Correlação entre síndrome da apneia obstrutiva e via aérea difícil na cirurgia otorrinolaringológica

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Data
2017-11-30
Autores
Pera, Marcia Hiray [UNIFESP]
Orientadores
Silva, Helga Cristina Almeida da [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Resumo
Introduction: Otorhinolaryngological surgical patients with obstructive sleep apnea syndrome (OSAS) present, besides anatomical obstacles, a tendency to collapse of the upper airways (UA). OSAS is related to a higher risk of difficult airway (DA) and also increased perioperative complications, since drugs used in sedation or general anesthesia have a depressor effect that lead to worsening UA obstruction. In order to identify these patients in the preoperative period, the STOP BANG questionnaire has been highlighted, as it is summarized and easy to apply. Objectives: To evaluate whether patients undergoing otorhinolaryngological surgery with a diagnosis of OSAS using the STOP BANG questionnaire would present a higher risk of complications, particularly the occurrence of a difficult airway. Cases and methods: 48 patients undergoing otorhinolaryngological surgery, with a previous polysomnographic study, were analyzed for demographic characteristics, anamnesis, physical examination, and anatomical parameters measurements for difficult airways, in addition to the preoperative examinations. Then, the STOP BANG questionnaire was administered to the patient. Results: The present sample detected a difficult airway in about one fifth of otorhinolaryngological patients, all of them with OSAS, confirmed by polysomnography. This group had older age, cervical circumference greater than 40 cm, ASA II, Cormack III and IV. On the other hand, patients with OSAS presented higher body mass index, cervical circumference and observed apnea frequency. In the subgroup analysis, the group with severe OSAS showed a significantly higher score at Stop Bang when compared with patients without OSAS or with mild / moderate OSAS. CONCLUSIONS: The STOP BANG questionnaire was not able to predict DA and mild to moderate OSAS, but it predicted severe OSAS. All patients undergoing otorhinolaryngologic surgery with DA had OSAS confirmed by polysomnography, although OSAS did not implicate DA .The variables Cormack III, IV and BMI greater than 35 kg.m.2 were able to predict DA and OSAS respectively.
Introdução: Os pacientes cirúrgicos otorrinolaringológicos, portadores da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) apresentam além de obstáculos anatômicos, tendência ao colapso das vias aéreas superiores (VAS). SAOS está relacionado a maior risco de via aérea difícil (VAD) e também aumento de complicações perioperatórias, pois os fármacos usados em sedação ou anestesia geral tem efeito depressor que levam ao agravamento da obstrução da VAS. A fim de se identificar esses pacientes no período pré-operatório, tem se destacado o questionário STOP BANG, por ser resumido e de fácil aplicação. Objetivos: Avaliar se pacientes submetidos à cirurgia otorrinolaringológica com diagnóstico de SAOS pelo questionário STOP BANG apresentariam maior risco de complicações, particularmente ocorrência de via aérea difícil. Casuística e métodos: 48 pacientes submetidos à cirurgia otorrinolaringológica, com estudo polissonográfico prévio, foram analisados quanto a características demográficas, anamnese, exame físico e medidas de parâmetros anatômicos para via aérea difícil, além da checagem dos exames pré-operatórios. A seguir o questionário STOP BANG era administrado ao paciente. Resultados: A presente amostra detectou via aérea difícil em cerca de um quinto dos pacientes otorrinolaringológicos, sendo todos eles portadores de SAOS, confirmados por polissonografia. Esse grupo apresentava maior idade, circunferência cervical maior que 40 cm, ASA II e Cormack III e IV. Já os pacientes com SAOS apresentaram maior índice de massa corpórea, circunferência cervical e frequência de apneia observada. Na análise de subgrupos, o grupo com SAOS acentuada mostrou significantemente maior pontuação no Stop Bang quando comparados com pacientes sem SAOS ou com SAOS leve/moderada. Conclusões: O questionário STOP BANG não foi capaz de predizer VAD e nem SAOS leve e moderada, mas predisse SAOS acentuada. Todos pacientes submetidos à cirurgia otorrinolaringológica com VAD tinham SAOS confirmada por polissonografia, apesar de SAOS não implicar em VAD. As variáveis Cormack III e IV e IMC maior que 35 Kg.m ̅2, foram capazes de predizer VAD e SAOS respectivamente.
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