Fatores relacionados à presença de recém-nascidos grandes para a idade gestacional em gestantes com diabetes mellitus gestacional

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Data
2009-01-01
Autores
Silva, Jean Carl
Bertini, Anna Maria [UNIFESP]
Ribeiro, Thaís Engel [UNIFESP]
Carvalho, Leonardo Souza De
Melo, Muriel Matias
Barreto Neto, Lauro
Orientadores
Tipo
Artigo
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Título de Volume
Resumo
PURPOSE: to evaluate factors related to the presence of neonatal macrosomia in pregnant women with gestational diabetes mellitus. METHODS: 157 pregnant women presenting gestational diabetes mellitus in follow-up were retrospectively selected from January 2004 to July 2006. This group has been divided into two subgroups: one with newborns with weight in accordance with the gestational age (n=136) and another with macrosomic newborns (n=21). Maternal characteristics have been compared between the groups. The t-Student test was used for the analysis of equality hypothesis between the averages of the two groups, and chi-square test, to check the groups' homogeneity concerning ratios. RESULTS: the groups did not show any significant difference concerning the gestational age, body mass index, weight gain along the gestation, number of previous pregnancies, fast glycemia in the oral glucose tolerance test after the ingestion of 75 g (TOTG 75 g), gestational age at delivery, glycemic values during the treatment, and the type of treatment used (p>0.05). In the group with neonatal macrosomia, there was a higher two-hour-glycemia in the TOTG 75 g (p=0.02), higher gestational age at the treatment onset (p=0.02), and a lower number of appointments at the health service (p<0.01). When adjusted to a logistic regression model, the most important factor (p<0.01) found to predict neonatal macrosomia was the two-hour-glycemia in the TOTG 75 g. CONCLUSIONS: the factors more frequently related to neonatal macrosomia were late treatment onset and, consequently, lower number of appointments and chiefly, high two-hour-glycemia in the TOTG 75 g.
OBJETIVO: avaliar os fatores relacionados à presença de recém-nascidos grandes para a idade gestacional nas gestantes com diabetes mellitus gestacional. MÉTODOS: no período de janeiro de 2004 a julho de 2006, foram selecionadas, retrospectivamente, 157 gestantes que apresentavam diabete mellitus gestacional e estavam em acompanhamento. Esse grupo foi dividido em dois subgrupos: um com recém-nascidos de peso adequado para a idade gestacional (n=136) e outro com recém-nascidos grandes para a idade gestacional (n=21). Foram comparadas as características maternas nos dois grupos. Para a análise da hipótese de igualdade entre a média dos dois grupos, utilizou-se o teste t de Student. E para que se testasse a homogeneidade dos grupos em relação às proporções, foi utilizado o teste do χ2. RESULTADOS: os grupos não apresentaram diferença significativa quanto à idade materna, índice de massa corporal, ganho de peso durante a gestação, número de gestações anteriores, glicemia de jejum no teste oral de tolerância à glicose após a ingestão de 75 g (TOTG 75 g), idade gestacional no momento do parto, valores glicêmicos durante o tratamento e o tipo de tratamento utilizado (p>0,05). No grupo com recém-nascidos grandes para a idade gestacional, observou-se valor de glicemia de duas horas no TOTG 75 g maior (p=0,02), a idade gestacional de início de tratamento maior (p=0,02), e um número menor de consultas realizadas no serviço (p<0,01). Ajustando-se a um modelo de regressão logística, foi encontrado, no valor da glicemia de duas horas do TOTG 75 g, o fator de maior importância (p<0,01) na predição de recém-nascidos grandes para a idade gestacional. CONCLUSÕES: os fatores que se relacionam melhor com a ocorrência de recém-nascidos grandes para a idade gestacional foram o início tardio do tratamento e, consequentemente, o menor número de consultas e, principalmente, o maior valor da glicemia de duas horas no TOTG 75 g.
Descrição
Citação
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 31, n. 1, p. 5-9, 2009.
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