Estresse e ansiedade percebidos por pais de crianças com câncer

Date
2016-11-29Author
Oliveira, Kayna Moraes de [UNIFESP]
Advisor
Pettengill, Myriam Aparecida Mandetta Pettengill [UNIFESP]Type
Dissertação de mestradoMetadata
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Introduction: the diagnosis and treatment of cancer in children and adolescents cause symptoms of anxiety and stress on parents, affecting the well-being of the whole family. In this way the care of the family is essential and must be conducted based on the principles of Patient and Family Centered Care. We questioned the perceptions of stress and anxiety in the perspective of parents of children/adolescents with cancer; and the relationship of sociodemograpic characteristics and the occurrence of perceived stress and anxiety. Objective: To evaluate the perceptions of stress and anxiety from the perspective of parents of children and adolescents with cancer. Method: A survey was conducted in a reference institute of pediatric oncology, in Sao Paulo, linked to a federal university. The study was approved by the ethics committee and the participants signed the consent form. Data were obtained by filling out a form with information about the parent?s social demographic data and the characteristics of the children/ adolescents with cancer; and application of two measuring instruments The State-Trait Anxiety Inventory (scales STAI-S e T) and Pediatric Inventory for Parents - PIP, with two sub-scales: frequency (PIP-F) and difficulty (PIP-D), both validated for the Brazilian Portuguese language. Data analysis was performed descriptively, inferential (p<0.05) and by non-parametric tests. Results: the sample consisted of 89 parents of children/adolescents with cancer. The final scores of the PIP-F ranged from 84-186 with average of 138; and PIP-D ranged from 77-180 with average of 122. On PIP-F, the older the parents, the lower was the scores of perceived stress on medical care domain (p=0.0292). As to the PIP-D, in the communication domain, parents older than 51 years had higher average scores of stress (p=0.0365); and parents with a higher level of education showed lower scores (p=0.0181). Parents with less time of study pointed higher scores of stress in medical care domain in PIP-D (p=0.0130); the average perceived of parental anxiety scores were higher in STAI-T compared to STAI-S. There was a correlation between the scores of the STAI scales, showing that the higher the anxiety state, the higher the trait of anxiety of the father/mother (p<0.0001). Parents of female children/adolescents have higher perceptions of anxiety state (p=0.0015) and trait (p=0,0464) than parents of male children/adolescents. Parents who responded to the questions in the hospitalization had higher perceptions of anxiety in the STAI-T (p=0.0196). The higher the stress perceived by parents, the higher the anxiety in STAI-S and STAI-T. Conclusion: the perception of parental stress presented variations in both subscales, with the highest average in the PIP-F than PIP-D. Parents with less study had higher perceived stress scores in most areas of the subscales; and older parents had higher scores in the frequency of perceived stress concerning medical care. On the subject of anxiety, parents had higher average scores of anxiety trait than state; the scores of perception of anxiety were higher in parents of female children/adolescents; and during hospitalization period. There was significant correlation between the scores of stress and anxiety Introdução: o diagnóstico e tratamento de câncer infantojuvenil provocam sintomas de ansiedade e estresse nos pais, afetando o bem-estar de toda família. Desta maneira o cuidado à família torna-se fundamental e deve estar ancorado no Cuidado Centrado no Paciente e Família. Questionam-se quais as percepções de estresse e de ansiedade na perspectiva de pais de crianças e adolescentes com câncer e a relação das características sociodemográficas com a ocorrência da percepção de estresse e de ansiedade. Objetivo: avaliar as percepções de estresse e ansiedade na perspectiva de pais de crianças/adolescentes com câncer. Método: estudo do tipo survey descritivo realizado em um instituto referência em oncologia pediátrica no município de São Paulo, vinculado a uma instituição de ensino superior. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética e os pais participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram obtidos pelo preenchimento de um formulário com dados sociodemográficos dos pais e características das crianças/adolescentes com câncer e aplicação de dois instrumentos de medida, o Inventário de Ansiedade Traço - Estado (IDATE-T e E) e o Pediatric Inventory for Parents ? PIP com duas subescalas: frequência (PIP-F) e dificuldade (PIP-D), ambos validados para língua portuguesa brasileira. A análise dos dados foi realizada de maneira descritiva, inferencial (p?0,05) e por meio de testes não paramétricos. Resultados: a amostra foi composta de 89 pais de crianças/adolescentes com câncer. Os valores dos escores finais do PIP-F variaram entre 84 a 186 com média do escore final de 138; e no PIP-D variaram de 77 a 180 com média de 122. No domínio cuidados médicos do PIP- F, quanto maior a idade dos pais, menores os escores de estresse percebido (p=0.0292). No domínio comunicação do PIP-D, pais com idade superior a 51 anos apresentaram maiores médias de escores de estresse (p=0.0365); e pais com maior nível de escolaridade apresentaram menores escores (p=0.0181). No domínio cuidados médicos do PIP-D pais com menos tempo de estudo apontaram maiores escores de estresse (p=0,0130). A média dos escores de percepção parental de ansiedade são maiores no IDATE-T se comparada ao IDATE-E. Houve correlação entre os escores das escalas do IDATE, mostrando que quanto maior a ansiedade estado, maior a ansiedade traço do pai/mãe (p<0,0001). Pais de crianças/adolescentes do sexo feminino possuem percepções de ansiedade estado (p=0.0015) e traço (p=0,0464) maiores do que pais de crianças/adolescentes do sexo masculino. Pais que responderam às questões na unidade de internação apresentaram maiores percepções de ansiedade na escala IDATE-T (p=0,0196). Ao analisarem-se os escores por domínios nas duas subescalas do PIP, os resultados apontam que, quanto maior as percepções de estresse, maiores os escores de percepção de ansiedade no IDATE-E e T. Conclusão: a percepção de estresse parental apresentou variações em ambas subescalas, com média mais elevada na PIP-F do que no PIP-D. Pais com menos tempo de estudo tiveram escores de percepção de estresse mais elevados na maioria dos domínios das subescalas; e pais mais jovens tiveram maiores escores na frequência de estresse percebido quanto aos cuidados médicos. Em relação ansiedade, os pais apresentaram escores médios de ansiedade traço mais elevados que ansiedade estado. Os escores de percepção de ansiedade foram mais elevados em pais de crianças/adolescentes do sexo feminino, durante a internação. Houve correlação entre os escores de estresse e ansiedade.
Citation
OLIVEIRA, Kayna Moraes de. Estresse e ansiedade percebidos por pais de crianças com câncer. 2016. 135 f. Dissertação (Mestrado) - Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.Keywords
nursingpediatric oncology
family
parental stress
parental anxiety
enfermagem
oncologia pediátrica
família
estresse parental
ansiedade parental
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- PPG - Enfermagem [725]