Distribuição dos genótipos, caracterização de mutações que conferem resistência às drogas inibidoras de protease e os fatores de risco de transmissão do hcv em doadores de sangue de São Paulo

Date
2015-05-02Author
Oshiro, Anna Shoko Nishiya [UNIFESP]
Advisor
Sabino, Ester Cerdeira Sabino [UNIFESP]Type
Tese de doutoradoMetadata
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Hcv genotypes, characterization of mutations conferring drug resistance to protease inhibitors, and risk factors among blood donors in São Paulo, BrazilAbstract
Nishiya, AS. HCV Genotypes, Characterization of Mutations Conferring Drug Resistance to Protease Inhibitors, and Risk Factors among Blood Donors in São Paulo, Brazil. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Medicina. Background: Infection with Hepatitis C Virus (HCV) is a major cause of chronic hepatitis, affects 150 million people worldwide and is the cause of 350,000 deaths per year due cirrhosis or hepatocellular carcinoma. The aim of this study is to analyze the subtypes and existence of variants resistant to protease inhibitors and their association with potential HCV risk factors among blood donors in Brazil. Methods: Repeat anti-HCV reactive blood donors are systematically asked to return for retest, notification, and counseling in which they are interviewed for risk factors for transfusion-transmitted diseases. We analyzed 202 donors who returned for counseling from 2007 to 2010 and presented enzyme immunoassay- and immunoblot-reactive results. The HCV genotypes and resistance mutation analyses were determined by the direct sequencing of the NS5b and NS3 regions, respectively. The HCV viral load was determined using an in-house real-time PCR assay targeting the 5'-NCR. Results: HCV subtypes 1b, 1a, 3a and others genotypes (2b, 2c , 4 e 5) were found in 45.5%, 32.0%, 18.0% and 4.5% of the donors, respectively. The mean viral load of genotype 1 was significantly higher than that of genotype 3 isolates. Subtype 1a was more frequent among young donors and 3a among older donors. Protease inhibitor-resistant variants were detected in 12.8% of the sequenced samples belonging to genotype 1, and a higher frequency was observed among subtype 1a (20%) in comparison to 1b (8%). There was no difference in the prevalence of HCV risk factors among genotypes or drug-resistant variants. Conclusions: We found a predominance of subtype 1b, with an increase in the frequency of subtype 1a in young subjects. Mutations conferring resistance to NS3 inhibitors were frequent in treatment-naïve blood donors, particularly those infected with subtype 1a. These variants were detected in the major viral population of HCV quasispecies, have replicative capacities comparable to nonresistant strains, and could be important for predicting the response to antiviral triple therapy. Introdução: A infecção pelo Vírus da Hepatite C (HCV) é uma das principais causas de hepatite crônica, atinge 150 milhões de pessoas no mundo e é a causa de 350.000 mortes por ano devido cirrose ou carcinoma hepatocelular. O objetivo deste estudo é verificar os subtipos, a existência de variantes associadas à resistência aos inibidores da protease e os possíveis fatores de risco associados à transmissão do HCV na população de doadores de sangue de São Paulo. Métodos: Doadores de sangue repetidamente reativos ao EIA anti-HCV são rotineiramente convocados a retornar para re-teste, notificação e aconselhamento, quando responderam às questões relacionadas aos potenciais fatores de risco envolvidos na transmissão deste vírus. Foram analisados 202 doadores que apresentaram EIA e immunoblot reativos para anti-HCV de 2007 a 2010. Os genótipos e a análise das mutações associadas à resistência foram determinados pelo sequenciamento direto de parte das regiões NS3 e NS5B, respectivamente. A carga viral foi determinada utilizando um ensaio próprio de PCR em tempo real com primers da região 5'-NCR. Resultados: Os subtipos 1b, 1a, 3a e outros genótipos (2b, 2c, 4 e 5) foram encontrados em 45,5%, 32,0%, 18,0% e 4,5% dos doadores, respectivamente. A carga viral média de genótipo 1 foi significativamente mais elevada do que a do genótipo 3. Subtipo 1a foi mais frequente entre os doadores jovens e 3a foi mais frequente entre os doadores mais velhos. Variantes associadas à resistência aos inibidores de protease foram detectadas em 12,8% das amostras sequenciadas do genótipo 1, e observou-se uma frequência mais elevada entre os subtipos 1a (20%) em comparação com o 1b (8%). Não houve diferença significante na prevalência dos fatores de risco entre os genótipos ou entre as variantes associadas à resistência aos medicamentos. Conclusões: Houve predominância do subtipo 1b, com um aumento na frequência do subtipo 1a, em indivíduos jovens. As mutações de resistência aos inibidores da NS3 foram frequentes em doadores de sangue virgens de tratamento, principalmente aqueles infectados pelo subtipo 1a. Apesar das variantes encontradas apresentarem mutações de baixo nível de resistência, elas foram detectadas na população viral principal dentre as quasispecies do HCV e apresentaram capacidade replicativa comparável às cepas selvagens, que pode ser importante para predizer a resposta à terapia antiviral tripla.
Citation
OSHIRO, Anna Shoko Nishiya. Distribuição dos genótipos, caracterização de mutações que conferem resistência às drogas inibidoras de protease e os fatores de risco de transmissão do hcv em doadores de sangue de São Paulo. 2015. 113 f. Tese (Doutorado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2015.Collections
- PPG - Infectologia [496]