Predição da pré-eclâmpsia pela dopplervelocimetria das artérias uterinas e pelos biomarcadores papp-a e plgf, entre 11 e 14 semanas de gestação

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Data
2015-11-27
Autores
Lobo, Guilherme Antonio Rago [UNIFESP]
Orientadores
Pares, David Baptista da Silva Pares [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
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Resumo
Objectives: 1) To examine predictive value of uterine artery doppler, PAPP-A and PLGF, between 11-14 weeks gestation, in the prediction of preeclampsia (PE). 2) To validate first trimester FMF algorithm which combines maternal characteristics, mean arterial pressure (MAP), uterine artery doppler and biochemical markers in a Brazilian population. Method: Prospective observational study. 701 patients were recruited by the time of 11-14 weeks anomaly scan. 617 pregnant women comprised final sample (84 were excluded). In all of them demographic characteristics were recorded, MAP and mean pulsatility index (PI) obtained and PAPP-A and PLGF measured. Biophysical and biochemical markers were converted into MoM. All data was inserted on FMF software in order to calculate PE risk for each participant. Groups were formed on the basis of gestational age at delivery. Group 1 (n=7); delivery before 34 weeks. Group 2 (n=18); delivery before 37 weeks (includes group 1 patients plus delivery between 34-37 weeks). Group 3 (n=34); delivery before 42 weeks (includes group 2 patients plus delivery after 37 weeks). Control group (no PE / no GH) was composed by 517 women. Results: Mean PI MoM, PAPP-A MoM and PLGF MoM isolated performed equally in group 1 achieving a detection rate (DR) of 28,6%, for a 10% false positive rate (FPR). Markers performance in group 2 was 22,2%, 16,7% and 38,9%, respectively (10% FPR). Markers performance in group 3 was 20,6%, 11,8% and 26,5%, respectively (10% FPR). Combination markers that yelded highest area under the curve (AUC) for group 1 was mean PI MoM + PAPP-A MoM (AUC = 0,757) with a DR of 42,9% for 10% FPR. The combination of mean PI MoM + PAPP-A MoM + PLGF MoM had the best performance in group 2 and 3 (AUC = 0,711 and 0,682, respectively) with a DR of 38,9% and 35,3%, respectively, for 10% FPR. Detection rate achieved by FMF algorithm was 85,7%, 66,7% and 52,9% for groups 1,2 and 3, respectively, for a 10% FPR. Conclusion: First trimester mean PI, PAPP-A and PLGF performs poorly both isolated or in combination in the prediction of PE. FMF algorithm performance is quite good, particularly for the early onset subtype, comparable to the one obtained in the reference population.
Objetivos: 1) Verificar o valor preditivo da dopplervelocimetria das artérias uterinas e dos biomarcadores PAPP-A e PlGF, entre 11 e 14 semanas, para o subsequente desenvolvimento de pré-eclâmpsia (PE). 2) Testar o algoritmo de predição de PE no primeiro trimestre, da Fetal Medicine Foundation (FMF), que integra características clínicas maternas, pressão arterial média (PAM), doppler das artérias uterinas e marcadores séricos, em população brasileira. Método: Estudo prospectivo observacional. Foram recrutadas 701 pacientes por ocasião da ultrassonografia morfológica fetal, realizada entre 11 e 14 semanas, das quais 84 foram excluídas, resultando em amostra final formada por 617 gestantes. Em todas elas foram apurados os dados clínicos e antropométricos, a PAM, o índice de pulsatilidade médio (IP médio) das artérias uterinas e a concentração dos biomarcadores PAPP-A e PlGF. As variáveis biofísicas e bioquímicas foram inseridas no programa da FMF e convertidas em múltiplos da mediana. Foram calculados os riscos para PE para cada participante. Grupos da doença foram formados de acordo com a idade gestacional em que se deu parto. Grupo 1(n=7); parto antes de 34 semanas. Grupo 2 (n=18); parto antes de 37 semanas (inclui as gestantes do grupo 1 somadas aquelas com parto entre 34 e 37 semanas). Grupo 3 (n=34); parto antes de 42 semanas (inclui as gestantes do grupo 2 somadas aquelas com parto com 37 ou mais semanas). Grupo controle (sem distúrbio hipertensivo), formado por 517 gestantes. Resultados: O IP médio MoM, a PAPP-A MoM e o PlGF MoM tiveram o mesmo desempenho - 28,6%, na identificação das pacientes do grupo 1, para falso positivo (FP) de 10%. O desempenho dos marcadores no grupo 2 correspondeu a 22,2%, 16,7% e 38,9%, respectivamente (FP 10%). A sensibilidade obtida no grupo 3 correspondeu a 20,6%, 11,8% e 26,5%, respectivamente (FP 10%). A melhor combinação de marcadores para identificação das pacientes do grupo 1, é dada por IP médio MoM e PAPP-A MoM (AUC = 0,757), com sensibilidade de 42,9% (FP 10%). Para os grupos 2 e 3, a melhor combinação é representada por IP médio MoM, PAPP-A MoM e PlGF MoM (AUC = 0,711 e 0,682, respectivamente), com sensibilidade de 38,9% e 35,3%, respectivamente (FP 10%). Por meio do algoritmo da FMF, identificou-se 85,7%, 66,7% e 52,9% das pacientes dos grupos 1, 2 e 3, respectivamente (FP 10%). Conclusões: O IP médio e os marcadores bioquímicos PAPP-A e PlGF (isolados ou combinados), entre 11 e 14 semanas, têm desempenho modesto quanto à predição de PE. O desempenho preditivo alcançado ao utilizar o programa da FMF é expressivo, sobretudo para as formas precoces da doença, comparável ao relatado na população original.
Descrição
Citação
LOBO, Guilherme Antonio Rago. Predição da pré-eclâmpsia pela dopplervelocimetria das artérias uterinas e pelos biomarcadores papp-a e plgf, entre 11 e 14 semanas de gestação. 2015. 173 f. Tese (Doutorado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2015.