Avaliação de fatores preditores para a sonolência excessiva residual em pacientes com apneia obstrutiva do sono em tratamento com CPAP
Data
2016-08-30
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Residual excessive sleepiness (RES) is associated with reduced quality of life and increased risk for accidents in CPAP-treated obstructive sleep apnea patients. We designed a prospective study to identify polysomnographic, clinical and demographic risk factors for RES incidence. Out of 218 consecutive patients, we included 202 with apnea/hypopnea index >20. At baseline, all participants underwent clinical interview, Epworth sleepiness scale and baseline and CPAP-titration polysomnographies. After one-year of CPAP treatment, sleepiness and treatment compliance were assessed. Multiple sleep latency test was used to rule out narcolepsy, and a further increase in CPAP pressure was applied to rule out undertitration if Epworth score >10. Participants were assigned to two groups [RES(+); RES(-)] according to presence of RES. We compared baseline characteristics between those groups and a regression model including 11 variables was conducted to predict RES. The analysis included 113 CPAP-compliant participants. Before treatment, RES(+) (12%) had significantly shorter sleep onset latency, lower N1% and higher Epworth score than RES(-). Regression analysis identified baseline Epworth score as a predictor of RES after treatment (b=0.19, 95%CI 0.06-0.33). In conclusion, we found that having higher baseline excessive sleepiness may be a risk factor for RES, suggesting that these patients need a sleepiness-specific treatment along with CPAP.
A sonolência excessiva residual (SER) está associada à redução da qualidade de vida e aumento do risco de acidentes de trânsito, em pacientes com apneia obstrutiva do sono em tratamento com CPAP (pressão positiva contínua nas vias aéreas). Foi desenhado um estudo prospectivo para identificar fatores preditores clínicos, demográficos e polissonográficos para a incidência de SER. Foram recrutados consecutivamente 218 pacientes, dos quais 202 apresentaram índice de apneia/hipopneia >20 e foram incluídos no estudo. Na avaliação basal, todos os participantes passaram por uma entrevista clínica, responderam a escala de sonolência de Epworth, fizeram duas polissonografias (basal e de titulação de CPAP) e iniciaram o tratamento com CPAP. Após um ano de tratamento, a adesão ao CPAP e o nível de sonolência foram avaliados. Para os participantes que continuaram sonolentos, o teste de latências múltiplas do sono foi utilizado para excluir narcolepsia, e um aumento da pressão do CPAP foi realizado para excluir uma possível titulação insuficiente. Os participantes foram alocados para dois grupos [SER(+) e SER(-)] de acordo com a presença de SER. Características basais foram comparadas entre os grupos, e um modelo de regressão linear foi construído com 10 potenciais preditores de SER. A análise estatística incluiu 113 participantes com boa adesão ao CPAP. Antes de iniciar o tratamento, o grupo SER(+) (12% da amostra) apresentou menor latência para o início do sono, menor tempo em estágio N1 e maior pontuação no Epworth basal. O modelo de regressão identificou a pontuação no Epworth basal como preditor para a SER (b=0,19, IC95% 0,06-0,33). Em conclusão, foi encontrado que maior grau de sonolência no momento do diagnóstico da apneia obstrutiva do sono pode ser um fator de risco para a persistência da sonolência mesmo após o tratamento adequado com o CPAP, sugerindo que este grupo de pacientes precisam de um tratamento específico para a sonolência, em conjunto com o CPAP.
A sonolência excessiva residual (SER) está associada à redução da qualidade de vida e aumento do risco de acidentes de trânsito, em pacientes com apneia obstrutiva do sono em tratamento com CPAP (pressão positiva contínua nas vias aéreas). Foi desenhado um estudo prospectivo para identificar fatores preditores clínicos, demográficos e polissonográficos para a incidência de SER. Foram recrutados consecutivamente 218 pacientes, dos quais 202 apresentaram índice de apneia/hipopneia >20 e foram incluídos no estudo. Na avaliação basal, todos os participantes passaram por uma entrevista clínica, responderam a escala de sonolência de Epworth, fizeram duas polissonografias (basal e de titulação de CPAP) e iniciaram o tratamento com CPAP. Após um ano de tratamento, a adesão ao CPAP e o nível de sonolência foram avaliados. Para os participantes que continuaram sonolentos, o teste de latências múltiplas do sono foi utilizado para excluir narcolepsia, e um aumento da pressão do CPAP foi realizado para excluir uma possível titulação insuficiente. Os participantes foram alocados para dois grupos [SER(+) e SER(-)] de acordo com a presença de SER. Características basais foram comparadas entre os grupos, e um modelo de regressão linear foi construído com 10 potenciais preditores de SER. A análise estatística incluiu 113 participantes com boa adesão ao CPAP. Antes de iniciar o tratamento, o grupo SER(+) (12% da amostra) apresentou menor latência para o início do sono, menor tempo em estágio N1 e maior pontuação no Epworth basal. O modelo de regressão identificou a pontuação no Epworth basal como preditor para a SER (b=0,19, IC95% 0,06-0,33). Em conclusão, foi encontrado que maior grau de sonolência no momento do diagnóstico da apneia obstrutiva do sono pode ser um fator de risco para a persistência da sonolência mesmo após o tratamento adequado com o CPAP, sugerindo que este grupo de pacientes precisam de um tratamento específico para a sonolência, em conjunto com o CPAP.
Descrição
Citação
OTUYAMA, Leonardo Jun. Avaliação de fatores preditores para a sonolência excessiva residual em pacientes com apneia obstrutiva do sono em tratamento com CPAP. 2016. 38 f. Dissertação (Mestrado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.