Estudo do sono em pacientes após acidente vascular cerebral avaliados no ambulatório de neurovascular do hospital São Paulo

Abstract

Objective: Caractherize the pattern of sleep and the factors related those could be predictive for subjective sleep quality in patients after stroke. Methods: Cross-sectional study involving 68 post-stroke patients seen at the Stroke Clinic. The data collected were age, sex, BMI, neck circumference, TOAST, NIHSS, modified Rankin Scale, and the presence of comorbidities such as hypertension, diabetes mellitus and smoking - and questionnaires - SF-36, PSQI, STOP-BANG, SEE, RLS. Results: The mean age was 59.8 ± 12.9 years, most of them (51.5%) were men. 48.5% had SED (ESE?10) and only 13.2% had RLS. Correlations among lower quality of life, lower age and higher BMI with low quality sleep were observed. It was also found that poor sleepers have worse quality of life and greater STOP-BANG scores. The STOP-BANG was a predictor of a poor quality of sleep, with relative risk of 1.6. Conclusion: This study confirmed the higher prevalence of poor sleep in post-stroke patients. This issue must be highlighted in care of these patients to minimize the impact in their quality of life, secondary risk, and rehabilitation. The STOP-BANG can be an interesting option to identify a poor quality of sleep in patients with underlying stroke.

Objetivo: Avaliar o padrão de sono, os fatores que se relacionam e as variáveis preditivas de qualidade subjetiva do sono em pacientes pós-AVC. Métodos: Estudo transversal envolvendo 68 pacientes pós-AVC atendidos em ambulatório realizado mediante coleta de dados clínicos ? idade, sexo, IMC, circunferência cervical, TOAST, NIHSS, ERm e presença comorbidades como HAS, DM e tabagismo - e aplicação de questionários ? SF-36, PSQI, STOP-BANG, ESE, SPI. Resultados: A idade média foi de 59,8 ± 12,9 anos, a maioria (51,5%) era composta por homens. 48,5% possuíam SED (ESE?8) e apenas 13,2% fechavam critérios diagnósticos para SPI. Observaram-se correlações de baixa qualidade de vida, menor idade e maior IMC com baixa qualidade de sono. Constatou-se ainda que pacientes maus dormidores possuem qualidade de vida pior e maior pontuação STOP-BANG. O STOP-BANG é um preditor de uma má qualidade de sono, com p<0,05 e risco relativo de 1,6. Conclusão: Dada a alta prevalência de má qualidade de sono em pacientes pós-AVC, essa temática merece ser abordada no cuidado desses doentes, para evitar impacto na qualidade de vida, na prevenção secundária e na reabilitação. O STOP-BANG pode ser uma uma opção interessante para identificar uma subjacente má qualidade do sono em pacientes com AVC.