Estudo da micobiota em conjuntiva sadia de diabéticos, residentes na área urbana da cidade de São Paulo - Brasil
Data
2006-02-01
Tipo
Artigo
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Resumo
PURPOSE: To determine the mycobiota of the healthy conjunctiva in diabetic individuals, according to diabetes type, age, sex, disease time, type of treatment, and stage of diabetic retinopathy of the individuals. To identify the anemophilus mycobiota in the sampling rooms. METHODS: A cross-sectional study was carried out on 803 diabetics who reside in the urban area of São Paulo-SP/Brazil. Sabouraud's dextrose agar culture with chloramphenicol was used for primoisolation, and the key of De Hoog was used to identify filamentous fungi. RESULTS: Of the evaluated diabetics, 6.6% (53/803) presented type 1 diabetes and 93.4% (750/803) type 2. The positive cultures for fungi in the conjunctiva of diabetics was 4.2% (34/803), with 1.9% (1/53) in type 1 diabetics and 4.4% (33/740) in type 2 diabetics (p=0.720). With respect to the presence or not of isolated fungi, there was no statistically significant association regarding age (p=0.575), sex (p=0.517), disease time (p=0.633), type of treatment (p=0.422), and diabetic retinopathy stage (p=0.655) of the tested individuals. The identified fungi were all filamentous: Aspergillus spp. represented 59.5% (25/42) of isolations and 47.6% (20/42) of isolated species were Aspergillus niger. Growth of anemophilus fungi occurred in the air of the room and coincidences were observed between the isolated species from the air and those from the conjunctiva. CONCLUSIONS: Presence of mycobiota in healthy conjunctivas of diabetics was identified, with no significant association between the greater number of positive fungi isolations and the type of diabetes, age, sex, disease type, type of treatment, and stage of diabetic retinopathy. In the collection rooms, anemophilus mycobiota was identified.
OBJETIVOS: Determinar a micobiota de conjuntiva sadia em indivíduos diabéticos, segundo tipo de diabetes, idade, sexo, tempo de doença, tipo de tratamento e estádio da retinopatia. Estabelecer a micobiota anemófila nas salas de colheita. MÉTODOS: Estudo transversal de 803 diabéticos residentes na zona urbana de São Paulo - SP/Brasil. Foi usado para primo-isolamento o meio de cultivo ágar Sabouraud dextrose com cloranfenicol e para identificação dos fungos filamentosos a chave de De Hoog. RESULTADOS: Dos diabéticos avaliados, 6,6% (53/803) apresentavam diabetes tipo 1 e 93,4% (750/803) tipo 2. Os cultivos positivos para fungos em conjuntiva de diabéticos foi 4,2% (34/803), sendo 1,9% (1/53) nos diabéticos tipo 1 e 4,4% (33/740) nos diabetes tipo 2 (p=0,720). Não foi verificada associação estatisticamente significante quanto à presença ou não de isolamentos de fungos em relação idade (p=0,575), sexo (p=0,517), tempo de doença (p=0,633), tipo de tratamento (p=0,422) e estádio de retinopatia diabética (p=0,655) desses indivíduos. Todos os fungos identificados foram filamentosos: Aspergillus spp. representou 59,5% (25/42) dos isolamentos sendo 47,6% (20/42) Aspergillus niger. Ocorreu crescimento de fungos anemófilos do ar ambiente da sala, observando-se coincidências entre as espécies isoladas no ar e na conjuntiva. CCONCLUSÕES: Foi identificada presença de micobiota em conjuntiva sadia de diabéticos, não havendo associação entre a maior positividade de isolamentos fúngicos e o tipo de diabetes, idade, sexo, tempo de doença, tipo de tratamento e estádio da retinopatia diabética. Nas salas de colheita foi identificada micobiota anemófila.
OBJETIVOS: Determinar a micobiota de conjuntiva sadia em indivíduos diabéticos, segundo tipo de diabetes, idade, sexo, tempo de doença, tipo de tratamento e estádio da retinopatia. Estabelecer a micobiota anemófila nas salas de colheita. MÉTODOS: Estudo transversal de 803 diabéticos residentes na zona urbana de São Paulo - SP/Brasil. Foi usado para primo-isolamento o meio de cultivo ágar Sabouraud dextrose com cloranfenicol e para identificação dos fungos filamentosos a chave de De Hoog. RESULTADOS: Dos diabéticos avaliados, 6,6% (53/803) apresentavam diabetes tipo 1 e 93,4% (750/803) tipo 2. Os cultivos positivos para fungos em conjuntiva de diabéticos foi 4,2% (34/803), sendo 1,9% (1/53) nos diabéticos tipo 1 e 4,4% (33/740) nos diabetes tipo 2 (p=0,720). Não foi verificada associação estatisticamente significante quanto à presença ou não de isolamentos de fungos em relação idade (p=0,575), sexo (p=0,517), tempo de doença (p=0,633), tipo de tratamento (p=0,422) e estádio de retinopatia diabética (p=0,655) desses indivíduos. Todos os fungos identificados foram filamentosos: Aspergillus spp. representou 59,5% (25/42) dos isolamentos sendo 47,6% (20/42) Aspergillus niger. Ocorreu crescimento de fungos anemófilos do ar ambiente da sala, observando-se coincidências entre as espécies isoladas no ar e na conjuntiva. CCONCLUSÕES: Foi identificada presença de micobiota em conjuntiva sadia de diabéticos, não havendo associação entre a maior positividade de isolamentos fúngicos e o tipo de diabetes, idade, sexo, tempo de doença, tipo de tratamento e estádio da retinopatia diabética. Nas salas de colheita foi identificada micobiota anemófila.
Descrição
Citação
Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. Conselho Brasileiro de Oftalmologia, v. 69, n. 1, p. 75-83, 2006.