Efeito Terapêutico Das Isoflavonas No Metabolismo E Na Função Renal Em Animais Submetidos À Dieta Hiperlipídica Rica Em Frutose
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Data
2017-07-31
Autores
Pessoa, Edson De Andrade [UNIFESP]
Orientadores
Borges, Fernanda Teixeira [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
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Título de Volume
Resumo
Obesity is considered a worldwide epidemic and a risk factor for numerous pathologies such as diabetes, hypertension and kidney disease. The hyperlipid, carbohydrate rich diet, such as fructose, mimics many of the changes associated with obesity. The objective of this work was to evaluate the effect of the hyperlipid fructose-rich diet on the metabolism and renal function in rats and to elucidate the possible therapeutic effect of isoflavones in these conditions. Wistar rats were divided into: control animals (CTL), submitted to a standard diet for 120 days (17.70% lipids, 61.74% carbohydrates and 20.56% protein), animals submitted to a hyperlipid fructose-rich (DH) diet (68.27% lipids, 16.41% fructose and 15.32% protein) for 120 days and group of animals submitted to DH for 120 and in the last 60 days treated with isoflavone (300 mg / kg, per gavage). DH induced an increase in caloric intake, in weight and accumulation of visceral fat. It caused an increase in glycemia, glycated hemoglobin, uricemia and promoted insulin resistance. There was elevation in total cholesterol, triglycerides, decrease in HDL-C. In renal function we observed increase in plasma creatinine and urea, fraction of sodium excretion, proteinuria and decrease in creatinine clearance, associated with increased labeling for tubular KIM-1. There was an increase in systemic blood pressure, while in renal hemodynamics we observed a decrease in renal blood flow and an increase in renal vascular resistance. HD induced subclinical renal inflammation with increase in TNFα, IL1-β and IL-6 and infiltration of macrophages. These effects were mediated by oxidative stress (increase in lipid peroxidation) and nitrosilative stress (increase in NO) in the kidney. Isoflavone reversed virtually all of these changes without interfering with calorie intake, mainly via antioxidant and anti-inflammatory effects. Isoflavone may be a therapeutic option in the treatment or prevention of metabolic and renal changes associated with obesity.
A obesidade é considerada uma epidemia mundial e um fator de risco para inúmeras patologias como diabetes, hipertensão e doença renal. A dieta hiperlipídica, rica em carboidratos, como a frutose, mimetiza muitas das alterações associadas a obesidade. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da dieta hiperlipídica rica em frutose sobre o metabolismo e função renal em ratos e elucidar o possível efeito terapêutico das isoflavonas nestas condições. Ratos Wistar foram divididos em: animais controle (CTL), submetidos a dieta controle por 120 dias (17,70% lipídios, 61,74% carboidratos e 20,56% proteína), animais submetidos a dieta hiperlipídica (DH) rica em frutose (68,27% lipídios, 16,41% de frutose e 15,32% proteína) durante 120 dias e grupo de animais submetidos a DH por 120 e nos últimos 60 dias tratados com isoflavonas (300 mg/kg, por gavage). A DH induziu aumento de consumo de calorias, no peso e acúmulo de gordura visceral. Causou aumento na glicemia, hemoglobina glicada, uricemia e promoveu resistência à insulina. Houve elevação no colesterol total, triglicérides, diminuição no HDL-C. Na função renal observamos aumento na creatinina e ureia plasmáticas, fração de excreção de sódio, proteinúria e diminuição no clearance de creatinina, associados ao aumento na marcação para KIM-1 tubular. Houve aumento na pressão arterial sistêmica, enquanto na hemodinâmica renal observamos diminuição no fluxo sanguíneo renal e aumento na resistência vascular renal. A DH induziu uma inflamação renal subclínica com aumento no TNFα, IL1-β e IL-6 e infiltração de macrófagos. Estes efeitos foram mediados pelo estresse oxidativo (aumento na peroxidação lipídica) e nitrosilativo (aumento no NO) renal. As isoflavonas reverteu praticamente todas estas alterações sem interferir no consumo de calorias, principalmente via efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios. As isoflavonas pode ser uma opção terapêutica no tratamento ou prevenção das alterações metabólicas e renais associadas a obesidade.
A obesidade é considerada uma epidemia mundial e um fator de risco para inúmeras patologias como diabetes, hipertensão e doença renal. A dieta hiperlipídica, rica em carboidratos, como a frutose, mimetiza muitas das alterações associadas a obesidade. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da dieta hiperlipídica rica em frutose sobre o metabolismo e função renal em ratos e elucidar o possível efeito terapêutico das isoflavonas nestas condições. Ratos Wistar foram divididos em: animais controle (CTL), submetidos a dieta controle por 120 dias (17,70% lipídios, 61,74% carboidratos e 20,56% proteína), animais submetidos a dieta hiperlipídica (DH) rica em frutose (68,27% lipídios, 16,41% de frutose e 15,32% proteína) durante 120 dias e grupo de animais submetidos a DH por 120 e nos últimos 60 dias tratados com isoflavonas (300 mg/kg, por gavage). A DH induziu aumento de consumo de calorias, no peso e acúmulo de gordura visceral. Causou aumento na glicemia, hemoglobina glicada, uricemia e promoveu resistência à insulina. Houve elevação no colesterol total, triglicérides, diminuição no HDL-C. Na função renal observamos aumento na creatinina e ureia plasmáticas, fração de excreção de sódio, proteinúria e diminuição no clearance de creatinina, associados ao aumento na marcação para KIM-1 tubular. Houve aumento na pressão arterial sistêmica, enquanto na hemodinâmica renal observamos diminuição no fluxo sanguíneo renal e aumento na resistência vascular renal. A DH induziu uma inflamação renal subclínica com aumento no TNFα, IL1-β e IL-6 e infiltração de macrófagos. Estes efeitos foram mediados pelo estresse oxidativo (aumento na peroxidação lipídica) e nitrosilativo (aumento no NO) renal. As isoflavonas reverteu praticamente todas estas alterações sem interferir no consumo de calorias, principalmente via efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios. As isoflavonas pode ser uma opção terapêutica no tratamento ou prevenção das alterações metabólicas e renais associadas a obesidade.