Sexualidade e dor crônica: sexualidade em idosas longevas com dor crônica e a descrição de fatores de interferência

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Data
2014-04-30
Autores
Santos, Alana Meneses [UNIFESP]
Orientadores
Santos, Fania Cristina dos Santos [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado profissional
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Resumo
The sexual health is a key element to the general health and quality of life. The sexual dysfunction is common among the old women, varying the prevalence from 20 to 88%. The most important complaints among the women are the low sexual desire, difficulty of vaginal lubrication and inability to reach the orgasm. Approximately 60% of the patients with chronic pain complain about sexual dysfunction. This study aims to describe the presence of sexual dysfunction in a sample of elderly long-lived with chronic pain and to characterize it according to sociodemographic factors, education, functionality, with emphasis on the characteristics of chronic pain. A survey was conducted observational, crosssectional, descriptive-lived with 32 very old women with a history of chronic pain. To assess the presence of sexual dysfunction was applied Short Personal Experience Questionnaire (SPEQ). In this study the average age found was 87 years-old, most of them with low schooling, without a sexual partner, considering their health as good, having nociceptive pain by osteoarthritis. 28% of the women reported that the presence of chronic pain interfered with sexual practice and the majority with sexual dysfunction with average SPEQ score of 7. None of those old women had been asked before about their sexuality. This study have concluded that 78% of very old woman with chronic pain presented with sexual dysfunction, according SPEQ the instrument, and that the main cause of sexual inactivity was referred to the lack of a partner. It was found that no elderly had previously been questioned about it sexuality, and about 68.8% of them said they would have already been questioned. Chronic pain has been described as a factor that influences the sexual practice of 28.1% of the women studied, a fact that can compromise even more sexuality in aging. Faced with this findings, it is suggested that health professionals address sexuality in medical consultations involving older women, not letting these approaches also include the very old.
A saúde sexual é um elemento-chave da saúde geral e qualidade de vida. A disfunção sexual é comum entre as mulheres idosas, variando a prevalência de 20 a 88%. A queixa mais importante entre as mulheres é o baixo interesse sexual, dificuldade de lubrificação vaginal e incapacidade de alcançar o orgasmo. Aproximadamente 60% dos pacientes com dor crônica queixam-se de disfunção sexual. Este estudo objetiva descrever a presença de disfunção sexual numa amostra de idosas longevas com dor crônica e caracterizá-la segundo os fatores sociodemográficos, escolaridade, funcionalidade, com ênfase nas características da dor crônica. Foi realizada uma pesquisa observacional, transversal, descritiva com 32 mulheres longevas, com história de dor crônica. Para avaliar presença de disfunção sexual foi aplicado o questionário SPEQ. Neste estudo, foi encontrado idade média de 87 anos, sendo que a maioria de baixa escolaridade, sem parceiro sexual, que considera a saúde boa, tem dor nociceptiva, por osteoartrite. Cerca de 28% das idosas referia que a presença de dor crônica poderia interferir na prática sexual e a maioria das idosas tinha disfunção sexual com pontuação média de SPEQ de 7. Nenhuma das idosas havia sido abordada antes sobre sua sexualidade. Este estudo concluiu que 78% das idosas longevas com dor crônica apresentou-se com disfunção sexual, segundo o instrumento SPEQ, e que a principal causa da inatividade sexual referida foi a falta de um parceiro. Apurou-se que nenhuma idosa havia sido questionada previamente sobre o assunto sexualidade, e cerca de 68,8% delas afirmou que gostaria de já ter sido questionada. A dor crônica foi descrita como fator de interferência na prática sexual de 28,1% das idosas estudadas, fato que acaba comprometendo ainda mais a sexualidade no envelhecimento. Diante deste achados, sugere-se que os profissionais de saúde abordem a sexualidade nas consultas médicas envolvendo mulheres idosas, não se deixando de incluir nestas abordagens também as idosas longevas.
Descrição
Citação
SANTOS, Alana Meneses. Sexualidade e dor crônica: sexualidade em idosas longevas com dor crônica e a descrição de fatores de interferência. 2014. 1 f. Dissertação (Mestrado Profissional) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2014.