Efeitos do tratamento com insulina no tegumento de ratos após lesão térmica
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Data
2017-03-13
Autores
Baptista, Vivianne Izabelle de Araujo [UNIFESP]
Orientadores
De Oliveira, Flavia [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Scald Burn Injury (SBI) is one of the most common injuries among children from economically disadvantaged families. When extensive, these lesions cause negative systemic effects up to 2 years post injury, such as damage in the healing process. Was evaluated the effect of insulin treatment on morphology of the skin in rats submitted to SBI. Sixty pre- pubescent male Wistar rats (CEUA-UNIFESP 5591070515), were distributed in four groups (n=16): control (C); control with insulin (C+I); SBI and SBI with insulin (SBI+I). Each group was further subdivided (n=8, each) into second different euthanasia times, four and 14 days. After SBI on 45% of rat body, further insulin treatment (5UI/Kg/day), animal weights, water and food intake were evaluated daily. Also checked glycemia 1 and 8 hour after insulin application (3rd and 13th day) and insulin levels, insulin sensitivity test and glucose tolerance test (4th and 14th day). For morphology, skin samples were cut sections (4µm), stained with hematoxylin and eosin (HE), sirius red and hematoxylin Verhoeff for histophatological analysis, of the collagen fibers and elastic fibers. Sections were evaluated for immunohistochemistry detection of COX-2 and 8-OHdG too. Morphoquantitative measure of the skin layers: total, epidermis, muscles and inflammatory infiltrate, was made. Results showed lower body mass (p=0,002), but without changes in ingest of food. There were morphological alterations in all layers of the skin, mainly at muscle layer, of the animals burn injury in relation to controls. SBI and SBI+I had larger thickness total and thinner epidermis (4th and 14th day – p=0,001), decrease of the muscles layer (14th day – p=0,001), higher inflammation (COX-2, 4º and 14º - p = 0.001) and oxidative stress (8-OHdG, 4º and 14º - p = 0.001). In collagen-elastic arrangement, results showed predominance of collagen I (4º - p = 0.001) and lower volume fraction of elastic fibers when compared to C and C+I (4th and 14th - p =0.001). Insulin treatment was able to increased volume fraction of collagen III (p=0,047) and of elastic fibers (p = 0.001) in SBI+I of 4 days, even as decreased volume fraction of elastic fibers in SBI+I e C+I of 14 days. In addition, this group for 4 days, exhibited hypoglycemia 1h after treatment (p = 0.001), lower insulin levels (p = 0.013) and increased insulin sensitivity (p = 0.026). Those treated for 14 days showed hypoglycemia (p = 0.001) and hyperglycemia 8h (p = 0.042) after treatment, glucose intolerance (p = 0.028), high insulin levels (p = 0.001) and lower insulin sensitivity (p = 0.001). Burns injury caused damage effects of the skin and insulin treatment was only able to reverse such damages in the collagen-elastic arrangement of treated groups for 4 days. Groups that received insulin for 14 days showed unchanged morphological characteristics and exacerbated glucose levels, due to insulin resistance.
A Lesão Térmica por Escaldadura (LTE) é um dos agravos mais comuns entre crianças de famílias desfavorecidas economicamente. Quando extensas, essas lesões causam efeitos sistêmicos repercutindo perdas em até 2 anos após o acidente, à exemplo dos prejuízos no processo de cicatrização. No estudo, avaliou-se o efeito do tratamento com insulina no tegumento de ratos submetidos à LTE. Foram utilizados 64 ratos Wistar machos (CEUA- UNIFESP 5591070515), pré-púberes, distribuídos em 4 grupos (n=16): controle (C); controle com insulina (C+I); LTE e LTE com insulina (LTE+I). Cada grupo ainda foi subdividido em dois (n=8, cada) com diferentes tempos de eutanásia, 4 e 14 dias. Após LTE de 45% da superfície corporal, além da dose diária de insulina (5UI/Kg/dia), foram realizadas avaliações da massa corporal, ingestão hídrica e alimentar. Também verificou-se a glicemia 1 e 8h após a aplicação de insulina (3º e 13º dia); a insulinemia, sensibilidade à insulina e tolerância à glicose (4º e 14º dia). Para morfologia, amostras de tegumento foram coletadas, seccionadas (4µm) e coradas com hematoxilina e eosina (HE), picro sírius e hematoxilina de Verhoeff analisando, respectivamente, a histopatologia, o tecido conjuntivo e as fibras elásticas; bem como a detecção imunoistoquímica do COX-2 e 8-OHdG. Com o HE, também avaliou-se a morfometria da espessura das seguintes camadas do tegumento: Total, da Epiderme, da Camada Muscular e do Infiltrado Inflamatório. Os resultados revelaram menor massa corporal (p=0,002), porém sem alteração da ingestão alimentar, e alterações morfológicas em todas as camadas do tegumento, sobretudo na muscular, dos animais lesionados em relação aos controles. Os grupos LTE e LTE+I ainda exibiram maior espessura total, menor espessura da epiderme (4º e 14º - p=0,001), menor espessura da camada muscular (14º - p=0,001), maior inflamação (COX-2, 4º e 14º - p=0,001) e estresse oxidativo (8-OHdG, 4º e 14º - p=0,001) bem como no arranjo colágeno-elástico, predominância de colágeno I (4º - p=0,001) e menor fração de volume (Vv) de fibras elásticas em relação aos controles (4º e 14º -p=0,001). O tratamento com insulina aumentou Vv de colágeno tipo III (p=0,047) e das fibras elásticas no grupo LTE+I de 4 dias (p=0,001), assim como diminuiu a Vv de fibras elásticas em C+I e LTE+I de 14 dias (p=0,001). Além disso, em LTE+I e C+I de 4 dias, a administração de insulina provocou hipoglicemia 1h após o tratamento (p=0,001), hipoinsulinemia (p=0,013) e maior sensibilidade à insulina (p=0,026). Ao passo que aqueles tratados por 14 dias demonstraram hipoglicemia 1h (p=0,001) e hiperglicemia 8h (p=0,042) após o tratamento, intolerância à glicose (p=0,028), hiperinsulinemia (p=0,001), bem como maior sensibilidade à insulina (p=0,001). A lesão térmica causa efeitos lesivos ao tegumento e o tratamento com insulina foi capaz reverter tais danos no arranjo colágeno-elástico dos grupos tratados por 4 dias. Nos grupos que receberam insulina por 14 dias as características morfológicas permaneceram inalteradas e exibiram uma piora no metabolismo da glicose, em virtude da resistência à insulina.
A Lesão Térmica por Escaldadura (LTE) é um dos agravos mais comuns entre crianças de famílias desfavorecidas economicamente. Quando extensas, essas lesões causam efeitos sistêmicos repercutindo perdas em até 2 anos após o acidente, à exemplo dos prejuízos no processo de cicatrização. No estudo, avaliou-se o efeito do tratamento com insulina no tegumento de ratos submetidos à LTE. Foram utilizados 64 ratos Wistar machos (CEUA- UNIFESP 5591070515), pré-púberes, distribuídos em 4 grupos (n=16): controle (C); controle com insulina (C+I); LTE e LTE com insulina (LTE+I). Cada grupo ainda foi subdividido em dois (n=8, cada) com diferentes tempos de eutanásia, 4 e 14 dias. Após LTE de 45% da superfície corporal, além da dose diária de insulina (5UI/Kg/dia), foram realizadas avaliações da massa corporal, ingestão hídrica e alimentar. Também verificou-se a glicemia 1 e 8h após a aplicação de insulina (3º e 13º dia); a insulinemia, sensibilidade à insulina e tolerância à glicose (4º e 14º dia). Para morfologia, amostras de tegumento foram coletadas, seccionadas (4µm) e coradas com hematoxilina e eosina (HE), picro sírius e hematoxilina de Verhoeff analisando, respectivamente, a histopatologia, o tecido conjuntivo e as fibras elásticas; bem como a detecção imunoistoquímica do COX-2 e 8-OHdG. Com o HE, também avaliou-se a morfometria da espessura das seguintes camadas do tegumento: Total, da Epiderme, da Camada Muscular e do Infiltrado Inflamatório. Os resultados revelaram menor massa corporal (p=0,002), porém sem alteração da ingestão alimentar, e alterações morfológicas em todas as camadas do tegumento, sobretudo na muscular, dos animais lesionados em relação aos controles. Os grupos LTE e LTE+I ainda exibiram maior espessura total, menor espessura da epiderme (4º e 14º - p=0,001), menor espessura da camada muscular (14º - p=0,001), maior inflamação (COX-2, 4º e 14º - p=0,001) e estresse oxidativo (8-OHdG, 4º e 14º - p=0,001) bem como no arranjo colágeno-elástico, predominância de colágeno I (4º - p=0,001) e menor fração de volume (Vv) de fibras elásticas em relação aos controles (4º e 14º -p=0,001). O tratamento com insulina aumentou Vv de colágeno tipo III (p=0,047) e das fibras elásticas no grupo LTE+I de 4 dias (p=0,001), assim como diminuiu a Vv de fibras elásticas em C+I e LTE+I de 14 dias (p=0,001). Além disso, em LTE+I e C+I de 4 dias, a administração de insulina provocou hipoglicemia 1h após o tratamento (p=0,001), hipoinsulinemia (p=0,013) e maior sensibilidade à insulina (p=0,026). Ao passo que aqueles tratados por 14 dias demonstraram hipoglicemia 1h (p=0,001) e hiperglicemia 8h (p=0,042) após o tratamento, intolerância à glicose (p=0,028), hiperinsulinemia (p=0,001), bem como maior sensibilidade à insulina (p=0,001). A lesão térmica causa efeitos lesivos ao tegumento e o tratamento com insulina foi capaz reverter tais danos no arranjo colágeno-elástico dos grupos tratados por 4 dias. Nos grupos que receberam insulina por 14 dias as características morfológicas permaneceram inalteradas e exibiram uma piora no metabolismo da glicose, em virtude da resistência à insulina.
Descrição
Citação
BAPTISTA, Vivianne Izabelle de Araujo. Efeitos do tratamento com insulina no tegumento de ratos após lesão térmica. 2017. 127f. Dissertação (Mestrado) - Instituto de Saúde e Sociedade, Universidade Federal de São Paulo, Santos, 2017.