Avaliação dos efeitos de vesículas extracelulares produzidas por L. (L.) Amazonensis sobre células B-1 e macrófagos Murinos

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Data
2017-06-27
Autores
Barbosa, Fernanda Marins Costa [UNIFESP]
Orientadores
Xander, Patricia [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Leishmaniasis is a group of diseases caused by protozoa belonging to the genus Leishmania. In mammalian hosts, the parasite is able to infect and proliferate within various types of cells such as tissue macrophages and B-1 lymphocytes, a lymphocyte subtype B. It is known that macrophages infected with L. (L.) amazonensis produce vesicles extracellular (EVs) that stimulate pro-inflammatory responses such as release of inflammatory cytokines in uninfected macrophages. Still, promastigotes and amastigotes of Leishmania release vesicles extracellular in the culture supernatant which has modulatory effects on immune cells and may contribute to infection and disease pathogenesis. Several studies have shown the impact of pathogens vesicles in macrophages and dendritic cells but there are no reports in the literature on the effect of these vesicles extracellular in B-1 cells. This study aimed to characterize the EVs released by promastigotes of L. (L.) amazonensis and assess the medullary macrophage response after contact with these vesicles. Considering the number of particles, protein dosage and viability of the parasites, we showed that L. (L.) amazonensis promastigotes released vesicles extracelular at different temperatures (26, 34 and 37 C) after 4 hours of incubating. These vesicles extracellular modulated the expression and production of cytokines by medullary macrophages to a more anti-inflammatory profile, when compared to non-stimulated macrophages. In addition, macrophages treated with vesicles extracellular of L. (L.) amazonensis promastigotes had a lower phagocytic index as compared to untreated macrophages. Vesicles extracelullar modulated the response of B-1 cells to a more pro-inflammatory profile when compared to unstimulated B-1 cells. In summary, L. (L.) amazonensis promastigotes release vesicles extracellular capable of stimulating anti-inflammatory or pro-inflammatory responses depending on the cell type.
Leishmanioses são um grupo de doenças causadas por protozoários pertencentes ao gênero Leishmania. Nos hospedeiros mamíferos, o parasita é capaz de infectar e proliferar no interior de diversos tipos de células, como por exemplo, macrófagos teciduais e linfócitos B-1, um subtipo de linfócitos B. Sabe-se que macrófagos infectados por L. (L.) amazonensis produzem vesículas extracelulares (EVs) que estimulam respostas pró-inflamatórias, como a liberação de citocinas inflamatórias em macrófagos não infectados. Ainda, promastigotas e amastigotas de Leishmania liberam vesículas extracelulares no sobrenadante de cultura as quais tem efeito modulador sobre células do sistema imune, podendo contribuir para a infecção e patogênese da doença. Diversos estudos mostraram o impacto de vesículas de patógenos em macrófagos e células dendríticas mas não existem relatos na literatura sobre o efeito dessas vesículas extracelulares em células B-1. Esse estudo teve por objetivo principal caracterizar as vesículas extracelulares liberadas por promastigotas de L. (L.) amazonensis assim como avaliar a resposta de macrófagos medulares e células B-1 após contato com essas vesículas extracelulares. Nesse trabalho, mostramos que 4 horas foi o melhor tempo de obtenção de vesículas extracelulares liberadas por promastigotas de L. (L.) amazonensis em diferentes temperaturas (26, 34 e 37 C), quando foram considerados os parâmetros número de partículas, dosagem proteica e viabilidade dos parasitas. Vesículas extracelulares liberadas por esses parasitas modularam a expressão e produção de citocinas de macrófagos medulares para um perfil mais anti-inflamatório quando comparados a macrófagos não estimulados. Por outro lado, macrófagos medulares tratados com vesículas extracelulares de promastigotas de L. (L.) amazonensis apresentaram menor índice fagocítico, em relação a macrófagos não tratados. Em relação a células B-1, as vesículas extracelulares modularam a resposta dessas células para um perfil mais pró-inflamatório quando comparado a células B-1 não estimuladas. Em resumo, promastigotas de L. (L.) amazonensis liberam vesículas extracelulares as quais são capazes de estimular respostas anti-inflamatórias ou pró-inflamatórias dependendo do tipo celular.
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