Alteração Da Expressão Gênica Relacionada A Sintomas Psicóticos E De Mania Em Pacientes Em Primeiro Episódio Psicótico Virgens De Tratamento
Data
2017-05-31
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Psychoses are among serious mental disorders and affect approximately 3% of the general population. In the initial stages, the non-specific syndromic clinical aspects do not allow diagnostic clarity between the tables. The broad psychopathological nuance in the First Psychotic Episode (PEP) reinforces the need to investigate biomarkers that refine early diagnosis. We investigated the difference in gene expression among patients with schizophrenic symptoms (PEP-S, N = 53), with manifest symptoms (PEP-M, N = 16) and healthy controls (N = 76). We also analyzed the variation of gene expression with the severity of psychotic symptoms, manifested symptoms, depressive symptoms, and functional performance. All participants were treatment-naive with antipsychotics. After blood collection, 12 genes related to psychotic manifestations were evaluated by quantitative PCR. The expression levels of AKT1 and DICER1 were higher in patients with manifest symptoms (PEP-M) when compared to both patients with schizophrenic symptoms (PEP-S) and controls, suggesting that the expression of these genes is more specific to the occurrence of manifest symptoms . The expression of the MBP and NDEL1 genes was higher among the patients (both PEP-S and PEP-M) than in the healthy controls indicating a relationship with the psychotic manifestation itself independent of the diagnosis. We found no correlation between the levels of gene expression and the severity of symptoms or functional performance. Our findings suggest that the expression of genes related to neurodevelopment is altered in the psychoses, and can thus serve the differential diagnosis between schizophrenia and bipolar affective disorder and consequently to a better therapeutic definition.
As psicoses estão entre os transtornos mentais graves e afetam aproximadamente 3% da população geral. Nas fases iniciais, os aspectos clínicos sindrômicos inespecíficos não permitem clareza diagnóstica entre os quadros. O amplo matiz psicopatológico no Primeiro Episódio Psicótico (PEP) reforça a necessidade de se investigar por biomarcadores que refinem o diagnóstico precoce. Investigamos a diferença de expressão gênica entre pacientes com sintomas esquizofrênicos (PEP-S, N=53), com sintomas maniformes (PEP-M, N=16) e controles saudáveis (N=76). Analisamos ainda a variação da expressão gênica com a gravidade dos sintomas psicóticos, sintomas maniformes, depressivos, e desempenho funcional. Todos os participantes eram virgens de tratamento com antipsicóticos. Após a coleta sanguínea, 12 genes relacionados a manifestações psicóticas foram avaliados por PCR quantitativa. Os níveis de expressão de AKT1 e DICER1 foram maiores em pacientes com sintomas maniformes (PEP-M) quando comparados com ambos pacientes com sintomas esquizofrênicos (PEP-S) e controles, sugerindo que a expressão desses genes seja mais especifica à ocorrência de sintomas maniformes. A expressão dos genes MBP e NDEL1 foi maior entre os pacientes (ambos PEP-S e PEP-M) do que nos controles saudáveis apontando relação com a manifestação psicótica em si independente do diagnóstico. Não verificamos correlação entre os níveis de expressão gênica e a gravidade dos sintomas ou o desempenho funcional. Nosso achados sugerem que a expressão de genes relacionados ao neurodesenvolvimento esteja alterada nas psicoses, podendo, assim, servir ao diagnóstico diferencial entre esquizofrenia e o transtorno afetivo bipolar e consequentemente a uma melhor definição terapêutica.
As psicoses estão entre os transtornos mentais graves e afetam aproximadamente 3% da população geral. Nas fases iniciais, os aspectos clínicos sindrômicos inespecíficos não permitem clareza diagnóstica entre os quadros. O amplo matiz psicopatológico no Primeiro Episódio Psicótico (PEP) reforça a necessidade de se investigar por biomarcadores que refinem o diagnóstico precoce. Investigamos a diferença de expressão gênica entre pacientes com sintomas esquizofrênicos (PEP-S, N=53), com sintomas maniformes (PEP-M, N=16) e controles saudáveis (N=76). Analisamos ainda a variação da expressão gênica com a gravidade dos sintomas psicóticos, sintomas maniformes, depressivos, e desempenho funcional. Todos os participantes eram virgens de tratamento com antipsicóticos. Após a coleta sanguínea, 12 genes relacionados a manifestações psicóticas foram avaliados por PCR quantitativa. Os níveis de expressão de AKT1 e DICER1 foram maiores em pacientes com sintomas maniformes (PEP-M) quando comparados com ambos pacientes com sintomas esquizofrênicos (PEP-S) e controles, sugerindo que a expressão desses genes seja mais especifica à ocorrência de sintomas maniformes. A expressão dos genes MBP e NDEL1 foi maior entre os pacientes (ambos PEP-S e PEP-M) do que nos controles saudáveis apontando relação com a manifestação psicótica em si independente do diagnóstico. Não verificamos correlação entre os níveis de expressão gênica e a gravidade dos sintomas ou o desempenho funcional. Nosso achados sugerem que a expressão de genes relacionados ao neurodesenvolvimento esteja alterada nas psicoses, podendo, assim, servir ao diagnóstico diferencial entre esquizofrenia e o transtorno afetivo bipolar e consequentemente a uma melhor definição terapêutica.