Percepção da depressão pela população da cidade de São Paulo

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Data
2008-02-01
Autores
Peluso, Érica de Toledo Piza [UNIFESP]
Blay, Sergio Luis [UNIFESP]
Orientadores
Tipo
Artigo
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Resumo
OBJECTIVE: To assess how the population identifies symptoms of depression as well as its causes. METHODS: A household survey with a probabilistic sample of 500 individuals, residing in the city of São Paulo and aged between 18 and 65 years, was conducted in 2002. A structured questionnaire including sociodemographic data and a vignette presentation describing a person with depression, according to the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders-IV and the International Classification of Diseases-10 was used during the in-person interviews carried out by trained, qualified interviewers. Two questions about the vignette's symptom identification were subsequently asked. The results were analyzed by means of logistic regression and variance analysis. RESULTS: Symptoms presented were identified as depression by less than half of the sample. About 20% of respondents believed it was a mental illness. Low level of education was the only variable associated with identification as mental illness (OR=2.001, 95% CI: 1.275; 3.141, p=0.003). The most relevant causes were unemployment and isolation. Biological, spiritual and moral causes were considered to be less relevant. Factors that most influenced the responses about causes were level of education, gender, personal experience with mental problems and identification as mental illness. CONCLUSIONS: The population of the city of São Paulo in general, especially those with a higher level of education, views depression in terms of a psychosocial model that somewhat differs from the biomedical model.
OBJETIVO: Avaliar como a população identifica os sintomas de depressão e suas causas. MÉTODOS: Foi realizado inquérito domiciliar em 2002 com amostra probabilística de 500 indivíduos residentes em São Paulo, com idade entre 18 e 65 anos. Foi aplicado questionário estruturado que incluía dados sociodemográficos e apresentação de vinheta que descrevia uma pessoa com depressão, segundo o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders-IV e a Classificação Internacional de Doenças-10. A seguir, eram respondidas duas questões sobre a identificação dos sintomas da vinheta. A atribuição de causas foi avaliada mediante apresentação de 18 possíveis causas. Os resultados foram analisados por meio de regressão logística e análise de variância. RESULTADOS: Os sintomas apresentados foram identificados como depressão por menos da metade da amostra. Cerca de 20% dos entrevistados acreditaram tratar-se de doença mental. Baixa escolaridade foi a única variável associada à identificação como doença mental (OR=2,001, IC 95%: 1,275;3,141, p=0,003). As causas consideradas mais relevantes foram desemprego e isolamento. Causas biológicas, espirituais e morais foram tidas como menos relevantes. Os determinantes associados às respostas sobre causas foram escolaridade, sexo, experiência pessoal com problemas mentais e identificação como doença mental. CONCLUSÕES: A população de São Paulo em geral e as pessoas com maior escolaridade em particular apresentam um modelo psicossocial de depressão que se afasta do modelo biomédico.
Descrição
Citação
Revista de Saúde Pública. Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, v. 42, n. 1, p. 41-48, 2008.
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