Acurácia diagnóstica da biópsia percutânea com agulha grossa orientada por estereotaxia nas lesões mamárias categoria BI-RADS® 4

Data
2007-12-01
Tipo
Artigo
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Resumo
PURPOSE: to assess the accuracy (rate of correct predictions) of stereotactic core needle biopsy (CNB) of risk category BI-RADS® 4 breast lesions. METHODS: a retrospective analysis of category BI-RADS® 4 breast lesions that had been submitted to a stereotactic core-needle biopsy from June 1998 to June 2003. Patients with histological benign results consistent with the radiographic image were referred to mammographic follow-up. Patients with malign diagnosis and papillary lesions were submitted to standard specific treatment. Excisional biopsies were performed when results were benign, but in disagreement with the mammographic image. It was considered as a gold-standard attendance: (1) the mammographic follow-up of low suspicion lesions with benign results at CNB, which stayed unchanged for, at least, three years, and (2) surgical resection when specimen results were malign or benign, but with a high suspicion on mammography. Sensitivity (S) specificity (E) and overall accuracy of stereotactic CNB were statistically analyzed. RESULTS: among the 118 non-palpable lesions of category BI-RADS® 4 submitted to CNB, the results obtained were: 27 malign cases, 81 benign, and ten lesions with atypical or papillary lesions. The statistical analysis comprised 108 patients (atypical and papillary lesions were excluded). CNB sensitivity was 87.1% and specificity 100%. The positive predictive value was 100% and the negative, 95.1%. False negatives occurred in 3.7% (4/108) of cases. The prevalence of malign diagnostics in the BI-RADS® 4 lesions of this sample was 29.7 (31/118).The accuracy of this method in this casuistic was 96.3%. CONCLUSIONS: these results support stereotactic CNB as an extremely reliable alternative to open biopsy, in the diagnosis and definition of breast lesions. In positive results, it is possible to indicate the appropriate therapy, and, in negative (when mammography shows low suspicion), it allows a follow up.
OBJETIVO: avaliar a acurácia da biópsia com agulha grossa (BAG) orientada por estereotaxia nas lesões mamárias categoria BI-RADS® 4. MÉTODOS: realizou-se uma análise retrospectiva das lesões categoria BI-RADS® 4 que foram submetidas à BAG orientada por estereotaxia no período de junho de 1998 a junho de 2003. As pacientes com resultados benignos, mas com baixa suspeição à imagem radiográfica, foram orientadas a acompanhamento mamográfico. As pacientes com resultados malignos ou com lesões especiais (atipias e lesões papilíferas) foram submetidas ao tratamento padronizado. Aquelas com resultado benigno, mas que apresentavam imagem mamográfica de maior risco, foram encaminhadas para biópsia cirúrgica (BC). Foram considerados padrão-ouro (1) o acompanhamento radiográfico inalterado por, no mínimo, três anos daquelas lesões de baixa suspeição que resultaram benigno na BAG e (2) os resultados das biópsias cirúrgicas, quando essas foram realizadas (nas BAG cujos resultados foram malignos ou benignos com imagem de maior risco). Foram realizados os cálculos estatísticos de sensibilidade, especificidade e valor preditivo positivo e negativo do método. RESULTADOS: das 118 lesões não palpáveis categoria BI-RADS® 4 submetidas à BAG orientada por estereotaxia, 27 casos correspondiam à doença maligna, 81 eram benignas e 10 eram lesões com atipia ou papilíferas. Para a análise estatística, foram selecionados 108 pacientes (excluídas as lesões com atipia e papilíferas). A sensibilidade da BAG foi de 87,1% e a especificidade foi de 100%. O valor preditivo positivo foi de 100% e o negativo, de 95,1%. A acurácia da BAG nessa casuística foi de 96,3%. A taxa de falso-negativo foi de 3,7% (4/108). A prevalência de diagnóstico de malignidade nas lesões BI-RADS® 4 nessa amostra foi de 29,7% (31/118). CONCLUSÕES: a biópsia estereotáxica com agulha grossa mostrou-se uma alternativa segura à BC. Quando seu resultado é positivo, orienta o planejamento terapêutico, e, quando negativo (em imagens radiográficas de baixa suspeição), permite o acompanhamento.
Descrição
Citação
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 29, n. 12, p. 608-613, 2007.
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