Critérios de ressecabilidade dos tumores neuroblásticos: comparação entre o critério tradicional e os fatores de risco baseados na imagem.

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Data
2016-12-21
Autores
Penazzi, Ana Claudia Soares [UNIFESP]
Orientadores
Abib, Simone de Campos Vieira [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Objectives: Evaluate the casuistry of the Support Group for Adolescent and Children with Cancer of São Paulo, from January 2000 to May 2015, comparing resectability criteria used in the past, with the current resectability criterion through evaluation of radiological images at diagnosis and presurgical, applying risk factors defined by tomography and or resonance imaging. Correlate resectability, surgical complications and relapse, as well as evaluation of patients who remain alive. Methods: Retrospective study of service casuistry in the period determined in patients with neuroblastoma stages 3 and 4, tumor located in the abdomen and pelvis and imaging tests to diagnosis and preoperative. Twenty-seven patients were selected for the study after the selection criteria and with presence or absence of risk factors at diagnosis and preoperative was evaluated through tomography and magnetic resonance imaging. The data were statistically analyzed by the SPSS 20.0 and STATA 12 programs, the Kappa coefficient in the evaluation of the agreement between resectability criteria by the International Neuroblastoma Staging System and Image-defined risk factors, McNemar in the comparison of resectability to diagnosis and post-chemotherapy and significance level of 5% for all tests. Results: 27 children were analyzed with mean age at diagnosis of 2.5 years, where 55.6% were older than 18 months; 51.9% female sex and 66.7% had staging 4. There was concordance between the results of resectability by INSS and IDRFs at diagnosis (p = 0.007) and post-chemotherapy (p = 0.019), but there was no concordance between the results by IDRFs in the two moments. The patients classified as resectable by IDRFs after chemotherapy, all had complete resection and, on the other hand, those classified as nonresectable, 87.5% had incomplete tumor resection. At follow-up, 77.8% of the alive patients were in remission, 18.5% relapsed and 33.3% deaths. Conclusions: Resectability results were similar in both the traditional and IDRF methods at diagnosis and post-chemotherapy, preoperative QT increased tumor resectability, decreasing the number of IDRFs between diagnosis and post-QT (14,8% -34.6%), the presence of at least 1 IDRF was associated with incomplete resections (sensitivity 87.5%), complications were irrelevant as the number of relapses.
Objetivos: avaliar a casuística do serviço do Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer de São Paulo, no período de janeiro de 2000 a maio de 2015, comparando critérios de ressecabilidade usados no passado, com o atual critério de ressecabilidade através da avaliação das imagens radiológicas ao diagnóstico e pré-cirúrgico, aplicando-se fatores de risco definidos pela imagem de tomografia e ou ressonância. Correlacionar a ressecabilidade, complicações cirúrgica e recaída, assim como, avaliação dos pacientes que permanecem vivos. Métodos: estudo retrospectivo de casuística do serviço no período determinado, em portadores de neuroblastoma estádios 3 e 4, tumor localizado em abdome e pelve e com exames por imagem ao diagnóstico e do pré-cirúrgico. Foram eleitos 27 pacientes para o estudo após os critérios de seleção e avaliados a presença ou ausência de fatores de risco ao diagnóstico e do pré-cirúrgico através da imagem de tomografia e ou ressonância nuclear magnética. Os dados foram analisados estatisticamente pelos programas SPSS 20.0 e STATA 12, o coeficiente de Kappa na avaliação da concordância entre os critérios de ressecabilidade pelo International Neuroblastoma Staging System e o Image-defined risk factors, McNemar na comparação da ressecabilidade ao diagnóstico e pós-quimioterapia e nível de significância de 5% para todos os testes. Resultados: 27 crianças foram analisadas com média de idade ao diagnóstico de 2,5 anos, onde 55,6% tinham idade acima de 18 meses; 51,9% do sexo feminino e 66,7% tinham estadiamento 4. Houve concordância entre os resultados da ressecabilidade pelo INSS e IDRF ao diagnóstico (p=0,007) e no pós-quimioterapia (p=0,019), mas não houve concordância entre os resultados por IDRFs nos dois momentos. Desta forma os pacientes classificados como sendo ressecáveis por IDRF no pós-quimioterapia, todos tiveram ressecção completa e por outro lado, os classificados como não ressecáveis, 87,5% tiveram ressecção incompleta do tumor. No acompanhamento, 77,8% dos pacientes vivos estavam em remissão, 18,5% recaíram e 33,3% óbitos. Conclusões: Os resultados da ressecabilidade foram semelhantes tanto no método tradicional como por IDRF ao diagnóstico e pós-quimioterapia, a QT pré-operatória aumentou a ressecabilidade do tumor, diminuindo o número dos IDRFs entre o diagnóstico e pós- QT (14,8%-34,6%), a presença de ao menos 1 IDRF esteve associado à ressecções incompletas (sensibilidade de 87,5%) e as complicações foram irrelevantes, assim como, o número de recidivas.
Descrição
Citação
PENAZZI, Ana Claudia Soares. Critérios de ressecabilidade dos tumores neuroblásticos: comparação entre o critério tradicional e os fatores de risco baseados na imagem.. 2016. 46 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Cirúrgica Interdisciplinar) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.