Avaliação dos efeitos de drogas adenosinérgicas em um modelo animal de esquizofrenia

Date
2015-09-22Author
Ramos, Aline Camargo [UNIFESP]
Advisor
Calzavara, Mariana Bendlin Calzavara [UNIFESP]Type
Dissertação de mestradoMetadata
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Investigar os efeitos de drogas com ação no sistema adenosinérgico em comportamentos alterados de um modelo animal de esquizofrenia (a linhagem SHR ? do inglês, Spontaneously Hypertensive Rats). Métodos: Ratos Wistar e SHR, com aproximadamente três meses de idade, foram tratados com diferentes doses de agonistas A1 (CPA) e A2a (CGS 21680) e antagonistas adenosinérgicos A1 (CPT), A2a (SCH 58261) e não seletivo (cafeína). Os animais foram submetidos a testes de interação social, no qual também foi avaliada a locomoção e o levantamento, e tarefa de medo condicionado ao contexto. Resultados: O CPA aumentou o tempo de interação social na linhagem SHR, reduziu a locomoção e o levantamento em ambas as linhagens e ainda reduziu o tempo de congelamento, nas duas linhagens, na tarefa de medo condicionado ao contexto. O CGS 21680 aumentou o tempo de interação social nas linhagens Wistar e SHR e reduziu a locomoção e a frequência de levantamento em ambas as linhagens. Na tarefa de medo condicionado ao contexto, CGS 21680 reduziu o tempo de congelamento, em ratos Wistar e SHR, na maior dose utilizada, entretanto, a menor dose promoveu uma reversão do déficit de medo condicionado ao contexto na linhagem SHR. O antagonista CPT não alterou nenhum parâmetro comportamental analisado, em nenhuma dose e em nenhuma linhagem. O SCH 58261 reduziu o tempo de interação social na linhagem Wistar e aumentou a atividade locomotora nesta linhagem, sem causar nenhum efeito no tempo de congelamento em ambas as linhagens. A cafeína reduziu o tempo de interação social e aumentou a frequência de levantamento e locomoção na linhagem Wistar, embora não tenha tido nenhum efeito no tempo de congelamento em nenhuma das linhagens. Conclusões: Nossos dados indicam que a adenosina tem participação nos mecanismos que controlam os parâmetros comportamentais utilizados para o melhor entendimento da esquizofrenia e reforçam um possível envolvimento do sistema adenosinérgico na fisiopatologia deste transtorno. Estudos que visem esclarecer essa associação podem cooperar para elucidar as bases moleculares envolvidas na esquizofrenia e contribuir para o surgimento de novos alvos farmacológicos para o tratamento da esquizofrenia.