As relações de poder entre os africanos e portugueses em Angola (1750-1850)
Date
2018-12-04Author
Alves, Newton Rodrigues [UNIFESP]
Advisor
Schleumer, Fabiana [UNIFESP]Type
Trabalho de conclusão de curso de graduaçãoMetadata
Show full item recordAlternative Title
The power relations between the africans and portuguese in Angola (1750-1850)Abstract
"A difusão da língua portuguesa, escrita e falada em Angola, tinha por objetivo facilitar a comunicação entre os governadores portugueses e os povos africanos, um instrumento para o desenvolvimento da província. O aprendizado e a divulgação da língua concorreriam para que a Metrópole pudesse sujeitar os africanos ao seu controle legal e administrativo. A Igreja, através do seu Padroado, alinhada aos interesses do Império foi a responsável pelo ensino e divulgação da língua, condição para a conversão e batismo dos africanos, que se tornavam súditos da Coroa Portuguesa. Quanto aos líderes angolanos, os Dembos, após a conversão e o batismo, eram também avassalados e alçados à condição de “Nobres Portugueses” jurando lealdade à Coroa, porém, aceitando toda sujeição às Leis Régias do Império. Nosso trabalho descreve as relações de poder entre os Governantes Portugueses e essa Elite Africana em Angola, no período pré-colonial, entre 1750 e 1850. Período que coincide com as grandes transformações na Europa com o Movimento Iluminista. Em Portugal, no ano de 1755, ocorre o terremoto de Lisboa, cujo evento obriga a Coroa a somar esforços para a reconstrução de sua Capital Imperial. Esses eventos somados foram determinantes para que o Marquês de Pombal reajustasse toda a estrutura mercantil do Império Português, incluindo Angola. Para compreender sobre os desdobramentos ocorridos entre os portugueses “dominadores” e os africanos “dominados”, que foram protagonistas de uma relação cultural permutada, uma sinergia que resultou no desenvolvimento social e cultural em toda Angola, nosso trabalho entrevê muito mais que mera assimilação da língua pelos africanos. Há indícios de um empoderamento. Percebe-se um mecanismo de resistência passiva daqueles povos. Esse processo destaca Angola entre as outras províncias Africanas, desde os períodos pré-colonial ao colonial até sua luta e conquista pela independência.
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- História [241]