Sono, qualidade de vida e transtornos do humor em profissionais de enfermagem que trabalham em unidades de terapia intensiva pediátrica e neonatal

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Data
2014-10-16
Autores
Guerra, Priscilla Caetano [UNIFESP]
Orientadores
Len, Claudio Arnaldo [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Introduction: The work of nurses in shift regime in hospitals may have an impact on quality of life, especially those who work in pediatric and neonatal intensive care units (ICU). The evaluation of these factors by standard questionnaires may contribute to a better understanding of their daily work. Objectives: To evaluate throughout questionnaires the following variables in nursing professionals of pediatric and neonatal ICUs: 1) Quality of sleep; 2) Quality of life and 3) Presence of mood disorders. Methods: Teams of nursing professionals, grouped into morning, afternoon and night work shifts, were evaluated by the following questionnaires: Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI), Epworth Sleepiness Scale (ESS), Morningness-Eveningness Questionnaire (MEQ), Short Form (36) Heath Survey (SF-36), Beck Depression Inventory (BDI), Beck Anxiety Inventory (BAI), State-Trait Anxiety Inventory (STAI). Results: The study sample was composed by 168 professionals, with a predominance of females (94.05%) and age younger than 40 years (74.31%). About a third of professionals worked for at least 10 years in the job. With respect to the workplace, 79.17% work in the Pediatric ICU and 20.83% on Neonatal ICU. Although it was not observed any statistical significance, the sleep-related questionnaires, PSQI and ESS, showed poor sleep quality and excessive daytime sleepiness for the three shifts. The MEQ questionnaire showed a predominance of professionals with neutral typology, 57.49%. The average obtained in the eight domains of the generic SF-36 questionnaire for the three shifts was up 66 points and, in general, there was no statistical difference (p = 0.121), suggesting no loss on their quality of life. However, in the domain "social aspect" of the night shift, the scores was worse (p <0.007). It was not noticed a significant increase in levels of anxiety and depression according to the BDI, BAI and STAI questionnaires in three shifts. Conclusions: The results suggest that nurses may show sleep problems. However, these professionals do not show lower scores for quality of life or mood disorders. One possible explanation for these findings is that, over time, there is an adaptation to the differentiated workload.
Introdução: O trabalho de enfermeiros em regime de turno em hospitais pode ter um impacto na qualidade de vida, especialmente naqueles que trabalham em unidades de terapia intensiva (UTI) pediátrica e neonatal. A avaliação destes fatores por meio de questionários padronizados pode contribuir para uma melhor compreensão da atividade diária destes. Objetivos: Avaliar através de questionários as seguintes variáveis em profissionais de enfermagem de UTI pediátrica e neonatal; 1) Qualidade do sono, 2) Qualidade de vida e 3) Presença de transtornos do humor. Métodos: Profissionais da equipe de enfermagem, agrupados em turnos de trabalho matutino, vespertino e noturno, foram avaliados através dos seguintes questionários: Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI), Escala de Sonolência Epworth (ESS), Questionário de Identificação Matutinidade-Vespertinidade (IMV), Questionário Genérico de Avaliação de Qualidade de Vida (SF-36), Inventário de Depressão de Beck (BDI), Inventário de Ansiedade de Beck (BAI), Inventário de Ansiedade Traço ? Estado (IDATE). Resultados: A amostra do estudo foi composta por 168 profissionais, com predomínio do sexo feminino (94,05%) e idade de até 40 anos (74,31%). Cerca de um terço dos profissionais atuavam há pelo menos 10 anos na função. Com relação ao local de trabalho, 79,17% atuam em UTI Pediátrica e 20,83% em UTI Neonatal. Apesar de não observarmos significância estatística, os questionários relacionados ao sono, PSQI e ESS, mostraram qualidade de sono ruim e sonolência diurna excessiva para os três turnos. Com relação ao IMV, houve predomínio dos profissionais com tipologia neutra, 57,49%. A média obtida nos 8 domínios do questionário genérico SF-36 para os três turnos foi acima de 66 pontos e, de modo geral, não houve diferença estatística (p = 0,121), sugerindo não haver prejuízo na qualidade de vida. No entanto, no domínio ?aspecto social? do turno noturno, observou-se escores piores (p<0,007). Não se notou aumento significativo nos níveis de ansiedade e depressão segundo os questionários BDI, BAI, IDATE-T-E, e nos três turnos. Conclusões: Os resultados sugerem que os profissionais de enfermagem podem apresentar problemas no sono. No entanto, estes profissionais não apresentam escores mais baixos de qualidade de vida ou transtornos do humor. Uma possível explicação para estes achados é que, ao longo do tempo, haja uma adaptação ao regime de trabalho diferenciado.
Descrição
Citação
GUERRA, Priscilla Caetano. Sono, qualidade de vida e transtornos do humor em profissionais de enfermagem que trabalham em unidades de terapia intensiva pediátrica e neonatal. 2014. 62 f. Dissertação (Mestrado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2014.