Comprimento telomérico associado a estresse em crianças: uma revisão sistemática

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Data
2016-03-17
Autores
Coimbra, Bruno Messina [UNIFESP]
Orientadores
Belangero, Sintia Iole Nogueira Belangero [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Telomeres are repetitive DNA sequences (T2AG3)n present at the ends of the chromatids and provide stability and protection to the DNA molecular structure. Due to the incapacity of the polymerase enzyme to replicate the DNA molecule in its full extent, the length of the telomeric DNA shortens after each cell division. When telomere length shortens to a critical level, DNA defensive mechanisms lead cells to either a state of arrest (senescence) or apoptosis. There is robust amount of evidence that chronic psychological stress speeds the erosion of telomeres. However, only a limited number of studies primarily focused on the association between stress and telomere length in children, and it is still unclear whether young individuals show signs of cellular aging early in life. We conducted a systematic review of studies that investigated the association between stress and telomeres in groups of children aged from three to fifteen years old. Eleven papers met our criteria. The eligible papers used various methodologies and DNA collection methods. Although unable to perform a meta-analysis, we found a relevant association between stress and telomere shortening in children. Stress induced by adversities and difficulties is probable cause for telomere decline from an early age. We believe that further longitudinal studies with multiple telomere measurements in large groups should be encouraged for better assessment of telomere trajectory in psychologically stressed children.
Telômeros são sequências repetitivas de DNA (TTAGGG) localizados ao final das cromátides e que promovem estabilidade e proteção ao material genético. Devido à limitação da enzima polimerase em replicar o final da molécula de DNA em sua totalidade, o comprimento do DNA telomérico diminui a cada divisão celular. Tal processo de redução das extremidades dos cromossomos e, consequentemente, de sua camada protetora, gera instabilidade na célula e a conduz a um estado de senescência ou morte. Dessa forma, existe uma tendência de que o comprimento telomérico das células dos indivíduos diminua progressivamente ao longo da vida, o que possibilita analisá-lo como um importante fator preditor de doenças relacionadas ao envelhecimento. Há evidência de que o estresse psicológico crônico nos indivíduos pode contribuir para maior aceleração do desgaste telomérico. No entanto, apenas um número limitado de estudos teve como foco a associação entre estresse e comprimento telomérico em crianças, e ainda é incerto se indivíduos jovens podem apresentar sinais de envelhecimento celular em idade ainda precoce. Nós conduzimos uma revisão sistemática com estudos que investigaram a associação entre estresse e telômeros em grupos de crianças de 3 a 15 anos de idade. 11 artigos preencheram nossos critérios. Os artigos elegíveis aplicaram diferentes metodologias e diferentes métodos de coleta de DNA. Apenar de não termos conduzido uma metanálise, nós encontramos associação relevante entre estresse e encurtamento telomérico em crianças. Estresse gerado por adversidades é provavelmente um fator que causa deterioração telomérica em indivíduos ainda muito jovens. Nós acreditamos que futuros estudos com múltiplas medições do comprimento dos telômeros em grandes amostras de sujeitos devam ser encorajados para melhor avaliação da trajetória dos telômeros em crianças psicologicamente estressadas.
Descrição
Citação
COIMBRA, Bruno Messina. Comprimento telomérico associado a estresse em crianças: uma revisão sistemática. 2016. Dissertação (Mestrado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.