Prevalência da Síndrome de Burnout em enfermeiros da clínica médico-cirúrgica de um hospital de excelência

Abstract

A Síndrome de Burnout é considerada um estresse laboral de caráter duradouro vinculado à atividade de trabalho e embora a síndrome seja detectada em profissionais de áreas diversas, a prevalência desta condição é particularmente alta em profissionais da área da saúde, entre eles o enfermeiro que tem sido alvo de diversos estudos, já que vivencia situações de estresse laboral constante, atuando em contato direto com pacientes com expectativas e graus de sofrimento diversos. Objetivo: Identificar a prevalência, propensão e perfil sócio demográfico da síndrome de burnout, nos enfermeiros, além de fatores correlacionados a síndrome e suas dimensões: exaustão emocional, despersonalização e baixa realização profissional. Método: Foram analisados 188 enfermeiros de clínica médico cirurgia no período de agosto a outubro de 2012, utilizamos o questionário desenvolvido por Cristina Maslach em 1981, Maslach Burnout Invetory (MBI), questionário de perfil sócio demográfico criado para os devidos fins aplicados aos enfermeiros após assinarem o termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: A prevalência da Síndrome de Burnout foi alta (10,1%) assim como a propensão (55,4%) à síndrome. Fatores como: trabalhar no período noturno, problemas de saúde associados ao trabalho e queixas emocionais apresentaram associação tanto na prevalência e propensão, podendo ser agravantes no desencadeamento da síndrome. Conclusão: Alta prevalência e propensão da Síndrome de Burnout prejudica x a saúde do trabalho e infere na qualidade da assistência prestada ao cliente gerando danos permanentes a instituição. Exaustão emocional e despersonalização estão diretamente relacionadas às queixas emocionais e a problemas de saúde associados ao trabalho, já a baixa realização profissional esta relacionada ao sexo feminino, sem filhos que apresentam queixas emocionais, no período noturno.

Introduction: The Burnout Syndrome is considered a work stress permanent linked to the work activity and although the syndrome is detected in several areas of professionals, the prevalence of this condition is particularly high in health care professionals, including the nurse who has been aim of several studies since experiencing situations of constant work stress, whereas working in direct contact with patients with expectations and various degrees of suffering. Objective: To identify the prevalence, demographic profile and propensity partner of burnout syndrome in nurses, and correlated factors syndrome and its dimensions: emotional exhaustion, depersonalization and low professional fulfillment. Method: 188 nurses in medical clinic were evaluated between August to October 2012, we used the questionnaire developed by Christina Maslach in 1981, Maslach Burnout invetory (MBI), socio demographic profile questionnaire created for appropriate action applied to nurses after signing the consent form. Results: The prevalence of burnout syndrome was high (10.1%) as well as the propensity (55.4%) to the syndrome. Factors such as work at night, health problems associated with work and emotional complaints are associated with both and can be aggravating in triggering the syndrome. Conclusion: High prevalence and propensity of Burnout Syndrome damages the health of work and infers the quality of care provided to the client and cause the permanent damage to the institution. Emotional exhaustion and depersonalization are directly related to emotional complaints and health problems associated with work, low job satisfaction is related to women without children who have emotional complaints, relating to night work.