Panorama: O diabetes mellitus é uma das maiores emergências de saúde do século XXI, devido ao crescente número de pessoas que vivem com esta condição, chegando a assumir proporções epidêmicas na maioria dos países, independente do seu grau de desenvolvimento. Entre os cinco países com maior número de pessoas com diabetes mellitus, o Brasil ocupa o 4º lugar com 12,5 milhões de pessoas na faixa etária de 20 a 79 anos. Denominase síndrome do pé diabético os casos de ulceração e ou destruição dos tecidos dos pés, com ou sem infecção, associados à neuropatia e ou doença arterial periférica na extremidade inferior das pessoas com diabetes – condição fortemente relacionada à perda da qualidade de vida dos pacientes. Objetivo: Com o objetivo de determinar a frequência de fatores de risco relacionados às complicações em membros inferiores de pacientes com diabetes no município de Três Lagoas (MS), e investigar suas associações com fatores sóciodemográficos e clínicos como forma de fornecer bases para futuras politicas públicas locais, o presente estudo (de caráter exploratório, transversal e correlacional) foi desenvolvido. Método: A amostra constituiuse de 335 pacientes, usuários de nove unidades de Estratégia de Saúde da Família presentes no município. Uma ampla gama de dados sóciodemográficos e clínicos individuais foram coletados, e uma avaliação minuciosa do risco para a síndrome do pé diabético foi realizada em cada paciente. Posteriormente, correlações entre as variáveis sociodemográficas e os riscos para a síndrome foram traçadas por meio de testes estatísticos adequados aos dados. Resultados: Os resultados caracterizaram uma população predominantemente feminina, em média com 62 anos, usualmente brancas e pardas, em sua maioria casada, com renda de 1 a 3 salários mínimos, com tempo médio de diagnóstico de DM de aproximadamente 10 anos e com um escore médio de 10 pontos para risco de lesões nos pés (máximo de 56). A maioria não soube identificar com qual tipo de DM foi diagnosticado, uma quantidade significativa (37,91%) de pessoas não faz exames para acompanhar a glicemia, a maioria (93,73%) nunca tiveram seus pés examinados por nenhum profissional de saúde. A glicemia média dos pacientes se mostrou bastante elevada, em média 204,90 mg/dL. Os testes de avaliação neuropática e de vasculopatias demonstraram que a maioria dos pacientes se encocorrelações positivas foram reveladas entre risco para a síndrome do pé diabético e fatores sociodemográficos e clínicos locais. Conclusões: O panorama da presença de fatores de risco para a síndrome do pé diabético nos pacientes estudados não é demasiadamente severo – não acometendo a maior parcela da população. Os fatores de risco estiveram associados principalmente à idade, sexo, obesidade, hipertensão arterial e cuidados básicos com os pés inadequados. Além de traçar o perfil populacional local relacionado ao risco para a síndrome do pé diabético, esses resultados apontam para a importância do reforço de políticas públicas voltadas à atenção primária à saúde, com foco na prevenção e educação.ntra dentro da normalidade. Por fim, diversas
Panorama: O diabetes mellitus é uma das maiores emergências de saúde do século XXI, devido ao crescente número de pessoas que vivem com esta condição, chegando a assumir proporções epidêmicas na maioria dos países, independente do seu grau de desenvolvimento. Entre os cinco países com maior número de pessoas com diabetes mellitus, o Brasil ocupa o 4º lugar com 12,5 milhões de pessoas na faixa etária de 20 a 79 anos. Denominase síndrome do pé diabético os casos de ulceração e ou destruição dos tecidos dos pés, com ou sem infecção, associados à neuropatia e ou doença arterial periférica na extremidade inferior das pessoas com diabetes – condição fortemente relacionada à perda da qualidade de vida dos pacientes. Objetivo: Com o objetivo de determinar a frequência de fatores de risco relacionados às complicações em membros inferiores de pacientes com diabetes no município de Três Lagoas (MS), e investigar suas associações com fatores sóciodemográficos e clínicos como forma de fornecer bases para futuras politicas públicas locais, o presente estudo (de caráter exploratório, transversal e correlacional) foi desenvolvido. Método: A amostra constituiuse de 335 pacientes, usuários de nove unidades de Estratégia de Saúde da Família presentes no município. Uma ampla gama de dados sóciodemográficos e clínicos individuais foram coletados, e uma avaliação minuciosa do risco para a síndrome do pé diabético foi realizada em cada paciente. Posteriormente, correlações entre as variáveis sociodemográficas e os riscos para a síndrome foram traçadas por meio de testes estatísticos adequados aos dados. Resultados: Os resultados caracterizaram uma população predominantemente feminina, em média com 62 anos, usualmente brancas e pardas, em sua maioria casada, com renda de 1 a 3 salários mínimos, com tempo médio de diagnóstico de DM de aproximadamente 10 anos e com um escore médio de 10 pontos para risco de lesões nos pés (máximo de 56). A maioria não soube identificar com qual tipo de DM foi diagnosticado, uma quantidade significativa (37,91%) de pessoas não faz exames para acompanhar a glicemia, a maioria (93,73%) nunca tiveram seus pés examinados por nenhum profissional de saúde. A glicemia média dos pacientes se mostrou bastante elevada, em média 204,90 mg/dL. Os testes de avaliação neuropática e de vasculopatias demonstraram que a maioria dos pacientes se encocorrelações positivas foram reveladas entre risco para a síndrome do pé diabético e fatores sociodemográficos e clínicos locais. Conclusões: O panorama da presença de fatores de risco para a síndrome do pé diabético nos pacientes estudados não é demasiadamente severo – não acometendo a maior parcela da população. Os fatores de risco estiveram associados principalmente à idade, sexo, obesidade, hipertensão arterial e cuidados básicos com os pés inadequados. Além de traçar o perfil populacional local relacionado ao risco para a síndrome do pé diabético, esses resultados apontam para a importância do reforço de políticas públicas voltadas à atenção primária à saúde, com foco na prevenção e educação.ntra dentro da normalidade. Por fim, diversas
Descrição
Citação
ARMELIN, Maria Vigoneti Araujo Lima. Fatores de risco associados à complicações em membros inferiores de pacientes com diabetes mellitus. 2018. 178 f. Tese (Doutorado) - Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2018.