Fatores preditores e impacto do fenômeno de no reflow em pacientes com infarto agudo do miocárdio com supra de segmento st submetidos à estratégia fármaco-invasiva

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Data
2016-09-28
Autores
Moraes, Pedro Ivo de Marqui [UNIFESP]
Orientadores
Carvalho, Antonio Carlos de Camargo Carvalho [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado profissional
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Resumo
The reflow phenomenon is a complication of percutaneous coronary intervention (PCI), characterized by a weakened blood flow despite the restoration of patency in the epicardial coronary artery. We sought to evaluate the incidence, predictors and impact of the reflow phenomenon in patients with acute myocardial infarction (STEMI) treated with the drug-invasive strategy (EFI). For this, we analyzed 1012 patients with IAMCSST, who received fibrinolytic therapy in the initial care and were systematically transferred to the tertiary hospital for cardiac catheterization and PCI, when indicated. This study stands out for originality, since there is scarce knowledge about the phenomenon of no reflow in the specific EFI scenario. The results showed that the incidence of the phenomenon was 9.2%. After applying a multivariate logistic regression model, the independent predictors related to the phenomenon were: TIMI coronary flow pre-PCI ? 2 (OR 3.38 CI 95% 2.80-5.92), higher values ??in the TIMI (OR 2.09 95% CI 1.69-3.12) and GRACE (OR 1.02 95% CI 1.01-1.04), advanced age (OR 1.05 95% CI 1.02-1.08 ) And greater amplitude of supra ST pre fibrinolysis (OR 1.02 95% CI 1.002-1.043). The reflow phenomenon was also related to higher mortality rates (22.6% versus 4% p <0.001) and in-hospital complications. It is concluded that the phenomenon of no reflow in patients with IAMCSST treated according to EFI has an incidence of 9.2%. Its predictors were prenormal PCI, advanced age, higher pre-fibrinolysis ST, and higher values ??of TIMI and GRACE scores. The phenomenon represented a negative impact due to higher mortality rates and in-hospital complications.
O fenômeno de no reflow é uma complicação da intervenção coronariana percutânea (ICP), caracterizado por um fluxo sanguíneo debilitado apesar da restauração da patência em artéria coronária epicárdica. Buscamos avaliar a incidência, os fatores preditores e o impacto do fenômeno de no reflow em pacientes com infarto agudo do miocárdio com supra de ST (IAMCSST) tratados conforme a estratégia fármaco-invasiva (EFI). Para isso, analisamos 1012 pacientes com IAMCSST, que receberam terapia fibrinolítica no atendimento inicial e foram sistematicamente transferidos ao hospital terciário para realização de cateterismo cardíaco e ICP, quando indicada. Esse estudo destaca-se pela originalidade, pois existe escasso conhecimento sobre o fenômeno de no reflow no cenário específico da EFI. Os resultados mostraram que a incidência do fenômeno foi de 9,2%. Após aplicação de modelo de regressão logística multivariada, os fatores preditores independentes relacionados ao fenômeno foram: fluxo coronariano TIMI pré-ICP ? 2 (OR 3,38 IC 95% 2,80?5,92), maiores valores nos escores TIMI (OR 2,09 IC 95% 1,69?3,12) e GRACE (OR 1,02 IC 95% 1,01?1,04), idade avançada (OR 1,05 IC 95% 1,02?1,08) e maior amplitude do supra de ST pré fibrinólise (OR 1,02 IC 95% 1,002?1,043). O fenômeno de no reflow também foi relacionado a maiores taxas de mortalidade (22,6% versus 4% p < 0,001) e de complicações intra-hospitalares. Conclui-se que o fenômeno de no reflow em pacientes com IAMCSST tratados conforme a EFI possui uma incidência de 9,2%. Seus fatores preditores foram fluxo coronariano pré-ICP subnormal, idade avançada, maior supra de ST pré fibrinólise e maiores valores dos escores TIMI e GRACE. O fenômeno representou um impacto negativo por maiores taxas de mortalidade e de complicações intra-hospitalares.
Descrição
Citação
MORAES, Pedro Ivo de Marqui. Fatores preditores e impacto do fenômeno de no reflow em pacientes com infarto agudo do miocárdio com supra de segmento st submetidos à estratégia fármaco-invasiva. 2016. 59 f. Dissertação (Mestrado Profissional) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.