O importante valor do deslocamento anterior da aorta abdominal por massa, observado em TC ou RM, no diagnóstico de neuroblastoma em crianças com até 7 anos
Data
2015-03-25
Autores
Schiavon, Jose Luiz de Oliveira 
Orientadores
Lederman, Henrique Manoel
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Objective: Evaluate role of the anterior displacement of the abdominal aorta by tumor, anywhere in the abdomen, or at the level of the contralateral adrenal, in axial CT and/or MRI, to diagnose neuroblastoma, compared to the gold standard pathology report. Methods: This is a retrospective study of patients up to 7 years old who had had abdominal tumors observed on CT and/or MRI, and had their pretreatment images stored in the PACS of the Instituto de Oncologia Pediátrica da Universidade Federal de São Paulo / Grupo de Apoio ao Adolescente e Criança com Câncer IOP-UNIFESP/GRAACC until the end of 2013. The patients? images were classified in consensus by two radiologists for the presence or absence of the anterior displacement of the abdominal aorta. The findings were compared with the pathology report findings (gold standard), and then subjected to the statistical analysis. Results: The anterior displacement of the abdominal aorta, at any level of the abdomen, was present in 26 of the 66 patients included in the study, representing 39.39% of the patients studied. Of these 26 patients, 22 (84.62%) had confirmed neuroblastoma. The other 4 (15.38%) accounted for 3 cases of nephroblastomas and 1 Burkitt's lymphoma, determining a positive predictive value of 84.62% and a specificity of 88.24% for the finding, with a moderate agreement with the pathology report. All these findings were statistically significant with p <0.001. Considering only the displacement of the aorta at the level of the contralateral adrenal, all the 14 patients that displaced the aorta were neuroblastomas, and any non-neuroblastoma tumor had displaced the aorta at that level. Conclusions: We conclude that, when the anterior displacement of the abdominal aorta caused by mass was present at the level of the contralateral adrenal mass, it can be stated that the diagnosis is neuroblastoma, while in cases that the displacement occurs in other abdominal levels, its ability to predict the diagnosis of neuroblastoma is about 85%, all the findings had statistical significance and with a moderate agreement with the pathology report. It should be noted that not all neuroblastoma shifts the aorta, and the neuroblastoma, as in its clinical presentations, may present itself in different ways to imaging. There was no significant influence of tumor size or patients? age in neuroblastoma displacement.
Objetivo: Determinar o valor do achado do deslocamento anterior da aorta abdominal causado por tumor, quando presente em qualquer ponto do abdome ou ao nível da suprarrenal contralateral, em imagens axiais de TC e/ou RM, buscando estabelecer o diagnóstico de neuroblastoma quando existe deslocamento anterior da aorta, tendo como referência o padrão-ouro por laudo de anatomopatológico. Métodos: Realizado estudo retrospectivo em imagens axiais de pacientes com até 7 anos de idade que possuíam tumores do abdome na TC ou RM e que apresentavam suas imagens de entrada pré tratamento armazenadas no PACS do IOP-UNIFESP/GRAACC até final de 2013. As imagens dos pacientes foram classificadas em consenso por dois radiologistas quanto à presença ou ausência do deslocamento anterior da aorta abdominal. Os achados foram confrontados com os resultados de anatomopatológico (padrão-ouro) e submetidos à análise estatística. Resultados: O deslocamento anterior da aorta abdominal, em qualquer nível do abdome, esteve presente em 26 dos 66 pacientes incluídos no estudo, representando 39,39% do total de pacientes estudados. Destes 26 pacientes 22 (84,62%) apresentaram neuroblastoma confirmado. Os outros 4 (15,38%) representavam 3 casos de nefroblastomas e 1 linfoma de Burkitt, o valor preditivo positivo calculado foi de 84,62% e a especificidade de 88,24%, com uma concordância moderada com o anatomopatológico. Todos achados foram estatisticamente significativos p<0,001. Considerando o deslocamento da aorta somente presente ao nível da suprarrenal contralateral à massa, observou-se que todos os 14 que apresentavam tumores que deslocavam a aorta neste ponto eram neuroblastomas, e nenhum tumor que não era neuroblastoma deslocava a aorta anteriormente neste nível. Conclusões: Quando o deslocamento anterior da aorta abdominal estava presente ao nível da glândula suprarrenal contralateral à massa, pode-se afirmar que o diagnóstico é de neuroblastoma, enquanto que, em casos que o deslocamento da aorta ocorre nos demais níveis abdominais, sua capacidade de predizer o diagnóstico de neuroblastoma será de 85%. Deve-se salientar que, nem todo neuroblastoma desloca a aorta anteriormente já que, o neuroblastoma, assim como em suas apresentações clínicas, pode apresentar-se de diversas formas aos exames de imagem. Não houve influência estatisticamente significativa do tamanho dos tumores ou da idade dos pacientes na presença do deslocamento anterior da aorta em qualquer nível abdominal, e o tamanho do tumor teve pequena influência no deslocamento ao nível da adrenal contralateral.
Objetivo: Determinar o valor do achado do deslocamento anterior da aorta abdominal causado por tumor, quando presente em qualquer ponto do abdome ou ao nível da suprarrenal contralateral, em imagens axiais de TC e/ou RM, buscando estabelecer o diagnóstico de neuroblastoma quando existe deslocamento anterior da aorta, tendo como referência o padrão-ouro por laudo de anatomopatológico. Métodos: Realizado estudo retrospectivo em imagens axiais de pacientes com até 7 anos de idade que possuíam tumores do abdome na TC ou RM e que apresentavam suas imagens de entrada pré tratamento armazenadas no PACS do IOP-UNIFESP/GRAACC até final de 2013. As imagens dos pacientes foram classificadas em consenso por dois radiologistas quanto à presença ou ausência do deslocamento anterior da aorta abdominal. Os achados foram confrontados com os resultados de anatomopatológico (padrão-ouro) e submetidos à análise estatística. Resultados: O deslocamento anterior da aorta abdominal, em qualquer nível do abdome, esteve presente em 26 dos 66 pacientes incluídos no estudo, representando 39,39% do total de pacientes estudados. Destes 26 pacientes 22 (84,62%) apresentaram neuroblastoma confirmado. Os outros 4 (15,38%) representavam 3 casos de nefroblastomas e 1 linfoma de Burkitt, o valor preditivo positivo calculado foi de 84,62% e a especificidade de 88,24%, com uma concordância moderada com o anatomopatológico. Todos achados foram estatisticamente significativos p<0,001. Considerando o deslocamento da aorta somente presente ao nível da suprarrenal contralateral à massa, observou-se que todos os 14 que apresentavam tumores que deslocavam a aorta neste ponto eram neuroblastomas, e nenhum tumor que não era neuroblastoma deslocava a aorta anteriormente neste nível. Conclusões: Quando o deslocamento anterior da aorta abdominal estava presente ao nível da glândula suprarrenal contralateral à massa, pode-se afirmar que o diagnóstico é de neuroblastoma, enquanto que, em casos que o deslocamento da aorta ocorre nos demais níveis abdominais, sua capacidade de predizer o diagnóstico de neuroblastoma será de 85%. Deve-se salientar que, nem todo neuroblastoma desloca a aorta anteriormente já que, o neuroblastoma, assim como em suas apresentações clínicas, pode apresentar-se de diversas formas aos exames de imagem. Não houve influência estatisticamente significativa do tamanho dos tumores ou da idade dos pacientes na presença do deslocamento anterior da aorta em qualquer nível abdominal, e o tamanho do tumor teve pequena influência no deslocamento ao nível da adrenal contralateral.
Descrição
Citação
SCHIAVON, Jose Luiz de Oliveira. O importante valor do deslocamento anterior da aorta abdominal por massa, observado em TC ou RM, no diagnóstico de neuroblastoma em crianças com até 7 anos. 2015. Dissertação (Mestrado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2015.