Óbitos neonatais por síndrome de aspiração de mecônio no estado de São Paulo: série histórica 2001-2011

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Data
2014-12-11
Autores
Castro, Josiane Quintiliano Xavier de [UNIFESP]
Orientadores
Almeida, Maria Fernanda Branco de Almeida [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Introdução: A síndrome da aspiração de mecônio é uma doença do recém-nascido a termo e pós-termo associada à cadeia de eventos relacionados à asfixia perinatal. É rara em países desenvolvidos, entretanto dados sobre sua contribuição para a mortalidade neonatal são escassos em nosso meio. Objetivo: Avaliar a frequência dos óbitos neonatais associados à síndrome da aspiração de mecônio no Estado de São Paulo, conforme as regiões e ano de ocorrência em uma década. Método: Estudo populacional dos nascidos vivos sem malformações congênitas que morreram até 27 dias com aspiração neonatal de mecônio (P24.0 da OMS-CID 10.0) descrita em qualquer linha da declaração de óbito, entre 1/01/2001 e 31/12/2011, na Capital, Região Metropolitana (excluída a Capital) e Interior. Foi realizado o pareamento de cada declaração de óbito com a respectiva declaração de nascido vivo de todos os óbitos, até 365 dias de vida que ocorreram anualmente no Estado de São Paulo, utilizando-se o sistema de vinculação determinística. Analisou-se a frequência dos óbitos associados à síndrome da aspiração de mecônio dentre os nascidos vivos e dentre os óbitos neonatais em cada região, anualmente, por qui-quadrado de tendência. Resultados: O estudo compreendeu 1.585 óbitos neonatais associados à síndrome da aspiração de mecônio com registro de 231 óbitos em 2001 até 85 óbitos no ano de 2011 no ESP; mantendo-se em cerca de 30 ao ano na Capital, decrescendo de 57 para 13 mortes na Região Metropolitana e de 145 para 45 no Interior. No Estado de São Paulo, a taxa de óbitos neonatais associados à síndrome da aspiração de mecônio a cada mil nascidos vivos decresceu de 0,36 em 2001 para 0,14 em 2011 (p<0,001), aproximando-se na Capital a 0,15 desde 2004, com redução na Região Metropolitana de 0,39 até 0,09 (p<0,001) e no Interior de 0,47 para 0,15 (p=0). Quanto à contribuição da síndrome da aspiração de mecônio para os óbitos neonatais, foi 3,3% em 2001 com redução para 1,8% em 2011 no ESP (p=0), mantendo-se na Capital (1,5% em 2001 até 2,0% em 2011), com diminuição na Região Metropolitana de 3,3% para 1,3% (p=0,017) e no Interior de 4,3% para 1,8% (p=0). Conclusão: Ao longo da década de 2000, houve queda expressiva das taxas de síndrome da aspiração de mecônio como contribuinte para a mortalidade neonatal no Estado de São Paulo devido ao decréscimo acentuado na Região Metropolitana e no Interior. Ressalta-se que, somente em 2011, tais taxas aproximaram-se às da Capital,estável desde 2004.
Descrição
Citação
CASTRO, Josiane Quintiliano Xavier de. Óbitos neonatais por síndrome de aspiração de mecônio no estado de São Paulo: série histórica 2001-2011. 2014. 62 f. Dissertação (Mestrado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2014.