Perfis psicossociais de adolescentes grávidas: aspectos familiares e relacionais, problemas internalizantes e externalizantes

Abstract

Although provided for in the Federal Constitution of Brazil that the rights of children, adolescents and young people should be protected as a priority, public policy does not exist at the national level to meet the demand of teenage pregnancy. The scientific literature on this subject does not yet cover specific aspects of development in adolescence, especially psychological, relating them to sociodemographic data. This work aims to study the psychosocial profile of pregnant adolescents attended by service Integral Health Program Adolescents of São Paulo, in a city of Santos Metropolitan Region, regarding their perceptions of family support, social skills, emotional and behavioral problem, and possible associations of these indicators with sociodemographic variables. These is an exploratory study of quantitative characteristics directed to a specific population, in common among individuals experiencing the fact of pregnancy at the same stage of human development (adolescence) and also are attended by public health service. The participants were 40 adolescents from 14 to 17 years. For data collection the following instruments were used: 1. Brazil Criteria (2014) - to characterize the sample in terms of economy class; 2. Sheet for characterization of sociodemographic aspects; 3. IPSF ? Inventory by Baptist Family Support Perception (2009), which evaluates how the family support is perceived by the people; 4. IHSA-Del Prette - Social Skills Inventory for Adolescents Del Prette and Del Prette (2009), which assesses the social skills of adolescents in various contexts; and 5. YSR - Youth SelfReport for Ages 11-18 Achenbach and Rescorla (2010), for evaluation of emotional and behavioral problems. The results found indicated that adolescents aged 14 to 15 years, less educated and living with the parents of their babies had the lowest rates of perception of family support. Among the participants 16 to 17 years to less education was related to indices that point to deficits in social skills, especially among those living with the parents of their babies. On the other hand, older age, lower education and not living with the baby's father appeared to be related to emotional and/or behavioral problems.

Embora seja previsto na Constituição Federal do Brasil que os direitos de crianças, adolescentes e jovens devem ser protegidos prioritariamente, inexiste Política Pública em nível nacional para atender a demanda da gravidez na adolescência. A produção científica sobre essa temática ainda não abrange aspectos peculiares do desenvolvimento na adolescência, principalmente psicológicos, relacionando-os a dados sociodemográficos. Esse trabalho tem como objetivo principal estudar os perfis psicossociais de adolescentes gravidas, atendidas por serviço do Programa de Saúde Integral do Adolescente do estado de São Paulo, em um município da Baixada Santista, especificamente quanto às percepções acerca do suporte familiar, habilidades sociais, problemas emocionais e comportamentais, e possíveis associações desses indicadores com variáveis sociodemográficas. Trata-se de um estudo exploratório de características quantitativas direcionado a uma população específica, tendo em comum entre os indivíduos o fato de vivenciarem a gravidez na mesma fase do desenvolvimento humano (adolescência) e também serem atendidos por serviço público de saúde. Participaram da pesquisa 40 adolescentes, de 14 a 17 anos. Para coleta de dados foram utilizados os seguintes instrumentos: 1. Critério Brasil (2014) ? para caracterização da amostra em termos de classe econômica; 2. Ficha para caracterização de aspectos sociodemográficos; 3. IPSF ? Inventário de Percepção de Suporte Familiar de Baptista (2009), que avalia como o suporte familiar é percebido pelas pessoas; 4. IHSA-Del Prette ? Inventário de Habilidades Sociais para Adolescentes de Del Prette e Del Prette (2009), que avalia as habilidades sociais de adolescentes em vários contextos; e 5. YSR ? Youth Self-Report for Ages 11-18 de Achenbach e Rescorla (2010), para avaliação de problemas emocionais e comportamentais. Os resultados encontrados indicaram que as adolescentes com idades de 14 e 15 anos, com menor escolaridade e morando com os pais de seus bebês apresentaram os menores índices de percepção do suporte familiar. Entre as participantes com 16 e 17 anos a menor escolaridade esteve relacionada a índices que apontam para déficits em habilidades sociais, principalmente entre aquelas que moravam com os pais de seus bebês. Por outro lado, maior idade, menor escolaridade e não morar com o pai do bebê apareceram como relacionados a problemas emocionais e/ou comportamentais.