Hipotermia terapêutica pós-reanimação cardiorrespiratória: evidências e aspectos práticos

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Data
2009-03-01
Autores
Feitosa-Filho, Gilson Soares
Sena, Joberto Pinheiro
Guimarães, Hélio Penna [UNIFESP]
Lopes, Renato Delascio [UNIFESP]
Orientadores
Tipo
Artigo
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Resumo
Cardiac arrest survivors frequently suffer from ischemic brain injury associated with poor neurological outcome and death. Therapeutic hypothermia improves outcomes in comatose survivors after resuscitation from out-of-hospital cardiac arrest. Considering its formal recommendation as a therapy, post-return of spontaneous circulation after cardiac arrest, the objective of this study was to review the clinical aspects of therapeutic hypothermia. Non-systematic review of articles using the keywords cardiac arrest, cardiopulmonary resuscitation, cooling, hypothermia, post resuscitation syndrome in the Med-Line database was performed. References of these articles were also reviewed. Unconscious adult patients with spontaneous circulation after out-of-hospital ventricular fibrillation or pulseless ventricular tachycardia should be cooled. Moreover, for any other rhythm or in the intra-hospital scenario, such cooling may also be beneficial. There are different ways of promoting hypothermia. The cooling system should be adjusted as soon as possible to the target temperature. Mild therapeutic hypothermia should be administered under close control, using neuromuscular blocking drugs to avoid shivering. The rewarming process should be slow, and reach 36º C, usually in no less then 8 hours. When temperature increases to more than 35º C, sedation, analgesia, and paralysis could be discontinued. The expected complications of hypothermia may be pneumonia, sepsis, cardiac arrhythmias, and coagulopathy. In spite of potential complications which require rigorous control, only six patients need to be treated to save one life.
Os sobreviventes de parada cardiorrespiratória freqüentemente apresentam lesão cerebral isquêmica associada a piores desfechos neurológicos e óbito. A hipotermia terapêutica melhora os desfechos entre os sobreviventes comatosos após manobras de reanimação. Considerando sua recomendação formal para emprego terapêutico pós-recuperação da circulação espontânea na parada cardiorrespiratória, o objetivo deste estudo foi rever os principais aspectos clínicos relativos à hipotermia terapêutica. Foi feita revisão através de pesquisa não-sistemática de artigos através das palavras-chave parada cardiorrespiratória, resfriamento, hipotermia, síndrome pós-reanimação na base de dados MedLine. Adicionalmente, referências destes artigos foram igualmente avaliadas. Pacientes adultos inconscientes com circulação espontânea após parada cardiorrespiratória extra-hospitalar devem ser resfriados quando o ritmo inicial for fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular. Este resfriamento pode ser benéfico para os outros ritmos e para o ambiente intra-hospitalar. Existem várias formas diferentes de induzir a hipotermia. O sistema de resfriamento deve atingir a temperatura alvo o mais rápido possível. O reaquecimento para 36º C deve ser realizado em não menos do que 8 horas. Quando a temperatura aumenta para mais de 35º C, sedação, analgesia e paralisia podem ser descontinuadas. As complicações esperadas da hipotermia terapêutica podem incluir pneumonia, sepse, disritmias cardíacas e coagulopatias. A despeito de potenciais complicações que necessitam de cuidadosa monitoração, apenas seis pacientes precisam ser tratados com hipotermia induzida pós- parada cardiorrespiratória para salvar uma vida.
Descrição
Citação
Revista Brasileira de Terapia Intensiva. Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB, v. 21, n. 1, p. 65-71, 2009.