Infecção por helicobacter pylori, aspectos endoscópicos, histológicos e da proliferação celular na mucosa gástrica de pacientes submetidos à gastroplastia em y de roux com anel de contenção: estudo transversal endoscópico e imuno-histoquímico
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Data
2015-09-30
Autores
Nogueira, Thiago de Bortoli [UNIFESP]
Orientadores
Waisberg, Jaques Waisberg [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Título de Volume
Resumo
Introduction- Bariatric surgery is the most efficient weight loss approach for patients that are severely obese. One of the most frequently performed surgeries is the vertical gastroplasty with Roux-en-Y bypass. (RYGB). Initially, this technique was usually done with a contention ring involving the distal portion of the gastric pouch. However, such technique must be better evaluated through long term studies analyzing the occurrence of macroscopic and histopathological gastric alterations. Objective: Analyze endoscopic and histological findings, the presence of antigen ki67, and the presence of H. pylori in the antrum and gastric body mucosa during preoperation period and in the gastric pouch during post-operative period of patients treated for morbid obesity, with vertical gastroplasty with Roux-en-Y bypass with contention ring surgery. Methods: Retrospectively, 33 patients underwent vertical gastroplasty with Roux-en-Y bypass with contention ring, were evaluated and followed during a period longer than 60 months after surgery. A comparative study was done of the endoscopic and histologic findings of the upper digestive tract examined in pre and post-operative periods and also of the cellular proliferation through immunohistochemistry expression of antibody ki67. Results: The gastric mucosa was endoscopically normal in 24 (72.7%) patients during pre-operation and in another 24 (72.7%) during post-operation. During pre-operative, 3 (9. 0%) were diagnosed with mild erosive gastritis of the body and antrum, but during post-operative showed a normal appearance of gastric mucosa. There was 1 (3%) patient with moderate multifocal enanthematous gastritis during pre-operative, that presented peptic ulcers in the gastric portion and jejunal anastomosis and with partial erosion of the contention ring during post-operative. During pre-operative 23 (69.7%) patients had histological gastritis. During post-operative 3 (9.0%) patients were observed with intestinal metaplasia, 4 (12.1%) patients had atrophy of gastric mucosa and another 3 (9.0%) patients had both conditions. Post-operative histological gastritis was found in 28 (84.8%) patients. During pre-operative the H. pylori was histologically present in 6 (18.2%) patients, while during post-operative was evident in 19 (57.5%) patients. There were 2 (6%) patients where H. pylori was present before and absent after the surgery. During pre-operative the cellular proliferation index evaluated through immunoexpression of marker Ki67 in the antrum and gastric body, was of 18.1% and 16.2% respectively, whereas, during post-operative, the index was 23.8% in the gastric pouch. No statistical concordance was observed between the endoscopic and histological findings (p=0,1). The post-operative period did not present significant concordance between endoscopic (p=0,5) and histological (p=0,3) findings. The highest cellular proliferation index was linked to the presence of H. pylori (p<0,05).The intensity of histological gastritis of the gastric pouch was linked with the presence of H. pylori (p<0, 05).Conclusion: The histological findings indicate that the higher prevalence of chronic gastritis in the gastric pouch is not related to the endoscopic findings. The level of inflammation and the higher cellular proliferation index discovered in the gastric pouch are linked to the presence of H. pylori, and were higher during post-operative period. The presence of H. pylori was higher in the gastric pouch for those patients who had a longer post-operative period.
Introdução: A cirurgia bariátrica é a abordagem mais eficaz para alcançar a perda de peso em pacientes com obesidade grave. Uma das mais realizadas é a gastroplastia vertical com derivação gastrojejunal em Y de Roux (DGYR). Inicialmente, essa técnica foi bastante realizada com anel de contenção, envolvendo a porção distal da bolsa gástrica. Entretanto essa técnica precisa ser mais bem avaliada em estudos de longo prazo, que analisem a existência de alterações macroscópicas e histopatológicas gástricas. Objetivo: Analisar os achados endoscópicos e histológicos, a expressão do antígeno Ki67 e a prevalência do Helicobacter pylori na mucosa do antro e corpo gástricos, no pré-operatório e na bolsa gástrica no pós-operatório de pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico para obesidade mórbida, pela gastroplastia vertical com derivação gastrojejunal em Y de Roux com anel de contenção. Métodos: Foram avaliados, retrospectivamente, 33 pacientes submetidos à gastroplastia vertical com DGYR e anel de contenção, durante mais de 60 meses de seguimento pós-operatório. Foi realizado o estudo comparativo dos achados endoscópicos e histológicos do trato digestivo superior no pré e no pós-operatório e da proliferação celular por meio da expressão imuno-histoquímica do anticorpo Ki67. Resultados: A mucosa gástrica estava endoscopicamente normal no pré-operatório em 24 (72,7%) pacientes e no pós-operatório também em 24 (72,7%). No pré-operatório foram encontrados 3 (9,0%) pacientes com gastrite erosiva leve de corpo e antro, e que normalizaram o aspecto da mucosa gástrica no pós-operatório. Houve um (3,0%) paciente com gastrite enantematosa multifocal moderada no pré-operatório, e que apresentou, no pós-operatório, úlceras pépticas na porção gástrica e jejunal da anastomose, com erosão parcial do anel de contenção. No pré-operatório, foi encontrada gastrite histológica em 23 (69,7%) pacientes. No pós-operatório observou-se metaplasia intestinal em 3 (9,0%) pacientes e atrofia da mucosa gástrica em 4 (12,1%); outros 3 (9,0%) deles apresentavam os dois achados. Gastrite histológica pós-operatória ocorreu em 28 (84,8%) casos. No pré-operatório, o H. pylori estava histologicamente presente em 6 (18,2%) pacientes e no pós-operatório em 19 (57,5%) casos. Em dois (6%) pacientes, o H. pylori esteve presente antes e ausente após a operação. No pré-operatório, o índice de proliferação celular avaliado pela imunoexpressão do marcador Ki-67 no antro e no corpo gástrico, foi de 18,1% e 16,2%, respectivamente, enquanto que no pós-operatório foi de 23,8% na bolsa gástrica. Não se observou concordância estatística entre os achados endoscópicos e histológicos (p=0,1). O tempo de pós-operatório não apresentou concordância significante em relação aos achados endoscópicos (p=0,5) e histológicos (p=0,3). O maior índice de proliferação celular associou-se à presença do H. pylori (p<0,05). A intensidade da gastrite histológica da bolsa gástrica associou-se à presença do H. pylori (p < 0,05). Conclusões: Os achados histológicos indicaram prevalência elevada de gastrite crônica na bolsa gástrica e que não se relacionou com os achados endoscópicos. A intensidade da inflamação e o maior índice de proliferação celular encontrados na bolsa gástrica associaram-se à presença de H. pylori e foram maiores no período pós-operatório. A presença do H. pylori foi mais elevada na bolsa gástrica de pacientes com maior tempo de pós-operatório.
Introdução: A cirurgia bariátrica é a abordagem mais eficaz para alcançar a perda de peso em pacientes com obesidade grave. Uma das mais realizadas é a gastroplastia vertical com derivação gastrojejunal em Y de Roux (DGYR). Inicialmente, essa técnica foi bastante realizada com anel de contenção, envolvendo a porção distal da bolsa gástrica. Entretanto essa técnica precisa ser mais bem avaliada em estudos de longo prazo, que analisem a existência de alterações macroscópicas e histopatológicas gástricas. Objetivo: Analisar os achados endoscópicos e histológicos, a expressão do antígeno Ki67 e a prevalência do Helicobacter pylori na mucosa do antro e corpo gástricos, no pré-operatório e na bolsa gástrica no pós-operatório de pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico para obesidade mórbida, pela gastroplastia vertical com derivação gastrojejunal em Y de Roux com anel de contenção. Métodos: Foram avaliados, retrospectivamente, 33 pacientes submetidos à gastroplastia vertical com DGYR e anel de contenção, durante mais de 60 meses de seguimento pós-operatório. Foi realizado o estudo comparativo dos achados endoscópicos e histológicos do trato digestivo superior no pré e no pós-operatório e da proliferação celular por meio da expressão imuno-histoquímica do anticorpo Ki67. Resultados: A mucosa gástrica estava endoscopicamente normal no pré-operatório em 24 (72,7%) pacientes e no pós-operatório também em 24 (72,7%). No pré-operatório foram encontrados 3 (9,0%) pacientes com gastrite erosiva leve de corpo e antro, e que normalizaram o aspecto da mucosa gástrica no pós-operatório. Houve um (3,0%) paciente com gastrite enantematosa multifocal moderada no pré-operatório, e que apresentou, no pós-operatório, úlceras pépticas na porção gástrica e jejunal da anastomose, com erosão parcial do anel de contenção. No pré-operatório, foi encontrada gastrite histológica em 23 (69,7%) pacientes. No pós-operatório observou-se metaplasia intestinal em 3 (9,0%) pacientes e atrofia da mucosa gástrica em 4 (12,1%); outros 3 (9,0%) deles apresentavam os dois achados. Gastrite histológica pós-operatória ocorreu em 28 (84,8%) casos. No pré-operatório, o H. pylori estava histologicamente presente em 6 (18,2%) pacientes e no pós-operatório em 19 (57,5%) casos. Em dois (6%) pacientes, o H. pylori esteve presente antes e ausente após a operação. No pré-operatório, o índice de proliferação celular avaliado pela imunoexpressão do marcador Ki-67 no antro e no corpo gástrico, foi de 18,1% e 16,2%, respectivamente, enquanto que no pós-operatório foi de 23,8% na bolsa gástrica. Não se observou concordância estatística entre os achados endoscópicos e histológicos (p=0,1). O tempo de pós-operatório não apresentou concordância significante em relação aos achados endoscópicos (p=0,5) e histológicos (p=0,3). O maior índice de proliferação celular associou-se à presença do H. pylori (p<0,05). A intensidade da gastrite histológica da bolsa gástrica associou-se à presença do H. pylori (p < 0,05). Conclusões: Os achados histológicos indicaram prevalência elevada de gastrite crônica na bolsa gástrica e que não se relacionou com os achados endoscópicos. A intensidade da inflamação e o maior índice de proliferação celular encontrados na bolsa gástrica associaram-se à presença de H. pylori e foram maiores no período pós-operatório. A presença do H. pylori foi mais elevada na bolsa gástrica de pacientes com maior tempo de pós-operatório.
Descrição
Citação
NOGUEIRA, Thiago de Bortoli. Infecção por helicobacter pylori, aspectos endoscópicos, histológicos e da proliferação celular na mucosa gástrica de pacientes submetidos à gastroplastia em y de roux com anel de contenção: estudo transversal endoscópico e imuno-histoquímico. 2015. 72 f. Dissertação (Mestrado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2015.