Gravidez na adolescência, pré-natal e resultados perinatais em Montes Claros, Minas Gerais, Brasil

Data
2005-08-01
Tipo
Artigo
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Resumo
The aim of the present study was to measure the proportion of adolescent pregnancies in Montes Claros, Minas Gerais, Brazil. From a total of 7,672 live births in 2001, the estimated proportion of births by adolescent mothers was 21.5%. In addition to the limited presence of adequate frequency in prenatal visits, especially in the 10-14-year bracket (12.0%), the study identified an increase in the number of complications, inversely related to age, and these differences were significant in relation to prematurity and low birth weight, which did not occur with the 5-minute Apgar score. Confirming the hypothesis of greater frequency of these complications when the number of prenatal visits was inadequate, the outcomes also signal an age-associated risk, particularly in early adolescence (10-14 years). These results, together with the data on an increase in adolescent pregnancy in the region from 1997 to 2001, point to teenage pregnancy as a public health problem.
A presente investigação tem como propósito dimensionar a ocorrência de partos de adolescentes na rede hospitalar de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. Num universo de 7.672 Declarações de Nascidos Vivos do ano 2001, a proporção estimada de nascidos vivos de mães adolescentes foi de 21,5%. Ao lado da reduzida presença de adequada freqüência ao pré-natal, particularmente na faixa de 10 a 14 anos de idade (12,0%), o estudo apontou, no âmbito dos desfechos, para um crescimento da ocorrência de complicações, inversamente relacionada com a idade, sendo estas diferenças significativas no tocante à prematuridade e baixo peso ao nascer - o que não aconteceu com o Apgar no quinto minuto. Confirmando a hipótese de maior chance de ocorrência dessas complicações na vigência de um número inadequado de consultas ao pré-natal, os resultados também sinalizaram para a existência de um risco associado à idade, particularmente na adolescência precoce (10 a 14 anos). Ao lado dos indicativos de aumento da gravidez na adolescência, na região (período de 1997 a 2001), esses resultados apontaram para a consideração da gravidez na adolescência como problema de saúde pública.
Descrição
Citação
Cadernos de Saúde Pública. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, v. 21, n. 4, p. 1077-1086, 2005.
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