Comparação entre o tratamento farmacológico aplicado em crianças de zero a cinco anos atendidas em uma unidade de emergência e as diretrizes do III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma

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Data
2007-02-01
Autores
Santos, Ana Paula Ochoa
Lima, Luciane Soares De [UNIFESP]
Wanderley, Almir Gonçalves [UNIFESP]
Orientadores
Tipo
Artigo
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Resumo
OBJECTIVE: To evaluate the management of asthma attacks in children up to five years of age treated in the pediatric emergency room of a hospital in the metropolitan area of the city of Recife, Brazil, as well as to determine whether the way in which asthma attacks are managed can influence the duration of emergency room visits for such children. METHODS: A descriptive, exploratory study employing a quantitative, cross-sectional approach. The study sample comprised 246 children treated for asthma attacks in an emergency room. The approach used was evaluated in comparison with the approach recommended in the III Brazilian Consensus on Asthma Management, as was the length of time each child spent in the emergency room. RESULTS: In 69 (28.1%) of the cases, the medications were used in accordance with the Consensus guidelines. In 34 (13.8%) of the cases, the doses used were those recommended in the Consensus guidelines, and the guidelines regarding nebulization procedures were followed in 33 cases (13.4%). No correlation was found between the approach taken and the length of the emergency room visit. In the logistic regression analysis, we observed that the adjusted risk of being released from the emergency room sooner than recommended in the Consensus guidelines (a length of time sufficient to allow the response to the treatment to be analyzed) was four times and fifteen times greater, respectively, for children with mild persistent asthma and for those with intermittent asthma. CONCLUSION: Although there are obstacles to using the asthma management approach recommended in the Consensus guidelines (such obstacles including the lack of familiarity with the guidelines on the part of the multidisciplinary team, as well as the lack of recommended material and therapeutic resources), the duration of emergency room visits was found to be related to the degree of asthma severity.
OBJETIVO: Avaliar o manejo da crise asmática em crianças de zero a cinco anos atendidas em uma unidade de emergência pediátrica da região metropolitana do Recife (PE) e verificar se a condução da crise asmática pode interferir no tempo de permanência da criança no serviço de emergência. MÉTODOS: Estudo de natureza descritiva exploratória, abordagem quantitativa e corte transversal. Envolveu 246 crianças em crise asmática de uma unidade de emergência, tendo sido avaliada a conduta utilizada, a conduta preconizada pelo III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma e o tempo de permanência da criança na emergência. RESULTADOS: Os fármacos foram utilizados de acordo com o preconizado em 69 atendimentos (28,1%). As doses dos fármacos foram concordantes com as preconizadas em 34 atendimentos (13,8%) e os procedimentos de nebulização em 33 (13,4%). Não houve associação entre as condutas utilizadas e o tempo de permanência no serviço. Após aplicação do modelo de regressão, observou-se que crianças com asma de classificação persistente leve e intermitente tiveram um risco ajustado, respectivamente, de quatro e quinze vezes maior de permanecerem no serviço de emergência por tempo insuficiente para avaliação da resposta ao tratamento da crise, conforme o preconizado pelo consenso. CONCLUSÃO: Apesar de o manejo preconizado pelo consenso encontrar barreiras de aplicação como pouca familiaridade da equipe multidisciplinar com as diretrizes e ausência de recursos materiais e terapêuticos preconizados, a repercussão no tempo de permanência esteve relacionada a fatores classificatórios da doença.
Descrição
Citação
Jornal Brasileiro de Pneumologia. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, v. 33, n. 1, p. 7-14, 2007.