Álcool e adolescentes: estudo para implementar políticas municipais

Nenhuma Miniatura disponível
Data
2007-06-01
Autores
Vieira, Denise Leite [UNIFESP]
Ribeiro, Marcelo [UNIFESP]
Romano, Marcos [UNIFESP]
Laranjeira, Ronaldo [UNIFESP]
Orientadores
Tipo
Artigo
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
OBJECTIVE: To build students' profile regarding alcohol consumption and risk behavior. METHODS: A total of 1,990 students were included in the study, aged 11 to 21 years old, from both genders, enrolled in public and private schools, in Southeastern Brazil, in 2004. A self-administered questionnaire was answered in the classroom without the presence of the teacher. The questionnaire also assessed the perception of how easy it was to get alcoholic beverages, the contexts where they drunk, and the consequences of drinking. RESULTS: Prevalence of lifetime alcohol use was 62.2%. Regarding consumption in the last 30 days, 17.3% of students reported at least one episode of binge drinking (five or more drinks). Adolescents reported that they had gotten alcoholic drinks very easily from shops, and also in social contexts with relatives and friends. Only 1% of underaged reported that they had tried and could not buy alcoholic beverages. As negative consequences of alcohol use in the last 12 months, students reported feeling sick due to drinking (17.9%), regret for doing something under the influence of alcohol (11%), blackouts (9.8%), and getting involved in a fight after drinking (5%). Over half of the students (55%) reported knowing someone who had been involved in a car accident because of a drunk driver. CONCLUSIONS: Data showed high prevalence of alcohol use among adolescents studied and how easy access to alcoholic beverages is, including to underaged people. Youngsters put themselves at risk and presented negative consequences of alcohol consumption. Prompt actions regarding public alcohol policies in Brazil are needed.
OBJETIVO: Traçar um perfil de estudantes em relação ao consumo de álcool e comportamentos de risco. MÉTODOS: Participaram do estudo 1.990 alunos, com idade entre 11 e 21 anos, de ambos os sexos, matriculados em escolas públicas e privadas de Paulínia, SP, 2004. Um questionário de auto-preenchimento foi respondido em sala de aula, sem a presença do professor. Analisou-se a percepção da disponibilidade e facilidade de acesso às bebidas alcoólicas, contexto do beber e conseqüências do consumo. RESULTADOS: A prevalência de uso de álcool na vida foi de 62,2%. Em relação aos últimos 30 dias, 17,3% dos alunos relataram pelo menos um episódio de abuso agudo. Os adolescentes reportaram que adquiram facilmente bebidas alcoólicas de estabelecimentos comerciais e também em contextos sociais com parentes e amigos. Apenas 1% dos menores de idade relatou que tentou, mas não conseguiu comprar bebida alcoólica. Como conseqüências negativas do consumo nos últimos 12 meses, os estudantes relataram ter passado mal por ter bebido (17,9%), arrependimento por algo que fizeram sob o efeito do álcool (11%), blackout (9,8%) e ter brigado após beber (5%). Mais da metade (55%) dos estudantes conhecia alguém que sofreu acidente de trânsito provocado por motorista embriagado. CONCLUSÕES: Os dados revelaram alta prevalência de consumo de álcool entre os adolescentes estudados e fácil acesso às bebidas alcoólicas, inclusive por menores de idade. Os jovens se colocaram em risco e apresentaram conseqüências negativas do consumo de álcool. Há necessidade de ações imediatas em relação às políticas públicas para o consumo de álcool no Brasil.
Descrição
Citação
Revista de Saúde Pública. Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, v. 41, n. 3, p. 396-403, 2007.
Coleções