Modulação do sistema renina-angiotensina aldosterona intracelular de células mesangiais humanas submetidas ao estímulo da aldosterona

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Data
2017-10-26
Autores
Stoll, Danielle [UNIFESP]
Orientadores
Casarini, Dulce Elena [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
An important target of the renin angiotensin aldosterone system (RAAS) is the kidney, responsible for controlling the electrolyte balance. Currently, several studies have demonstrated the existence of a local RAAS in different tissues, including the renal, being distributed throughout the nephron. Aldosterone is a mineralocorticoid that plays a critical role in classical RAAS, whose description in mesangial cells (MC) still needs to be elucidated. MCs are essential for maintaining glomerular integrity and play a role in modulating glomerular filtration. The study of the role of aldosterone in modulating local RAAS in mesangial cells is important in understanding the physiological mechanisms and in particular the variations triggered in the angiotensin converting enzyme (ACE) / angiotensin II (ANGII) / angiotensin receptor type 1 (AT-1) and angiotensin-converting enzyme 2 (ACE2) / angiotensin- (1-7) [ANG- (1-7)] / MAS Receptor axes. Based on the data above, our aim was to investigate whether the aldosterone stimulus can modulate the intracellular RAAS of immortalized human mesangial cells (IHMC) by evaluating both axes ACE/ANGII/AT-1 and ACE2/ANG-(1-7)/Mas. For this, the cell viability, protein expression and enzymatic activity were evaluated under physiological, supra and sub physiological doses of aldosterone and in the presence of the mineralocorticoid receptor antagonist (MR), spironolactone (SPI). Our results showed that physiological doses of aldosterone improve the viability of IHMC by approximately 20% in relation to the control, spironolactone and 10 nM stimulated groups. High doses of aldosterone increased ACE expression and activity respectively, and the 10 nM stimulus was able to increase the activity of this enzyme by up to 3 times in relation to the physiological dose of 0.1 nM. The effect of aldosterone on the catalytic activity of ACE was completely abolished with the pre-treatment of SPI. Elevated doses of aldosterone increased the expression of ACE 2 and MAS receptor, but did not alter the catalytic activity of the enzyme allowing the production of ANG-(1-7) and altering the internalization profile of this peptide in these cells. Spironolactone on binding to its receptor triggering an antagonistic effect was able to modulate the localization of ANG II, AT-1 and MAS receptor whose expression was also decreased. Our data suggest that both aldosterone and the MR receptor antagonist can modulate both axes.
Um importante alvo do sistema renina angiotensina aldosterona (SRAA) é o rim, responsável pelo controle do balanço hidroeletrolítico. Atualmente, vários estudos demonstraram a existência de um SRAA local em diferentes tecidos, incluindo o renal, sendo distribuído ao longo do néfron. A aldosterona é um mineralocorticoide que exerce papel crítico no SRAA clássico, cuja descrição nas células mesangiais (CM) ainda precisa ser elucidada. As CM são essenciais para manter a integridade do glomérulo e desempenham função na modulação da filtração glomerular. O estudo do papel da aldosterona na modulação do SRAA local nas células mesangiais é importante para entender os mecanismos fisiológicos e em especial, as variações desencadeadas nos eixos da enzima conversora de angiotensina (ECA)/angiotensina II (ANGII)/receptor de angiotensina tipo 1(AT-1) e enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2)/angiotensina-(1-7) [ANG-(1-7)]/Receptor MAS. Com base nos dados acima, nosso objetivo foi investigar se o estímulo da aldosterona pode modular o SRAA intracelular de células mesangiais humanas imortalizadas (CMHI) avaliando ambos os eixos acima citados. Para isso, foram avaliadas a viabilidade celular, expressão proteica e atividade enzimática dos dois eixos sob estímulo de doses fisiológicas, supra e sub fisiológicas de aldosterona e na presença do antagonista do receptor mineralocorticoide (MR), a espironolactona (SPI). Nossos resultados mostraram que doses fisiológicas da aldosterona melhoram a viabilidade das CMHI em aproximadamente 20% em relação aos grupos controle, espironolactona e o estimulado com 10 nM. Altas doses de aldosterona aumentam respectivamente a expressão e atividade da ECA, sendo que o estímulo com 10 nM foi capaz de aumentar a atividade desta enzima em até 3 vezes em relação à dose fisiológica de 0,1 nM. O efeito da aldosterona na atividade catalítica da ECA foi completamente abolido com o pré-tratamento de SPI. Doses elevadas de aldosterona aumentaram a expressão da ECA 2 e do receptor MAS, porém não alteraram a atividade catalítica da enzima permitindo a produção da ANG-(1-7) alterando o perfil de internalização deste peptídeo nestas células. A espironolactona ao ligar-se a seu receptor desencadeando um efeito antagônico, foi capaz de modular a localização da ANG II, do receptor AT-1 e MAS cuja expressão foi também diminuída. Nossos dados sugerem que tanto a aldosterona quanto o antagonista do receptor MR podem modular ambos os eixos.
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