Intervenções para esclerodermia localizada: revisão sistemática

Date
2016-11-30Author
Albuquerque, Julia Vajda de [UNIFESP]
Advisor
Trevisani, Virginia Fernandes Moca Trevisani [UNIFESP]Type
Dissertação de mestradoMetadata
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Objective: Evaluate the effectiveness of interventions for treating individuals with localized scleroderma. Methods: We conducted a systematic review of randomized controlled trials published up to July 2016. We included individuals diagnosed with any form of localized scleroderma, treated with isolated or combined interventions, with any type of control. We searched the following databases: Cochrane Skin Group Specialised Register, CENTRAL in The Cochrane Library, MEDLINE (via OVID, from 1946), EMBASE (via OVID, from 1974), LILACS (from 1982), and on registers of ongoing trials, besides the reference lists of included studies. Two authors independently assessed the eligibility and risk of bias of studies, and extracted data. Results: We included 13 randomized controlled trials. The treatment response with oral methotrexate (15 mg/m2, maximum 20 mg, once a week) after 12 months is 2.31 the response with placebo (risk ratio 2.31; 95% confidence interval 1.20 to 4.45; moderate-quality evidence; juvenile participants). The treatment with methotrexate for 12 months is favorable regarding reduction in the skin score rate (risk ratio -0.31; 95% confidence interval -0.35 to -0.27) and thermal percentage change (mean difference -32.30; 95% confidence interval -37.92 to -26.68; moderate-quality evidence). The treatment with oral hydroxychloroquine (200 mg, twice a day) reduces 2.30 points in the Visual Analogue Scale for pruritus in the lesions compared to methotrexate (15 mg, once a week), after three months (mean difference - 2.30; 95% confidence interval -3.25 to -1.35; moderate-quality evidence). The participants? satisfaction is higher in the lesions treated with fractional carbon dioxide laser then with low-dose ultraviolet-A1 light, after 10 weeks (mean difference 1.12; 95% confidence interval 0.80 to 1.44; moderate-quality evidence). The clinical response after 10 weeks in the lesions treated with fractional carbon dioxide laser is 2.67 the response low-dose ultraviolet-A1 light (risk ratio 2.67; 95% confidence interval 1.39 to 5.13 moderate-quality evidence). Conclusions: The current evidence for the treatment of localized scleroderma is limited and favors the treatment with methotrexate, hydroxychloroquine and fractional carbon dioxide laser. For high-quality evidence, multicenter randomized controlled trials with greater number of participants are still necessary. Objetivo: Avaliar a efetividade das intervenções no tratamento de indivíduos com esclerodermia localizada. Métodos: Realizamos uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados publicados até julho de 2016. Incluimos indivíduos diagnosticados com qualquer forma de esclerodermia localizada, sem restrição de idade, tratados com qualquer intervenção isolada ou combinada, com qualquer tipo de controle. Pesquisamos as seguintes bases de dados: Cochrane Skin Group Specialised Register, CENTRAL na The Cochrane Library, MEDLINE (via OVID, a partir de 1946), EMBASE (via OVID, a partir de 1974), LILACS (a partir de 1982), e em registros de estudos em andamento, além da lista de referências dos estudos incluídos. Dois autores avaliaram de forma independente a elegibilidade e o risco de viés dos estudos e extraíram os dados. Resultados: Incluímos 13 ensaios clínicos randomizados. A resposta ao tratamento com metrotrexato oral (15 mg/m2, no máximo 20 mg, uma vez por semana) após 12 meses é 2,31 vezes a resposta com placebo (risco relativo 2,31; intervalo de confiança de 95% 1,20 a 4,45; qualidade de evidência moderada; participantes juvenis). O tratamento com metrotrexato por 12 meses é favorável quanto à diminuição na taxa de pontuação da pele (risco relativo -0,31; intervalo de confiança de 95% -0,35 a - 0,27) e à variação térmica percentual (diferença de médias -32,30; intervalo de confiança de 95% -37,92 a -26,68; qualidade de evidência moderada). O tratamento com hidroxicloroquina oral (200 mg, duas vezes ao dia) reduz 2,30 pontos na Escala Visual Analógica para prurido nas lesões em comparação com metrotrexato oral (15 mg, uma vez por semana), após três meses (diferença de médias -2,30; intervalo de confiança de 95% -3,25 a -1,35; qualidade de evidência moderada). A satisfação dos participantes é maior nas lesões tratadas com laser de dióxido de carbono fracionado do que nas tratadas com dose baixa de raios ultravioleta A-1, após 10 semanas (diferença de médias 1,12; intervalo de confiança de 95% 0,80 a 1,44; qualidade de evidência moderada). A resposta clínica após 10 semanas nas lesões tratadas com laser de dióxido de carbono fracionado é 2,67 vezes a resposta com dose baixa de raios ultravioleta A-1 (risco relativo 2,67; intervalo de confiança de 95% 1,39 a 5,13; qualidade da evidência moderada). Conclusões: A evidência atual para o tratamento da esclerodermia localizada é limitada e favorece o tratamento com metrotrexato, hidroxicloroquina e laser de dióxido de carbono fracionado. Para evidência de alta qualidade, ainda são necessários ensaios clínicos randomizados multicêntricos com maior número de participantes.
Citation
ALBUQUERQUE, Julia Vajda de. Intervenções para esclerodermia localizada: revisão sistemática. 2016. 83 f. Dissertação (Mestrado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.Keywords
localized sclerodermamorphea
systematic review
esclerodermia localizada
morfeia
revisão sistemática