Determinação da ingestão alimentar e do gasto energético de ratos jovens submetidos à restrição crônica de sono

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Data
2017-12-02
Autores
Menezes, Leticia [UNIFESP]
Orientadores
Luz, Jacqueline [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Sleep has been of interest to the scientific community for many years because it is a complex state that influences the functioning of the body as a whole. The use of animal models is very useful to understand the relation between insufficient sleep and the physiological, metabolic and behavioral changes. However, animal studies have raised a paradox: the concomitant presence of hyperphagia and the reduction of body weight gain. It is known that sleep restriction is a stressful factor that can induce stereotyped behavior in animals, leading to increased food spillage and not necessarily to increased food intake. It is also known that sleep deprivation / restriction can lead to increased energy expenditure. Purpose: determine the correction factor for energy intake of rats in chronic sleep restriction, considering the food spillage and evaluate the energy expenditure and body composition. Methods: male Wistar rats were divided into two groups: control (C) and restricted (R). Restricted groups were submitted to chronic sleep restriction by the single plataform method for 7, 14 and 21 days. Food intake and body weight were monitored daily. To determine the correction factor, spilled food was separated from the faeces daily. At the end of each experimental period, the animals were submitted to euthanasia to determine the energy balance and body composition. Student’s t-test was used for statistical analyses. Results: when the amount of spilled food was taken into account, restricted animals presented no significant difference in their energy intake compared to control ones. Restricted groups, despite the higher levels of metabolizable energy, presented lower fat content due to a higher energy expenditure and lower metabolic efficiency. Conclusion: it is necessary to use a correction factor for the adequate analysis of food intake of animals submitted to chronic sleep restricion, in order to avoid its overstimation due to the stereotyped behavior of gnawing. In fact, sleep restricted animals presented increased energy expenditure throughout the experimental period.
O sono tem despertado interesse da comunidade científica há muitos anos, por se tratar de um complexo estado neurológico que exerce influência sobre o funcionamento do organismo como um todo. A utilização de modelos animais é bastante útil para compreender a relação entre o sono insuficiente e suas alterações fisiológicas, metabólicas e comportamentais. No entanto, os estudos em animais têm levantando um grande paradoxo: a presença concomitante de hiperfagia e redução do ganho de peso corporal. Sabe-se que a restrição de sono é um fator estressante que pode induzir nos animais um comportamento estereotipado de roer, levando ao aumento do desperdício de ração e não necessariamente ao aumento da ingestão alimentar. Sabe-se também que a privação/restrição de sono pode levar ao aumento do gasto de energia. Objetivo: determinar o fator de correção para ingestão alimentar de ratos em restrição crônica de sono, considerando a quantidade de ração desperdiçada e avaliar o gasto energético e composição corporal dos animais na vigência de restrição de sono. Métodos: ratos machos Wistar foram distribuídos em dois grupos: controle (C) e restrito (R). Os grupos restritos foram submetidos à restrição crônica de sono pelo método da plataforma única durante 7, 14 e 21 dias. A ingestão alimentar e peso corporal foram acompanhados diariamente. Para determinação do fator de correção, o desperdício de ração foi separado das fezes diariamente. Ao final de cada período experimental, os animais foram submetidos à eutanásia para determinação do balanço energético e composição corporal. Para análise estatística foi utilizado o teste t de Student. Resultados: ao considerar a ingestão alimentar real, ou seja, contabilizando o desperdício, os animais restritos não apresentaram diferença significativa em sua ingestão energética quando comparados aos animais dos grupos controles. Os grupos restritos, apesar de maiores níveis de energia metabolizável, apresentaram menor teor de gordura e menor ganho de peso corporal, decorrentes de um maior gasto energético e menor eficiência metabólica. Conclusão: faz-se necessária a utilização de um fator de correção para ingestão alimentar de animais submetidos à restrição crônica de sono, a fim de evitar que a mesma seja superestimada devido ao comportamento estereotipado de roer. De fato, animais restritos de sono apresentam aumento do gasto energético durante todo o período experimental.
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