Avaliação da qualidade de vida segundo questionário sf 36 e do perfil laboratorial na síndrome de turner em pacientes brasileiras

Date
2016-01-03Author
Fernandez, Maria Bernarda Estevez [UNIFESP]
Advisor
Verreschi, Ieda Therezinha do Nascimento [UNIFESP]Type
Dissertação de mestradoMetadata
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As complicações na Síndrome de Turner são extensas e podem gerar problemas de autoestima e qualidade de vida (QV). A QV associa bem estar e a capacidade de viver plenamente, e dentre os instrumentos para medi-la, escolhemos o questionário SF36, que é validado no Brasil. A QV da população brasileira influencia-se pela sua localização na América do Sul, e pelas suas amplas diversidades geográfica e de miscigenação, diferindo de outros países. Objetivos: Medir a QV de mulheres com ST (PST) e determinar se há interferência de alterações clínicas ou laboratoriais na QV. Comparar a QV das PST com mulheres Referência (MR) da mesma faixa etária. MÉTODOS: De dezembro de 2013 a dezembro de 2014 foram recrutadas 90 participantes, sendo 48 PST e 42 MR com idade ? 18 anos. As participantes preencheram o questionário SF36 de QV, pesquisou-se escolaridade, atividade laboral e religiosidade e uso de medicações, e colheram amostras de sangue para dosagens séricas de LH, FSH, estradiol (E2), progesterona (P4), SHBG, SDHEA (por ECLIA) e testosterona (por LC MS/MS). Resultados: Não houve diferença significativa entre idade ou escolaridade das PST e MR. As ocupações mais comuns foram trabalhadoras de saúde, administração e educação nas PST, e trabalhadoras de saúde e caixa (excluindo bancos) nas MR. A maioria das mulheres declarou ser católica ou evangélica, tanto casos como Referências. Trinta e nove PST faziam uso de terapia de reposição hormonal. As participantes não diferiram em nenhum dos parâmetros de QV, como Estado Geral de Saúde, Saúde Mental, Vitalidade, Capacidade Funcional, Aspectos físicos, Aspectos Emocionais, Aspectos Sociais ou Dor. A média de E2 foi significativamente maior nas MR, e a de FSH nas PST. As concentrações de P4 e LH foram semelhantes. Observamos nas PST associação de E2 com Vitalidade e de LH com Aspectos Físicos. Nas MR não observamos associação nenhuma entre hormônios dosados e QV. Houve correlação entre SDHEA e idade, tanto para as PST como MR. Conclusão: As PST apresentam QV semelhante à das MR, em níveis satisfatórios. O estradiol se associa positivamente a alguns itens da QV na mulher Turner, o que ressalta a importância da aderência à reposição hormonal.