Avaliação Da Força E Fatigabilidade Muscular Periférica Por Dinamometria Isocinética Em Pacientes Com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Associada À Insuficiência Cardíaca
Data
2017-07-31
Tipo
Dissertação de mestrado
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Título de Volume
Resumo
The coexistence of chronic obstructive pulmonary disease (COPD) and heart failure with ejection fraction reduced left ventricular (IC) is underdiagnosed and is associated with poor prognosis. Cardiocirculatory and pulmonary changes found in both diseases can impair the supply of oxygen (O2) to the peripheral muscles resulting in decreased muscle strength and endurance, resulting in the exercise intolerance and the decline in functional capacity. Fifty male patients, with twentyfive COPD + IC (age 67.8 ± 6.9; FEV1 62.5 ± 17.4% predicted; EF = 36.1 ± 10.7) and twenty-five COPD (age 66.1 ± 9.1; FEV1 51.3 ± 17.0% predicted; EF = 67.6 ± 4.7) underwent clinical evaluation, resting echocardiography, pulmonary function, cardiopulmonary test incremental exercise (CPET), step test 4 minutes, 6 minute walk test and peripheral muscle isokinetic evaluation. The groups did not differ in demographic and anthropometric characteristics (p> 0.05). The functional capacity measured in 6-minute walk test showed a trend of smaller distance in COPD + IC group (401.4 ± 92.7) compared to COPD (451.5 ± 99.4) maximum effort COPD + IC group had significantly lower values load achieved when compared with the COPD group (57.6 ± 24.3 vs. 73.5 ± 22.7; P <0.05). The muscle performance is compromised in both COPD and in COPD + IC group. The lower torque, power and work, it is most evident in COPD + IC group. The most significant findings were in the flexor muscles of the knee, the isokinetic evaluation at 60°/s and 300 °/s respectively. The 60 °/s work and the torque peak as a percentage of predicted in COPD + IC group was lower than the COPD group (54.7 ± 13.3 vs. 65.8 ± 13.1; P < 0.05), (87.0 ± 24.0 vs. 94.8 ± 22.8; P < 0.05). The COPD + HF group showed significantly lower values in the fatigue index in percentage corrected by muscle mass in the torque variables (1.5 ± 0.4 vs. 1.2 ± 0.3; P < 0.05), work (1.4 ± 0.4 vs. 1.1 ± 0.3; P < 0.05), and power (1.8 ± 0.4 vs. 1.4 ± 0.4; P < 0.05). The overlap of HF in patients with COPD worsens muscle dysfunction observed in patients with isolated COPD. However, this increase is not uniform over the entire lower limb muscles, specifically affecting the knee flexors.
A coexistência da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e da insuficiência cardíaca com fração de ejeção do ventrículo esquerdo reduzida (IC) é subdiagnosticada e está associada a mau prognóstico. As alterações cardiocirculatórias e pulmonares encontradas em ambas às doenças podem prejudicar a oferta de oxigênio (O2) para a musculatura periférica acarretando em diminuição de força e resistência muscular, tendo como consequência a intolerância ao esforço e o declínio da capacidade funcional. Cinquenta pacientes do sexo masculino, sendo 25 DPOC + IC (idade 67.8 ± 6.9; VEF1 62.5 ± 17.4%previsto; FE = 36.1 ± 10.7%) e 25 DPOC (idade 66.1 ± 9.1; VEF1 = 1.3 ± 17.0%previsto; FE = 67.6 ± 4.7%) foram submetidos à avaliação clínica, ecocardiograma de repouso, função pulmonar, teste cardiopulmonar de exercício incremental (TCPE), teste do degrau de 4 minutos, teste da caminhada de 6 minutos e avaliação isocinética dos extensores e flexores do joelho. Os grupos não apresentaram diferenças nas características demográficas e antropométricas (P > 0.05). A capacidade funcional medida no teste de caminhada de 6 minutos apresentou uma tendência de menor distância percorrida no grupo DPOC + IC (401.4 ± 92.7) em relação ao DPOC (451.5 ± 99.4), no TCPE o grupo DPOC + IC apresentou valores significativamente menores de carga pico quando comparado com o grupo DPOC (57.6 ± 24.3 vs. 73.5 ± 22.7 W; P < 0,05). A performance muscular dos extensores e flexores encontra-se comprometida tanto no grupo DPOC quanto no grupo DPOC + IC. A avaliação dos flexores a 60°/s evidenciou que o trabalhopico e o torquepico em porcentagem do predito do grupo DPOC + IC é menor do que o grupo DPOC (54.7 ± 13.3 vs. 65.8 ± 13.1; P < 0.05), (87.0 ± 24.0 vs. 94.8 ± 22.8; P < 0.05), respectivamente. O grupo DPOC + IC apresentou valores significativamente menores no índice de fadiga em percentual corrigido pela massa muscular nas variáveis de torque (1.5 ± 0.4 vs. 1.2 ± 0.3; P < 0.05), trabalho (1.4 ± 0.4 vs. 1.1 ± 0.3; P < 0.05) e potência (1.8 ± 0.4 vs. 1.4 ± 0.4; P < 0.05). A sobreposição da IC em pacientes com DPOC agrava a disfunção muscular observada nos pacientes com DPOC isolada. Contudo, esse agravamento não é uniforme sobre toda musculatura do membro inferior, acometendo especificamente os flexores do joelho.
A coexistência da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e da insuficiência cardíaca com fração de ejeção do ventrículo esquerdo reduzida (IC) é subdiagnosticada e está associada a mau prognóstico. As alterações cardiocirculatórias e pulmonares encontradas em ambas às doenças podem prejudicar a oferta de oxigênio (O2) para a musculatura periférica acarretando em diminuição de força e resistência muscular, tendo como consequência a intolerância ao esforço e o declínio da capacidade funcional. Cinquenta pacientes do sexo masculino, sendo 25 DPOC + IC (idade 67.8 ± 6.9; VEF1 62.5 ± 17.4%previsto; FE = 36.1 ± 10.7%) e 25 DPOC (idade 66.1 ± 9.1; VEF1 = 1.3 ± 17.0%previsto; FE = 67.6 ± 4.7%) foram submetidos à avaliação clínica, ecocardiograma de repouso, função pulmonar, teste cardiopulmonar de exercício incremental (TCPE), teste do degrau de 4 minutos, teste da caminhada de 6 minutos e avaliação isocinética dos extensores e flexores do joelho. Os grupos não apresentaram diferenças nas características demográficas e antropométricas (P > 0.05). A capacidade funcional medida no teste de caminhada de 6 minutos apresentou uma tendência de menor distância percorrida no grupo DPOC + IC (401.4 ± 92.7) em relação ao DPOC (451.5 ± 99.4), no TCPE o grupo DPOC + IC apresentou valores significativamente menores de carga pico quando comparado com o grupo DPOC (57.6 ± 24.3 vs. 73.5 ± 22.7 W; P < 0,05). A performance muscular dos extensores e flexores encontra-se comprometida tanto no grupo DPOC quanto no grupo DPOC + IC. A avaliação dos flexores a 60°/s evidenciou que o trabalhopico e o torquepico em porcentagem do predito do grupo DPOC + IC é menor do que o grupo DPOC (54.7 ± 13.3 vs. 65.8 ± 13.1; P < 0.05), (87.0 ± 24.0 vs. 94.8 ± 22.8; P < 0.05), respectivamente. O grupo DPOC + IC apresentou valores significativamente menores no índice de fadiga em percentual corrigido pela massa muscular nas variáveis de torque (1.5 ± 0.4 vs. 1.2 ± 0.3; P < 0.05), trabalho (1.4 ± 0.4 vs. 1.1 ± 0.3; P < 0.05) e potência (1.8 ± 0.4 vs. 1.4 ± 0.4; P < 0.05). A sobreposição da IC em pacientes com DPOC agrava a disfunção muscular observada nos pacientes com DPOC isolada. Contudo, esse agravamento não é uniforme sobre toda musculatura do membro inferior, acometendo especificamente os flexores do joelho.