Avaliação do efeito da eletroestimulação funcional como reabilitação peniana na função erétil de pacientes submetidos à prostatectomia radical

Nenhuma Miniatura disponível
Data
2018-09-24
Autores
Bispo, Ana Paula dos Santos [UNIFESP]
Orientadores
Mesquita, Roberto Andre Soler [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Introduction: Erectile dysfunction (ED) after radical prostatectomy is a peculiar form of ED, which preserved with the direct causal event. Objective: To evaluate the effect of functional electrostimulation as a penile rehabilitation procedure on the erectile function of postprostatectomy patients. Methods: This was a prospective, blind, randomized, shamcontrolled trial with 49 patients at the Division of Urology of UNIFESPEPM, through 2014 to 2017. The study included patients undergoing radical prostatectomy with bilateral preservation of the neurovascular bundle, with previous unassisted normal erectile function (International Index of Erectile Function – Erectile Function domain [IIEFEF] score ≥ 26). Patients were undergo functional electrostimulation (FES) or sham procedure. Penile rehabilitation was performed for 6 months, with frequency: 50 Hz; pulse width: 250 microseconds; contraction: 6 seconds; rest: 12 seconds. Patients were evaluated at 1, 3, 6, 9 and 12 months after the start of the procedures. The primary endpoint was proportion of patients with IIEFEF score ≥ 22 after 12 months of the start of treatment. Secondary endpoints included rate of positive responses to Sexual Encounter Profile (SEP) questions 2 and 3 and to Global Assessment Question (GAQ) questions 1 and 2. Results: After 12 months of the start of the study procedures 52.2% and 19.2% of patients reached IIEFEF score ≥ 22 in FES and sham groups, respectively (p = 0,016). A significantly higher proportion of patients in FES group compared to sham group had positive responses to SEP2 and GAQ1 from the 6th month to the end of the study. There was numerical, but no statistical, difference in the rate of SEP3 and GAQ2 positive responses between the groups. Conclusion: Functional electrostimulation was efficacious and safe as a penile rehabilitation procedure in improving recovery of erectile function in patients undergoing radical prostatectomy.
Introdução: A disfunção erétil (DE) pós prostatectomia radical é uma forma peculiar de DE, pois guarda relação direta com o evento causal. Objetivo: Avaliar o efeito da eletroestimulação funcional como reabilitação peniana na função erétil de pacientes submetidos à prostatectomia radical. Métodos: Este foi um estudo prospectivo, cego, randomizado, controlado por placebo com 49 pacientes atendidos no Setor de Urologia da UNIFESPEPM, durante o período de 2014 a 2017. Foram incluídos no estudo pacientes com indicação de prostatectomia radical com preservação bilateral dos feixes nervosos, com função erétil normal no préoperatório (escore ≥ 26 no domínio função erétil do questionário Índice Internacional de Função Erétil (IIEFEF)). Os pacientes foram randomizados em grupo eletroestimulação funcional (FES) ou grupo de procedimento sham. A reabilitação peniana foi realizada durante seis meses, com frequência de 50 Hz, largura de pulso (T) de 250 microssegundos, 6 segundos de contração e 12 segundos de repouso. As visitas de avaliação foram realizadas nos períodos de 1, 3, 6, 9 e 12 meses após o início da terapia do estudo. O desfecho primário foi a porcentagem de pacientes com escore de IIEFEF ≥ 22 após 12 meses de início do tratamento. Os desfechos secundários incluíram as taxas de sucesso para as questões 2 e 3 do Sexual Encounter Profile (SEP) e questões 1 e 2 do Global Assessment Question (GAQ). Resultados: Um total de 49 pacientes foram randomizados (23 para o grupo FES e 26 para o grupo sham). Após 12 meses do início do tratamento, 52,2% e 19,2% dos pacientes atingiram escore IIEFEF ≥ 22 no grupo FES e grupo de procedimento sham, respectivamente. (p = 0,016). O grupo FES apresentou taxa de respostas positivas para SEP2 e GAQ1 significativamente superior ao do grupo de procedimento sham a partir do sexto mês do início da reabilitação. Já para o SEP3 e GAQ2, não se verificaram diferenças estatísticas entre os grupos nas porcentagens de respostas positivas em todos os instantes de avaliação. Conclusão: A eletroestimulação funcional foi eficaz e segura como procedimento de reabilitação peniana na recuperação.
Descrição
Citação