Os Brasileiros Preferem O Parto Cesário? Uma Revisão Sisitemática E Metanálise De Estudos Observacionais

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Data
2017-01-31
Autores
Carvalho, Marilia Reiter [UNIFESP]
Orientadores
Torloni, Maria Regina [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Objective: This systematic review aimed to identify, appraise and synthesize the results of studies on the birth preferences of Brazilians. Methods: We conducted searches in three electronic databases (MEDLINE, LILACS and PsycINFO) for studies published from inception up to May 2016. We included cross-sectional or cohort studies conducted in Brazil with quantitative data on birth preferences. Two independent reviewers performed study selection, data extraction and quality assessment. We performed a meta-analysis of proportions for the overall preference for cesarean section and subgroup and sensitivity analyses. Results: A total of 26 studies involving over 30,000 participants were included. All participants were women and most (n = 28,779) were interviewed in the post-partum period. The overall prevalence of preference for cesarean section was 27.1% (95% CI 26.6% – 27.6%). The preference for cesarean was lower among nulliparous women (18.5%, 95% CI 17.8% – 19.1%, 14 studies, 13,108 participants) than among women with at least one previous delivery, designated as ‘muliparas’ in this study (34.9%, 95% CI 34.1% – 35.7%, 12 studies, 13,793 participants). Preference for cesarean was higher among women with a previous cesarean (58.0%, 95% CI 56.6% – 59.3%, 9 studies, 5,542 participants) than in multiparas without a previous cesarean (17.3%, 95% CI 16.4% – 18.2%, 8 studies, 7,903 participants). The preference for cesarean was also higher among women with private health insurance (44.3%, 95% CI 43.0% – 45.6%, 9 studies, 6,048 participants) than in women with public health coverage (22.6%, 95% CI 22.1% – 23.1%, 18 studies, 24,056 participants). Conclusions: According to national studies conducted over the last 20 years, in general, most Brazilian women do not prefer to deliver by cesarean section.
Objetivo: Esta revisão sistemática da literatura buscou identificar, avaliar e sintetizar os resultados dos estudos publicados sobre a preferência de via de parto dos brasileiros. Métodos: Fizemos buscas em três bases de dados eletrônicas (MEDLINE, LILACS e PsycINFO) por estudos publicados até maio de 2016, sem restrição de idiomas. Foram incluídos estudos transversais ou coortes, conduzidos no Brasil, que tivessem dados quantitativos sobre preferência de via de parto. Dois revisores realizaram, de forma independente, a seleção dos estudos, a extração de dados e a avaliação de qualidade metodológica. Realizamos metanálise geral da proporção dos participantes que declararam preferir a cesariana e análises de sensibilidade e por subgrupos. Resultados: Um total de 26 estudos transversais envolvendo mais de 30.000 participantes foram incluídos. Todos os participantes eram mulheres e a maioria (n = 28.779) foi entrevistada no pós-parto. A prevalência geral de preferência por cesariana foi de 27,1% (IC 95% = 26,6% a 27,6%, 26 estudos, 30.813 participantes). A preferência por cesariana foi menor entre as nulíparas (18,5%, IC 95% = 17,8% a 19,1%, 14 estudos, 13.108 participantes) do que entre as mulheres com pelo menos um parto anterior, denominadas ‘multíparas’ nesta revisão (34,9%, IC 95% = 34,1% a 35,7%, 12 estudos, 13.793 participantes). A preferência por cesariana foi maior entre as mulheres com parto cesáreo prévio (58,0%, IC 95% = 56,6% a 59,3%, 9 estudos, 5.542 participantes) em comparação com as multíparas sem cesariana prévia (17,3%, IC 95% = 16,4% a 18,2%, 8 estudos, 7.903 participantes). A preferência por cesariana também foi maior entre as mulheres da rede privada (44,3%, IC 95% = 43,0% a 45,6%, 9 estudos, 6.048 participantes) do que entre as usuárias do SUS (22,6%, IC 95% = 22,1% a 23,1%, 18 estudos, 24.056 participantes). Conclusões: Segundo os estudos nacionais conduzidos ao longo dos últimos 20 anos, de uma forma geral, a maioria das brasileiras não prefere parir por parto cesáreo.
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