Migração interna e a distribuição da mortalidade por doença de Chagas, Brasil, 1981/1998
Data
2006-10-01
Tipo
Artigo
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Resumo
In Brazil, mortality from Chagas disease occurs even in regions classified as free of vector transmission. Because death rates refer to residents, and considering that a huge migratory movement has occurred inside the country, this study was intended to quantify the contribution of Brazilian internal migration to overall mortality from Chagas disease, from 1981 to 1998. If the PAHO Southern Cone Initiative actually achieved its objectives, one could expect declining death rates and increasing age at death from this cause. The results showed that out of 68,936 deaths in Brazilians with known birthplace, 32,369 (32%) occurred in people born in States other than those of their current residence (range: from 0.3% in Rio Grande do Sul to 100% in Roraima and Amapá). Most (67%) of the deaths in migrants occurred in individuals born in the States of Minas Gerais (51%) and Bahia (16%). Death rates in residents showed a consistent decline in the Southeast, South, and Central West of the country, but not in the Northeast and North, where median age at death was the lowest.
No Brasil, observa-se mortalidade por doença de Chagas até em áreas reconhecidas como livres da transmissão vetorial. Considerando que as taxas de mortalidade referem-se a residentes, e que houve imenso movimento migratório interno no país, este estudo objetiva quantificar a participação dos migrantes brasileiros no obituário por doença de Chagas de 1981 a 1998. Por outro lado, se os trabalhos da Iniciativa do Cone Sul alcançaram o sucesso que se propaga, espera-se que tenha havido redução das taxas de mortalidade e aumento na idade em que ocorrem os óbitos por essa causa. Dos 68.936 óbitos em brasileiros com naturalidade conhecida, 32.369 (32%) foram em nascidos em outras Unidades da Federação que não a de residência do falecido, cifra que variou de 0,3% no Rio Grande do Sul a 100% em Roraima e Amapá. A maioria (67%) desses óbitos em migrantes ocorreu em naturais de Minas Gerais (51%) e Bahia (16%). As taxas de mortalidade em residentes mostraram declínio sustentado no Sudeste, Sul e Centro-oeste, mas não no Nordeste e Norte, onde as idades medianas de morte foram as mais baixas.
No Brasil, observa-se mortalidade por doença de Chagas até em áreas reconhecidas como livres da transmissão vetorial. Considerando que as taxas de mortalidade referem-se a residentes, e que houve imenso movimento migratório interno no país, este estudo objetiva quantificar a participação dos migrantes brasileiros no obituário por doença de Chagas de 1981 a 1998. Por outro lado, se os trabalhos da Iniciativa do Cone Sul alcançaram o sucesso que se propaga, espera-se que tenha havido redução das taxas de mortalidade e aumento na idade em que ocorrem os óbitos por essa causa. Dos 68.936 óbitos em brasileiros com naturalidade conhecida, 32.369 (32%) foram em nascidos em outras Unidades da Federação que não a de residência do falecido, cifra que variou de 0,3% no Rio Grande do Sul a 100% em Roraima e Amapá. A maioria (67%) desses óbitos em migrantes ocorreu em naturais de Minas Gerais (51%) e Bahia (16%). As taxas de mortalidade em residentes mostraram declínio sustentado no Sudeste, Sul e Centro-oeste, mas não no Nordeste e Norte, onde as idades medianas de morte foram as mais baixas.
Descrição
Citação
Cadernos de Saúde Pública. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, v. 22, n. 10, p. 2131-2140, 2006.