Fatores que interferem no desempenho da deglutição de pacientes com traumatismo cranioencefálico

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Data
2017-02-21
Autores
Saurim, Juliana Boza [UNIFESP]
Orientadores
Goncalves, Maria Ines Rebelo [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Traumatic Brain Injury (TBI) is one of the leading causes of disability and mortality. Dysphagia can be highlighted as a sequel due to neurological impairment, which is an alteration of the swallowing process and can rehabilitated by a speech therapist, along with a multi professional staff. Aim: Analyze factors that interferes in the swallowing performance of TBI's patients admitted in the intensive care unit (ICU). Method: Medical records from August 2007 to May 2016 of TBI's patients, who underwent speech pathologist clinical evaluation at the bedside in the ICU of São Paulo Hospital – H.U. São Paulo Federal University were analyzed. The patients were divided into two groups: G1 = were discharged from the hospital or died due to at least one oral food consistency feeding and G2 = were discharged from the hospital or died due to feeding exclusively by an alternate via. The cases were identified through demographic, clinical and radiological data. The initial and final swallowing performance was measured using the Functional Oral Intake Scale (FOIS), Dysphagia Outcome Severity Scale (DOSS) and ASHA-NOMS Scale. Results: 62% of the patients presented oral feeding reintroduction. The G2 group was significantly older, IOT days, tracheostomy individuals, cognitive status altered, severe dysphagia diagnosis, severe traumas according to ECG and secondary lesions associated. The swallowing functional performance of G1 group evolved from level 2 to level 5 on the applied scales and oral feeding reintroduction started in the second therapy session. Conclusions: Age, IOT time, TQT, cognitive status altered, trauma severity and secondary lesions influenced negatively in swallowing. It was possible to reintroduce oral feeding in the majority of the patients and these progressed significantly in the performance.
Introdução: O Traumatismo Crânio Encefálico (TCE) é uma das principais causas de deficiência e mortalidade no mundo. Em decorrência do acometimento neurológico, podemos destacar como sequela a disfagia, uma alteração no processo de deglutição, cuja reabilitação cabe ao fonoaudiólogo, junto à equipe multiprofissional. Objetivo: Analisar fatores que interferem no desempenho da deglutição dos pacientes com TCE internados em unidade de terapia intensiva (UTI). Método: Foram analisados os prontuários dos pacientes com TCE, submetidos à avaliação fonoaudiológica clínica à beira leito, internados na UTI do Hospital São Paulo - H. U. da Universidade Federal de São Paulo, no período de agosto de 2007 a maio de 2016. Os pacientes foram divididos em dois grupos: G1 = receberam alta hospitalar ou foram a óbito alimentando-se por pelo menos uma consistência de alimento por via oral e G2 = receberam alta hospitalar ou foram a óbito alimentando-se exclusivamente por via alternativa de alimentação. Os casos foram identificados por meio dos dados demográficos, clínicos e radiológicos. Os desempenhos iniciais e finais da deglutição foram mensurados por meio das escalas Functional Oral Intake Scale (FOIS), Dysphagia Outcome Severity Scale (DOSS) e ASHA-NOMS Scale. Resultados: 62% dos pacientes apresentaram reintrodução VO. O grupo G2 apresentou significativamente mais idade, dias de IOT, indivíduos traqueostomizados, estado cognitivo alterado, diagnóstico de disfagia grave, traumas graves de acordo com a ECG e lesões secundárias associadas. O desempenho funcional da deglutição do grupo G1 evoluiu do nível 2 para o nível 5 nas escalas aplicadas e a reintrodução VO se iniciou a partir da segunda sessão de terapia. Conclusões: Idade, tempo de IOT, TQT, alteração do estado cognitivo, gravidade do trauma e lesões secundárias associadas influenciaram no pior desempenho da deglutição. A reintrodução VO foi possível na maioria dos casos e estes evoluíram significativamente no desempenho da deglutição de acordo com as escalas aplicadas.
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