Síndrome hipertensiva induzida pela gravidez : risco futuro de desenvolver doenças renal crônica e cardiovascular

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Data
2017-09-29
Autores
Facca, Thais Alquezar [UNIFESP]
Orientadores
Sass, Nelson [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Objectives: Long-term postpartum assessment of the clinical, anthropometric, epidemiological, laboratory profile, risk stratification of CKD and CVD, angiogenic factors and podocyturia in women with a history of pregnancy-induced hypertensive syndrome, comparing them with women who had normal gestation. Methods: This is a retrospective cohort study. The clinical, anthropometric and epidemiological profile were investigated, laboratory tests were performed for metabolic and renal evaluation, risk stratification of CKD/CVD, podocyturia and serum angiogenic factors. Statistical analysis was performed using Pearson's Chi-square test, Fisher's exact test, or its extension, Student's t-test, Mann-Whitney test, Pearson's linear correlation coefficient, 1-factor ANOVA and Kruskall-Wallis test, with significance level α equal to 5%. Results: Total of 85 women divided into case (n=25) and control group (n=60). The case group presented a higher incidence of chronic arterial hypertension (p=0.003), a shorter time between its diagnosis and the end of gestation (p<0.001) and also a lower age of diagnosis (p=0.033); higher weight (p<0.001), body mass index (p<0.001), waist to height ratio (p=0.001), brachial (p=0.001), abdominal (p<0.001) and hip circumferences (p<0.001); higher fat percentage (p=0.004) and metabolic rate (p<0.001) and lower weight percent (p=0.003); lower estimated glomerular filtration rate by CKD EPI (p=0.021) and MDRD (p=0.003), greater difference between actual age and estimated vascular age according to Framingham RS (2008) (p=0.008) and higher frequency of metabolic syndrome (p<0.001). No significant difference was found between the groups in podocyturia and serum angiogenic factors. Conclusion: Women who had pregnancy-induced hypertension syndrome were more obese, mainly by central obesity, higher incidence of metabolic syndrome and chronic arterial hypertension after pregnancy, with earlier onset after delivery. These findings reinforce the importance of investigating the history of hypertensive syndrome in pregnancy at postpartum follow-up.
Objetivos: Avaliação em longo prazo pós-parto do perfil clínico, antropométrico, epidemiológico, laboratorial, estratificação de risco de DRC e DCV, fatores angiogênicos e podocitúria em mulheres com antecedente de síndrome hipertensiva induzida pela gravidez comparandoas com mulheres que tiveram gestação normal. Métodos: Trata-se de estudo de coorte retrospectivo. Foi investigado o perfil clínico, antropométrico e epidemiológico, foram dosados exames laboratoriais para avaliação metabólica e renal, estratificação de risco de DRC/DCV, podocitúria e fatores angiogênicos séricos. Na análise estatística foram utilizados os testes de Qui-quadrado de Pearson, exato de Fisher ou sua extensão, t-Student, Mann-Whitney, coeficiente de correlação linear de Pearson, ANOVA com 1 fator fixo e Kruskall-Wallis, com nível de significância α igual a 5%. Resultados: Total de 85 mulheres divididas em grupo caso (n=25) e grupo controle (n=60). O grupo caso apresentou: maior incidência de HAC (p=0,003), menor tempo entre o seu diagnóstico e o término da gestação (p<0,001) e também menor idade de diagnóstico de HAC (p=0,033); maior peso (p<0,001), IMC (p<0,001), RCA (p=0,001), circunferências braquial (p=0,001), abdominal (p<0,001) e do quadril (p<0,001); maior porcentagem de gordura (p=0,004) e taxa metabólica (p<0,001) e menor porcentagem de água do peso (p=0,003); menor TFGe por CKD EPI (p=0,021) e MDRD (p=0,003), maior diferença entre idade vascular estimada e idade real (p=0,008) segundo Framingham RS (2008) e maior frequência de síndrome metabólica (p<0,001). Quanto à avaliação de podocitúria e fatores angiogênicos séricos, não foi encontrada diferença significativa entre os grupos. Conclusão: Mulheres que tiveram síndrome hipertensiva induzida pela gravidez mostraram-se mais obesas, principalmente por obesidade central, com maior incidência de síndrome metabólica e HAC após a gravidez, e com instalação mais precoce após o parto. Estes achados reforçam a importância da investigação do histórico de síndrome hipertensiva na gestação no seguimento a após o parto.
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