Gravidez na adolescência: perfil sócio-demográfico e comportamental de uma população da periferia de São Paulo, Brasil

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Data
2007-01-01
Autores
Chalem, Elisa [UNIFESP]
Mitsuhiro, Sandro Sendin [UNIFESP]
Ferri, Cleusa Pinheiro [UNIFESP]
Barros, Marina Carvalho de Moraes [UNIFESP]
Guinsburg, Ruth [UNIFESP]
Laranjeira, Ronaldo [UNIFESP]
Orientadores
Tipo
Artigo
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Resumo
To identify the socio-demographic behavioral profile of low-income pregnant teenagers, 1,000 adolescents admitted to a Brazilian public maternity hospital from July 24, 2001, to November 27, 2002, were interviewed. Socio-demographic and behavioral variables were assessed through a questionnaire. Over the 492 days of the study, 24.3% of admissions were adolescents (930 for childbirth and 70 for miscarriage). Mean maternal age was 17 years. Most teenagers (72.9%) lived near the hospital. 930 (93%) belonged to socioeconomic classes C, D, and E. School dropout was identified in 67.3% of the total. 80.1% of the subjects were giving birth for the first time. 81.2% had not planned the pregnancy, and 23.8% had been using some contraceptive method. 67.4% had vaginal deliveries. Some 13.3% of the newborns were premature and 15.9% had low birth weight. 17.3% of these adolescent mothers reported smoking during pregnancy, with 2.8% reporting alcohol and 1.7% illicit drugs. Teenage pregnancy is a complex phenomenon associated with various economic, educational, and behavioral factors. The study provides importance references for public policies to prevent teenage pregnancy.
Com objetivo de identificar o perfil sócio-demográfico e comportamental de gestantes adolescentes, foram entrevistadas mil adolescentes, admitidas entre 24 de julho de 2001 e 27 de novembro de 2002, em um hospital municipal de São Paulo, Brasil, correspondendo a 24,3% das internações para resolução da gestação. Setenta (7%) adolescentes foram admitidas para curetagem pós-abortamento e 930 (93%), para parturição, com idade média de 17 ± 1,5 anos. A maioria (72,4%) residia próximo ao hospital e 93% pertenciam às classes econômicas C, D e E. Na época da parturição, 627 (67,3%) adolescentes não estudavam. Apenas 23,7% das adolescentes faziam uso de método contraceptivo, 81,2% não tinham planejado a gestação e 80,1% eram primigestas. Dos partos, 67,4% foram vaginais. Dos bebês, 13,3% foram pré-termo e 15, 9%, baixo peso. Durante a gestação, o consumo referido de tabaco, de álcool e de drogas ilícitas foi, respectivamente de 17,3%, 2,8% e 1,7%. Conclui-se que gravidez na adolescência é um fenômeno complexo, associado a fatores econômicos, educacionais e comportamentais, precipitando problemas decorrentes da maternidade precoce. O presente estudo fornece subsídios para políticas públicas de saúde, visando a prevenir a gravidez na adolescência.
Descrição
Citação
Cadernos de Saúde Pública. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, v. 23, n. 1, p. 177-186, 2007.