Além da ventriculomegalia: ressonância magnética para detecção de anomalias do corpo caloso em fetos com dilatação ventricular leve

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Data
2013-10-30
Autores
Silva, Rosana Carvalho [UNIFESP]
Orientadores
Szejnfeld, Jacob Szejnfeld [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado profissional
Título da Revista
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Resumo
Ventriculomegalia refere-se à dilatação dos ventrículos cerebrais, sem especificar uma causa. O termo ventriculomegalia é utilizado quando a medida do átrio do ventrículo lateral é igual ou maior que 10 mm no exame ultrassonográfico (corte axial do cérebro fetal ao nível do glômus do plexo coroide), sendo constante entre 15 e 40 semanas gestacionais (1,2,3). Esta medida também pode ser obtida através das imagens de Ressonância Magnética (RM) fetal de maneira semelhante, e esta se correlaciona bem com as obtidas por imagens por meio da ultrassonografia (4).A Ventriculomegalia pode ser classificada em categorias baseando-se na medida do átrio ventricular, em leve (10 - 15 mm), moderada (> 15 mm com espessura cortical adjacente >3 mm) e grave (ventriculomegalia com espessura cortical adjacente >2 mm) (4). A RM permite avaliação simultânea dos dois átrios ventriculares com a mesma resolução, permitindo com maior precisão definir dilatação simétrica ou assimétrica (4). As causas das ventriculomegalias não são simples de serem definidas. Pode ser uma alteração normal transitória e, possivelmente, frequente em dilatações limítrofes. Na dilatação borderline o átrio mede entre 10-12 mm (5). A dilatação ventricular pode estar relacionada a disgenesias cerebrais (associadas ou não a aneuploidias). A ventriculomegalia pode ocorrer por fenômeno ex-vacuo, ou seja, secundária a atrofia cerebral relacionada a processo destrutivo infeccioso ou vascular. A ventriculomegalia pode indicar hidrocefalia decorrente de anormalidade da dinâmica do líquido cefalorraquidiano (LCR), relacionada à grande variedade de etiologias do desenvolvimento ou ainda a causas adquiridas (6). As hidrocefalias estão mais associadas às ventriculomegalias moderadas e graves (átrio >15 mm), enquanto as disgenesias cerebrais são mais frequentes no grupo das ventriculomegalias leves (7). Quanto as alterações associadas às ventriculomegalias leves, merecem destaque as malformações das estruturas linha média e corpo caloso. O corpo caloso é a maior comissura cerebral, sendo uma aquisição evolutiva dos 4 mamíferos placentários, sendo o mesmo essencial para a adequada organização e integridade das estruturas encefálicas, constituindo fator decisivo para o desenvolvimento normal do SNC. Alterações em qualquer fase da embriogênese resultam em vários tipos e gravidades de malformações cerebrais(8). Os métodos de avaliação por imagem do desenvolvimento do SNC fetal estão em constante evolução, permitindo assim diagnósticos cada vez mais precoces e precisos. A ultrassonografia obstétrica sendo um excelente método de rastreamento, tendo a neurossonografia fetal e a RM fetal como métodos de imagem dedicados a avaliação de malformações do SNC fetal(9,10,11) . Em nossa pesquisa, concentramos o estudo na avaliação das alterações do corpo caloso através da RM nos fetos com ventriculomegalia leve, por sua importância, frequência e associação a outras malformações do SNC. Objetivos O objetivo geral do estudo foi: • Estudar, por meio da RM, as alterações estruturais do SNC fetal associadas às ventriculomegalias leves detectadas na ultrassonografia pré natal O objetivo específico do estudo é: • Identificar, através da RM, as alterações do corpo caloso nos fetos com ventriculomegalia leve e realizar análise descritiva dos resultados neste grupo de pacientes.
Descrição
Citação
SILVA, Rosana Carvalho. Além da ventriculomegalia: ressonância magnética para detecção de anomalias do corpo caloso em fetos com dilatação ventricular leve. 2013. 26 f. Dissertação (Mestrado Profissional) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2013.