Avaliação de anticoncepção em mulheres com epilepsia
Data
2014-12-17
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Título de Volume
Resumo
Objective: To define two different groups of neurosurgical patients with low-grade neuroepithelial brain tumors regarding the presence of medically refractory epilepsy (group A) or absence of medically refractory epilepsy (group B). To identify the characteristics and to define the differences between these groups in the clinical and surgical aspects. To measure the surgical impact in the control of medically refractory epilepsy. To describe the biological behavior of tumors in both groups. Methods: This paper retrospectively evaluate a cohort of patients who underwent resection or biopsy for low-grade gliomas and glioneuronal tumors in the Discipline of Neurosurgery at the Federal University of São Paulo between 2003 and 2013. The histologically proved tumors as grades I and II, according to the World Heath Organization (WHO) classification, were selected. The patients were stratified in two groups regarding the presence of medically refractory epilepsy (group A) or absence of medically refractory epilepsy (group B). The postoperative seizure control is evaluated in the group A with the Engel scale and the related factors are investigated. The biological tumor behavior is analyzed in both groups with measurement of the progression free survival, Kaplan-Meier curves for recurrence and, mortality rates. Results: A total of 76 patients with low grade tumors were selected and divided in group A (48 patients) and group B (28 patients) with a median follow-up of 4,2 years. Statistical analysis between groups A and B showed difference for the age at operation (23,5 vs 36,2 years), age at symptoms onset (15 vs 33,9 years) and duration of symptoms (8,4 vs 2,4 years),(p<0,001). In group A the temporomesial location was more common (63% vs 32%),(p=0,01) and in group B the extratemporal (24% vs 68%) and multilobar location (6% vs 54%),(p<0,001) were more prevalent. Regarding the histology, the group A was more affected by grade I tumors and glioneuronal histology (71% vs 0%), while group B had a higher prevalence of grade II gliomas (25% vs 86%)(p<0,001). There was a difference for the frequency of gross total resection (75% vs 7%),(p<0,001), mortality (0% vs 25%),(p<0,001) and recurrence (15% vs 39%),(p<0,003) between groups. In the group with refractory epilepsy, gross total resection and glioneuronal histology were predictive of longterm seizure control, (p=0,03). Conclusions: The patients with medically refractory epilepsy are younger, have longer period of symptoms and typically have !xvii temporomesial glioneuronal tumors, in which the gross total resection is usually possible. The patients without medically refractory epilepsy usually comprises grade II gliomas with more extratemporal and multilobar locations. The recurrences are earlier and the mortality rate is higher in this group. Gross total resection and glioneuronal histology are predictive of long-term seizure control in medically refractory epilepsy patients.
Objetivos: Caracterizar dois grupos de pacientes operados por tumores cerebrais neuro-epiteliais de baixo grau de acordo com a presença de epilepsia refratária à medicação (grupo A) ou ausência de epilepsia refratária à medicação (grupo B). Identificar as características e definir as diferenças entre estes dois grupos nos aspectos clínicos e cirúrgicos. Verificar o impacto cirúrgico no controle da epilepsia refratária à medicação. Descrever o comportamento biológico dos tumores nos dois grupos. Métodos: Este trabalho avalia retrospectivamente uma coorte de pacientes submetidos à ressecção ou biópsia para gliomas de baixo grau e tumores glioneuronais na Disciplina de Neurocirurgia da Universidade Federal de São Paulo no período entre 2003 e 2013. Apenas os tumores com comprovação histológica e graus I e II pela classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) foram selecionados. Os pacientes foram estratificados em dois grupos distintos de acordo com a ocorrência de epilepsia refratária à medicação (grupo A) ou sem epilepsia refratária à medicação (grupo B). Analisa-se o controle pós-operatório de crises epilépticas pela escala de Engel no grupo A e os fatores relacionados são investigados. Avalia-se o comportamento biológico das neoplasias nos dois grupos com a análise da sobrevida livre de progressão de doença, curvas de Kaplan-Meier para recorrências e taxas de mortalidade. Resultados: Foram selecionados um total de 76 pacientes com tumores de baixo grau divididos em grupo A (48 pacientes) e grupo B (28 pacientes) em segmento médio de 4,2 anos. Análise estatística entre o grupo A e B mostrou diferença entra a idade na cirurgia (23,5 vs 36,2 anos), início dos sintomas (15 vs 33,9 anos) e tempo de sintomas (8,4 vs 2,4 anos), (p<0,001). No grupo A foi mais comum a localização temporal mesial (63% vs 32%), (p=0,01) e no grupo B foi mais prevalente a localização extratemporal (24% vs 68%) e multilobar (6% vs 54%), (p<0,001). Em relação a histologia, o grupo A apresentou mais tumores grau I e glioneuronais (71% vs 0%) comparativamente ao grupo B, no qual a prevalência de gliomas grau II foi maior (25% vs 86%), (p<0,001). Houve diferença na frequencia de ressecção completa (75% vs 7%), (p<0,001), mortalidade (0% vs 25%), (p<0,001) e recorrência (15% vs 39%), (p<0,003) entre os grupos. No grupo com epilepsia refratária a ressecção total da lesão e a histologia glioneuronal associaram-se à ausência de crises pós-operatórias, (p=0,03). Conclusões: Os !xv pacientes com epilepsia refratária à medicação são mais jovens, apresentam um maior tempo de sintomas e tipicamente são acometidos por tumores glioneuronais temporais mesiais, nos quais a ressecção total é frequentemente possível. Os pacientes sem epilepsia refratária à medicação usualmente são acometidos por gliomas grau II com maior envolvimento extratemporal e multilobar. As recorrências são mais precoces e a taxa de mortalidade mais frequente neste grupo. A ressecção total da lesão e a histologia glioneuronal são preditivos do controle da epilepsia em longo prazo dos pacientes com epilepsia refratária à medicação.
Objetivos: Caracterizar dois grupos de pacientes operados por tumores cerebrais neuro-epiteliais de baixo grau de acordo com a presença de epilepsia refratária à medicação (grupo A) ou ausência de epilepsia refratária à medicação (grupo B). Identificar as características e definir as diferenças entre estes dois grupos nos aspectos clínicos e cirúrgicos. Verificar o impacto cirúrgico no controle da epilepsia refratária à medicação. Descrever o comportamento biológico dos tumores nos dois grupos. Métodos: Este trabalho avalia retrospectivamente uma coorte de pacientes submetidos à ressecção ou biópsia para gliomas de baixo grau e tumores glioneuronais na Disciplina de Neurocirurgia da Universidade Federal de São Paulo no período entre 2003 e 2013. Apenas os tumores com comprovação histológica e graus I e II pela classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) foram selecionados. Os pacientes foram estratificados em dois grupos distintos de acordo com a ocorrência de epilepsia refratária à medicação (grupo A) ou sem epilepsia refratária à medicação (grupo B). Analisa-se o controle pós-operatório de crises epilépticas pela escala de Engel no grupo A e os fatores relacionados são investigados. Avalia-se o comportamento biológico das neoplasias nos dois grupos com a análise da sobrevida livre de progressão de doença, curvas de Kaplan-Meier para recorrências e taxas de mortalidade. Resultados: Foram selecionados um total de 76 pacientes com tumores de baixo grau divididos em grupo A (48 pacientes) e grupo B (28 pacientes) em segmento médio de 4,2 anos. Análise estatística entre o grupo A e B mostrou diferença entra a idade na cirurgia (23,5 vs 36,2 anos), início dos sintomas (15 vs 33,9 anos) e tempo de sintomas (8,4 vs 2,4 anos), (p<0,001). No grupo A foi mais comum a localização temporal mesial (63% vs 32%), (p=0,01) e no grupo B foi mais prevalente a localização extratemporal (24% vs 68%) e multilobar (6% vs 54%), (p<0,001). Em relação a histologia, o grupo A apresentou mais tumores grau I e glioneuronais (71% vs 0%) comparativamente ao grupo B, no qual a prevalência de gliomas grau II foi maior (25% vs 86%), (p<0,001). Houve diferença na frequencia de ressecção completa (75% vs 7%), (p<0,001), mortalidade (0% vs 25%), (p<0,001) e recorrência (15% vs 39%), (p<0,003) entre os grupos. No grupo com epilepsia refratária a ressecção total da lesão e a histologia glioneuronal associaram-se à ausência de crises pós-operatórias, (p=0,03). Conclusões: Os !xv pacientes com epilepsia refratária à medicação são mais jovens, apresentam um maior tempo de sintomas e tipicamente são acometidos por tumores glioneuronais temporais mesiais, nos quais a ressecção total é frequentemente possível. Os pacientes sem epilepsia refratária à medicação usualmente são acometidos por gliomas grau II com maior envolvimento extratemporal e multilobar. As recorrências são mais precoces e a taxa de mortalidade mais frequente neste grupo. A ressecção total da lesão e a histologia glioneuronal são preditivos do controle da epilepsia em longo prazo dos pacientes com epilepsia refratária à medicação.
Descrição
Citação
HATTY, Juliana Halley. Avaliação de anticoncepção em mulheres com epilepsia. 2014. 50f. Dissertação (Mestrado Profissional) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2014.